terça-feira, 1 de setembro de 2020

Expectativas para a temporada 2020: NFC Leste

Training Camp do Dallas Cowboys, um dos quatro times da divisão (foto: AP)

Chegamos agora no quinto episódio da nossa série sobre as expectativas dos times da NFL para a temporada 2020. Como já dissemos aqui, cada texto fala sobre os times de uma divisão específica da National Football League. Depois de falarmos da AFC Norte, AFC Sul, NFC Norte e NFC Sul, agora é a vez de irmos ao leste dos Estados Unidos (ou nem tão leste assim, já que as divisões  são feitas de acordo com a rivalidade e não com a posição geográfica) para falar da divisão que reúne algumas das franquias mais antigas da centenária liga.

Abaixo, você pode conferir o que pode ser esperado de Dallas Cowboys, New York Giants, Philadelphia Eagles e Washington Football Team.

Dallas Cowboys

Desempenho em 2019: 8-8, segundo na divisão

Objetivo em 2020: voltar aos Playoffs

Com novo técnico, Cowboys busca voltar aos Playoffs em 2020 (foto: AP)

A necessária mudança no comando técnico do Dallas Cowboys finalmente aconteceu. As palmas de Jason Garrett, treinador principal entre 2011 e 2019, e no time desde 2006, agora batem em outro lugar após a sua demissão (falamos disso mais tarde). Para o seu lugar, a franquia trouxe Mike McCarthy, ex-técnico do Green Bay Packers, e ele será o responsável para fazer o time ter um melhor desempenho em 2020.

No elenco, o Cowboys perdeu alguns nomes notáveis, como o veterano tight end Jason Witten, que foi para o Las Vegas Raiders, e o center Travis Frederick, que se aposentou. Dos outros que deixaram o time, os destaques vão para os wide receivers Randall Cobb e Tavon Austin, que estão agora no Houston Texans e San Francisco 49ers, respectivamente, e também o defensive end Michael Bennett, que se aposentou.

Também nesta offseason, Dallas renovou com o wide receiver Amari Cooper, por cinco anos e US$ 100 milhões em salários, e por não chegar a um acordo com o quarterback Dak Prescott, o time assinou a Franchise Tag com ele, e pagará US$ 31,4 milhões por esta temporada. Desembarcaram na equipe neste ano também nomes o defensive end Everson Griffen (ex-Minnesota Vikings), o defensive tackle Dontari Poe (ex-Carolina Panthers) e o kicker Greg Zuerlein (ex-Los Angeles Rams). Já a primeira escolha do time no Draft deste ano foi com foco em melhorar o ataque, com o selecionado sendo o wide receiver CeeDee Lamb, de Oklahoma.

New York Giants

Desempenho em 2019: 4-12, terceiro na divisão

Objetivo em 2020: obter mais vitórias neste ano

Giants continua com seu plano de retomada às boas campanhas à longo prazo (foto: site New York Giants)

O New York Giants foi muito mal no ano passado, sendo o quarto pior time de toda a NFL. A Offseason do time marcou a despedida definitiva de Eli Manning, que se aposentou após virar reserva do quarterback Daniel Jones. E Jones será agora treinado por Joe Judge, após a demissão do antigo head coach Pat Shurmur. O time também contratou Jason Garrett, ex-técnico do Cowboys, para o cargo de coordenador ofensivo. E Patrick Graham é o novo coordenador defensivo.

Para este ano, o objetivo é melhorar e ter mais que as quatro vitórias de 2019, mesmo que o Giants não vá para os Playoffs. Entre os reforços para esta reconstrução, a franquia trouxe nomes como o cornerback James Bradberry (ex-Carolina Panthers), o running back Dion Lewis (ex-Tennessee Titans), o cornerback Logan Ryan (ex-Tennessee Titans) e o linebacker Blake Martinez (ex-Green Bay Packers). Pelas dispensas, estão a de atletas como os linebackers Alex Olegtree e Kareem Martin.

Com dez escolhas no Draft, o time escolheu alguns bons prospectos, como o offensive tackle Andrew Thomas, da Georgia, quarta escolha geral, e o safety Xavier McKinney, de Alabama. Destaca-se também que o Giants escolheu sete defensores este ano, com o objetivo de renovar mais o setor defensivo.

Philadelphia Eagles

Desempenho em 2019: 9-7, campeão da divisão e eliminado no Wildcard

Objetivo em 2020: se classificar aos Playoffs

Eagles tenta manter a sua sequência de idas aos Playoffs (foto: Getty Images)

Passados dois anos do título do Super Bowl LII, o Philadelphia Eagles luta em 2020 para continuar marcando presença nos Playoffs da NFL, mas vive uma fase diferente daquela de 2017/18. Alguns atletas importantes da vitoriosa campanha já deixaram o time treinado por Doug Pederson, como o wide receiver Nelson Agholor e o offsensive tackle Halapulivaati Vaitai e o linebacker Nigel Bradham, porém, Carson Wentz continua como o quarterback titular – e vive o desafio de vencer seu primeiro jogo de Playoff (lembramos que o título foi conquistado por Nick Foles na posição, após Wentz se lesionar). 

Considerando algumas das chegadas, o time adquiriu, via troca, o cornerback Darius Slay (ex-Detroit Lions), o também cornerback Nickell Robey-Coleman (ex-Los Angeles Rams), e o wide receiver Marquise Goodwin, em troca com o San Francisco 49ers. 

Com o objetivo de reforçar o ataque, o Eagles foi de wide receiver em sua primeira escolha do Draft, sendo o jogador Jalen Reagor, de TCU. Outros dois atletas desta posição também foram selecionados tardiamente: John Hightower, de Boise State, e Quez Watkins, de Southern Mississipi. A missão de franquia da Philadelphia, em 2020, é chegar à pós-temporada pelo quarto ano consecutivo.

Washington Football Team

Desempenho em 2019: 3-13, quarto na divisão

Objetivo em 2020: vencer para que o torcedor esqueça dos problemas extra-campo

Em crise institucional, Washington quer usar as partidas para dar a volta por cima em sua imagem (foto: USA Today)

Washington teria tudo para ter um ano de reconstrução para 2020. Segundo pior time da NFL em 2019, a franquia selecionou com a segunda escolha geral no Draft  deste ano o talentosíssimo defensive end Chase Young, de Ohio State. Trouxe o técnico Ron Rivera, para a busca por melhoria nos resultados. Foram contratados – ou escolhidos no Draft – reforços para o ataque, para ajudar o quarterback Dwayne Haskins em seu segundo ano na NFL. E Alex Smith, QB titular em 2018, milagrosamente se recuperou, e está apto a jogar novamente após quase ter perdido a perna há dois anos em uma grave lesão. Mas todos esses fatos foram ofuscados diante de tantos problemas extra-campo vividos no time da capital dos Estados Unidos nos últimos meses.

A crise de imagem vivida na franquia, possivelmente a maior desde a sua fundação, em 1932, começou para valer no final de maio. Após o assassinato de George Floyd, o movimento "Black Lives Matter" eclodiu nos Estados Unidos e em diversos países, inclusive no Brasil, com o objetivo de pôr um basta no racismo e na violência policial contra negros. E naquele momento, um assunto que está em debate há décadas voltou à tona: o apelido da franquia de Washington. O antigo nome, Redskins (utilizado desde 1933), "peles vermelhas" em inglês, é uma referência pejorativa aos indígenas norte-americanos. Ou seja, é um termo considerado racista. O atual proprietário do time, Dan Snyder, sempre ignorou as críticas, até que recentemente os principais patrocinadores passaram a pressionar Washington para a retirada do nome. Só assim, com a possível perda de verba, que a equipe retirou a denominação preconceituosa.

Agora Washington Football Team (nome provisório para 2020), se pensou que, após a mudança do nome, a paz voltaria a reinar nas instalações, até uma denúncia publicada no jornal The Washington Post revelar que ex-funcionárias da franquia eram constantemente assediadas por diretores do alto escalão do time. E recentemente,foi publicada uma nova reportagem, na qual câmeras escondidas eram colocadas dentro dos vestiários das cheerleaders para que fossem flagradas nuas, sob ordens do próprio Dan Snyder. Há a pressão para que ele, acionista majoritário do time, venda a sua participação. Mas até agora, nada foi feito. Houve também problemas extra-campo com um jogador. O running back Derrius Guice foi cortado do time após ser preso por violência doméstica.

Nesta próxima temporada, o principal objetivo em Washington é fazer o torcedor tentar esquecer todos estes problemas extra-campo. Inclusive, o time aproveitou a pandemia da Covid-19 para já garantir que não haverá torcedores em nenhuma partida de 2020 em casa. Claro que evitar aglomerações é essencial no combate ao novo coronavírus, mas também é importante ressaltar que tal decisão tem influência direta na crise institucional vivida pela franquia. Outra meta, agora falando de quem faz o jogo acontecer, é torcer para que Ron Rivera, o treinador, se cure de um câncer diagnosticado recentemente, e assim possa focar na reconstrução do time através de resultados.

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