terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Terça-feira de Carnaval tem movimentações importantes na NFL

Adrian Peterson será free agent, e pode deixar Minnesota Vikings

Na medida em que se aproxima o período da Free Agency da NFL, as movimentações das franquias começam a ficar à todo o vapor. Nesta terça-feira de Carnaval (28), desfilou pela avenida o Bloco da National Football League, trazendo muitas informações importantes sobre renovações de contrato ou de potenciais despedidas de jogadores importantes.


O principal destaque envolveu o Minnesota Vikings. A equipe não exerceu a opção para renovar o contrato do running back Adrian Peterson, que está para encerrar. Com isso, a partir de 9 de março, ele será Free Agent, e poderá assinar um novo vínculo com qualquer outra equipe. Um possível novo destino do MVP de 2012 deve ser conhecido em breve. Peterson já tem 31 anos, e em 2016, jogou apenas três partidas, por conta de uma grave lesão sofrida no joelho. Importante ressaltar que o fato dele ser free agent não significa que o próprio Vikings não faça um novo acordo com o atleta.

Kirk Cousins está próximo de seguir como QB do Washington Redskins

Já em Washington, o Redskins ativou a franchise tag no quarterback Kirk Cousins. Isso significa que só esta franquia pode fazer um novo contrato com ele. Um vínculo de longo prazo favorável para ambas as partes deve ser efetivado em breve.

Eric Berry será o safety mais bem pago da NFL
As movimentações também foram intensas com o Kansas City Chiefs. O time renovou seu contrato com o safety Eric Berry. Ele receberá um total de US$ 78 milhões por seis anos, sendo 40 milhões de dólares já garantidos. Mas a franquia também fez um corte importante nesta terça-feira, dispensando o veterano running back Jamaal Charles. O RB de 30 anos também teve uma temporada anterior marcada por lesões, entrando em campo em três jogos.

Darrelle Revis foi mal em 2016, e foi cortado pelo New York Jets

Outro corte do dia foi do New York Jets, que dispensou o cornerback Darrelle Revis. O atleta, outrora um dos melhores na sua posição, fez uma temporada muito ruim em 2016, com um rendimento muito aquém de seus primeiros anos. Revis, de 31 anos, pode ter dificuldades em encontrar outro clube, não somente por seu desempenho no ano passado, mas sim por ter sido preso recentemente, acusado de agredir duas pessoas em Pittsburgh.

Hightower teve grande atuação no Super Bowl, e também pode trocar de time para 2017

Até o atual campeão virou destaque neste período de mudanças para 2017. O New England Patriots não vai usar a franchise tag no linebacker Dont'A Hightower, que também será free agent em poucos dias. Hightower é um dos principais atletas de defesa, e foi fundamental na épica reação de New England no Super Bowl LI, quando forçou um fumble no quarterback Matt Ryan, do Atlanta Falcons. A potencial mudança de rumos é mais uma daquelas constantes saídas de bons jogadores do Patriots treinado por Bill Bellichick, e que mesmo assim, quem substitui segue mantendo o time na briga pelo topo.

Nos próximos dias, mais movimentações importantes devem acontecer. No dia 9 de março, a free agency vem com tudo, para conhecermos os novos rumos de muitos atletas. A offseason da NFL continua, e tem muita movimentação importante até a volta desta maravilhosa liga, em setembro.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Steelers renova com Antonio Brown por cinco temporadas

Brown é um dos principais jogadores de ataque em Pittsburgh

O Pittsburgh Steelers confirmou nesta segunda-feira (27) a renovação do wide receiver Antonio Brown. O atleta receberá um total de 38 milhões de dólares por cinco anos, e se torna o WR mais bem pago da NFL na atualidade.

Brown teve uma excelente temporada em 2016. Foi o segundo atleta com o maior número de jardas recebidas em toda a liga, com 106 recepções para 1.284 jardas e 12 touchdowns, sendo um dos principais jogadores de ataque de Pittsburgh. No ano passado, a franquia venceu a AFC Norte, e chegou até a final da conferência, quando foram derrotados pelo New England Patriots.

O atleta tem 28 anos, e está no Pittsburgh Steelers desde 2010, quando foi selecionado no Draft pela equipe. Ao longo da carreira, Brown já tem 50 recepções para touchdown em temporadas regulares.

Para os torcedores dos Steelers, o dia também foi positivo com a confirmação da franchise tag aplicada ao running back Le'Veon Bell. Com isso, o jogador que está com o contrato atual se encerrando, não poderá assinar nenhum vínculo com outra equipe, apenas sendo permitida sua renovação com Pittsburgh.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Veja alguns jogadores que podem deixar seu time em breve


Tony Romo perdeu espaço em Dallas, e poderá ir para outra equipe em breve

Se aproxima o período da Free Agency da NFL. No dia 9 de março, começa o grande dia da janela de transferências da liga. É um dia em que muitos jogadores podem deixar suas equipes, e tentar um espaço em uma outra franquia. Este período é quando os 32 times fazem os ajustes para definir quem fica para a próxima temporada, e quem deixa. É um dos principais momentos da offseason, e um dos mais importantes antes do Draft, que será no final de abril.

Muitos cortes e trocas de atletas acontecem agora porque nem com todos os atletas é possível de que uma equipe renove o contrato. Na NFL existe o Salary Cap, um teto salarial que exija que cada uma das franquias tenha um mesmo valor destinado ao pagamento de salários de seus jogadores. É esse o ponto que permite que a liga seja tão equilibrada e imprevisível.

O contrato de muitos atletas que tinha como último ano em 2016 vai vencer. Aos jogadores que não tiverem aplicada a Franchise Tag (uma cláusula que evita que outra equipe o contrate), viram Free Agents (agentes livres), e podem assinar com quem os quiser - ou até mesmo com o atual time. Já quem está com um contrato só pode mudar de equipe sob duas formas, sendo dispensado, seja por mal rendimento ou por ter um salário muito alto (vamos citar exemplos mais abaixo), ou por meio de uma troca com outra franquia. No caso das trocas, elas podem envolver jogadores, ou posições por escolhas no Draft.

Veja agora alguns dos atletas cobiçados, e que podem mudar de ares nos próximos dias, entre os agentes livres, os que podem ser cortados, ou até mesmo trocados.

Martellus Bennett, tight end do New England Patriots



Campeão do Super Bowl, Bennett assinou um contrato com o New England Patriots por apenas uma temporada. Mesmo com um bom desempenho em 2016 (701 jardas e 7 touchdowns), o atleta deve encontrar outros rumos para este ano, até porque Rob Gronkowski já estará 100% recuperado da lesão que o tirou da metade final da última temporada.

Eric Berry, safety do Kansas City Chiefs



Berry foi um dos principais defensores dos Chiefs na última temporada. Ele conseguiu quatro interceptações, duas delas retornadas para touchdown. Mas possivelmente ele pode querer um contrato maior que Kansas City pode pagar, principalmente por já ter 28 anos. Pode ser que ele vá respirar outros ares em uma outra equipe.

Kirk Cousins, quarterback do Washington Redskins



Foram dois anos como quarterback titular do Washington Redskins em toda a temporada. Em 2015, Cousins ajudou o time na conquista da NFC Leste, mas no ano passado, a franquia não chegou aos playoffs, depois de muito brigar pela última vaga. O problema para a renovação do quarterback, é que seu salário subiria muito, e a franquia já comprometeu demais seu salary cap com outros atletas.

Tony Romo, quarterback do Dallas Cowboys



Tony Romo já é um atleta veterano. Tem 36 anos e sua passagem pelo Dallas Cowboys foi repleta de altos e baixos. Mas quando está saudável, ainda pode render bem em alguma equipe. O quarterback se machucou na última pré-temporada, e perdeu de vez sua titularidade para Dak Prescott, que liderou o Cowboys com a melhor campanha da NFC durante a primeira fase. Seu contrato não se encerraria em 2016, mas seu alto salário teria um raso custo-benefício. A solução para Dallas é troca-lo com outro time, ou cortar o atleta de seu elenco.

Jay Cutler, quarterback do Chicago Bears



Diante do seu baixíssimo rendimento pelo Chicago Bears nos últimos anos, há uma enorme expectativa para o fim da era Jay Cutler em uma das franquias mais antigas da NFL. Em 2016, para piorar, as lesões fizeram que o QB jogasse apenas cinco partidas, lançando míseros quatro touchdowns e cinco interceptações. O Bears já está oferecendo ele para os outros times, e abrindo negociações para quem pode fazer uma troca pelo atleta. Fica a dúvida se uma equipe vai mesmo se arriscar a contratar Cutler, ou se o destino dele vai ser mesmo o da fila dos desempregados da liga.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Superliga agora é BFA - a nova liga de futebol americano

Competição passará a ser gerida pelos clubes brasileiros da modalidade

O futebol americano no Brasil continua com sua grande curva ascendente. Nos últimos anos, os campeonatos da modalidade em nosso país têm tido um sucesso de público. Diante da enorme repercussão da Superliga Nacional, realizada em 2016, a partir deste ano, o principal torneio de futebol americano no país será gerido pelos clubes. Em 2017, a primeira divisão passará a se chamar Brasil Futebol Americano (BFA).

O lançamento oficial foi feito nesta quinta-feira (16), durante o programa Salão Oval. O novo formato da liga foi concedido através de uma solicitação dos clubes perante à Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA). Desta forma, enquanto os times cuidarão da BFA e de sua estrutura, a CBFA dedicará seu trabalho exclusivamente à seleção brasileira, o Brasil Onças - que não realiza jogos oficiais desde a Copa do Mundo de 2015.

A mudança de seu nome gerou uma grande confusão. Inicialmente a liga seria chamada de Brazilian Football League (BFL). Uma página no Facebook e um site com este domínio haviam sido criados. Ainda na tarde desta quinta-feira circulou na internet a informação de que o nome "Brazilian Football League" já tinha um registro de marcas, feito pela Rede Globo há nove anos. Foi durante o lançamento que houve o anúncio de que o principal campeonato do país se chamaria Brasil Futebol Americano, e não seria mais nomeado como BFL.

Este novo modelo da liga tem como inspiração em outros campeonatos organizados pelas equipes. No Brasil, um dos exemplos é o Novo Basquete Brasil (NBB), que é administrado pelos times que participam, enquanto a Confederação Brasileira de Basquete cuida de suas seleções.

A BFA ainda não tem uma tabela divulgada, mas já se sabe que serão quatro conferências na competição, divididas nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Após uma fase de temporada regular, os melhores classificados disputam os playoffs (com etapas dentro da conferência, e depois com playoffs nacionais, envolvendo os campeões de cada uma destas regiões). Os dois melhores times farão o Brasil Bowl, a grande decisão do campeonato.

A temporada 2017 será o segundo ano com a grande fusão entre o antigo Campeonato Brasileiro (organizado pela CBFA) e o Torneio Touchdown (de organização independente). No ano passado, foram criadas duas divisões, sendo uma a Superliga Nacional (a primeira divisão) e a Liga Nacional (segunda divisão). O campeão nacional de 2016 foi o Timbó Rex, de Santa Catarina, que derrotou o Flamengo FA, do Rio de Janeiro, no Brasil Bowl.

OBS: Texto atualizado às 23h35 do dia 16/02

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Equipes da NFL já se mobilizam para a próxima temporada

Wide receiver Victor Cruz é um dos atletas dispensados nesta offseason

Estamos na offseason, e ainda falta muito tempo para a temporada 2017 da NFL começar. Se você acha que agora é um período de férias, paz e sossego, está enganado. As equipes já estão se preparando para a próxima temporada, vendo quais jogadores ficam e quais vão ir embora.

Todas as 32 franquias da liga já fazem os seus planejamentos para um novo ciclo, até mesmo o New England Patriots, que venceu o Super Bowl LI há poucos dias. Ainda na festa do título, o técnico Bill Bellichick disse que os trabalhos para 2017 precisavam ser iniciados o quanto antes, pois o seu time estava cinco semanas mais atrasado que os demais.

Ainda faltam dois meses para o Draft, a grande seleção dos atletas universitários. Enquanto isso, as equipes precisam rever suas finanças, renovar contratos com jogadores importantes, ou dispensar quem não foi tão bem. E algumas mudanças já aconteceram nestes primeiros dias de inter-temporada. Vale lembrar que na NFL há um teto salarial, em que um time tem um valor limite para se gastar com salários por ano. Por isso, estes cortes são tão comuns neste período.

Entre quem já perdeu espaço e resolveu pendurar as chuteiras, estão o wide receiver Steve Smith Sr (ex-Baltimore Ravens e Carolina Panthers), e o quarterback Michael Vick (ex-Atlanta Falcons, Philadelphia Eagles, New York Jets e Pittsburgh Steelers). A lista ainda pode aumentar, pois alguns atletas ainda não confirmaram se jogarão ou não em 2016.

Entre o que já aconteceu, o que ficou mais notável foi que o New York Giants dispensou o wide receiver Victor Cruz. Principal alvo de Eli Manning em seus primeiros anos, e vencedor do Super Bowl XLVI, em 2011, Cruz teve uma grave lesão que o tirou de campo em 2014 e 2015. Voltou em 2016 rendendo muito abaixo da média, e agora terá que procurar outra equipe. Com o dinheiro que seria gasto com o WR, agora o Giants pode oferecer um contrato de melhor valor ao defensive end Jason Pierre-Paul, que encerra seu vínculo atual. A franquia de Nova York também incluiu no pacote de dispensas o running back Rashad Jennings.

Outro que terá que procurar um novo emprego é o quarterback Ryan Fitzpatrick. O QB renovou seu contrato com o New York Jets antes da temporada 2016, mas rendeu muito pouco, e chegou a ser reserva por algumas semanas. Já é certo que ele não fica para este ano. Fica a dúvida se alguma franquia ainda investirá em Fitzpatrick, ou se a carreira do QB pode ser mesmo encerrada. O atleta já tem 34 anos, sendo 12 na NFL, e nunca conseguiu chegar aos playoffs.

Teve também quem vai respirar outros ares, e terá outra chance na próxima temporada. É o caso do kicker Blair Walsh, ex-Minnesota Vikings. Ele havia sido dispensado por Minnesota após ter um desempenho irregular em 2016, e foi contratado pelo Seattle Seahawks. O kicker se tornou muito conhecido por seu bizarro chute perdido nos playoffs de 2015, no que seria o field goal da vitória, justamente contra o Seahakws. Walsh pode até mesmo ser o titular para a próxima temporada, porque Steven Hauschka (titular no ano passado), se tornará um free agent, e poderá assinar com outra equipe.

Ainda tem muita coisa para acontecer, e outros jogadores podem ser dispensados, ou trocarem de time. Podemos estar sem jogos da NFL, mas isso não quer dizer que a liga tira férias.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O meu maior ídolo



Tom Brady não foi meu ídolo de infância. Na verdade, nem ele e nem ninguém do futebol americano. Nasci nos anos 90, e meus primeiros anos foram sem a presença da bola oval. Na verdade, a maior parte das pessoas que hoje vê a NFL começou a acompanhar a liga a cerca de dez anos, com a popularização da TV por assinatura e a disseminação da liga pela internet. Os meus ídolos esportivos se forjaram em outras modalidades, principalmente no futebol e na Fórmula 1.

Ouvi falar no jogador pela primeira vez em 2008, quando no acaso de um tedioso domingo de Carnaval, sintonizei em um canal aberto que exibia o Super Bowl XLII em VT. Descobri naquele dia que ele já tinha o famoso crédito de "namorado da Gisele Bündchen". Mas aquela era uma época sem redes sociais, e não entendi nada sobre o jogo.  Só entendi a magia do que aconteceu naquela partida muitos anos mais tarde.

Entre este Super Bowl em que o Patriots saiu derrotado após uma temporada invicta, e meu batismo oficial na NFL (sim, a liga é como uma religião para mim), levou mais de três anos e meio. Neste período, ouvi falar apenas mais uma vez em Brady quando ele esteve entre nós, colocando no mapa a gloriosa cidade de Horizontina, no interior do Rio Grande do Sul, para conhecer os parentes de Gisele. Foi a vez em que estive mais perto do quarterback do New England Patriots, mesmo estando a 486 km distante.

Quando comecei a ver a NFL de fato, em 2011, demorei para ter uma torcida por uma equipe. Na verdade, esperei sair os dois postulantes ao Super Bowl XLVI. Ao pesquisar sobre o New England Patriots e Tom Brady, não tinha como não torcer por aquele time e por aquele jogador.

O Patriots nunca tinha sido campeão da liga - foi a dois Super Bowls em 1986 e 1997, mas foi duramente derrotado. Brady foi desprezado no Draft de 2000, escolhido apenas na sexta rodada por New England, na posição 199. Ninguém achava que um cara lá desta posição se tornaria o maior atleta de todos os tempos no futebol americano. Passou todo o ano de calouro como reserva. Na semana 2 de 2001, Drew Bledsoe se machucou, dando lugar a Brady, que nunca mais perdeu a posição de QB titular.

Tom Brady é a maior prova de uma pessoa que não desiste nunca, e foi isso o que me fez ser torcedor por seu sucesso e pelo time que defende. Ele aproveitou aquela chance lá no fundo do Draft, e o acaso da lesão do então titular, para provar que tinha talento. Em seu primeiro ano como titular, um Super Bowl. E logo na sequência, mais dois títulos. E mesmo assim, ele seguiu provando que a cada jogo poderia fazer mais, como se cada anel conquistado ainda não fosse o suficiente, em que ele queria mostrar que poderia ser ainda melhor do que já era. Veio a temporada de 2007, aquela que foi quase perfeita, e seria a sua consagração como uma lenda - até vir aquela derrota para o New York Giants no final do jogo.

Poderia ser o declínio de Brady, porque em 2008 o QB perdeu a temporada inteira. Mas seu retorno em 2009 foi triunfante, se tornando o MVP da temporada. Em 2011, quando o atleta já não era mais um jovem, mais uma ida ao Super Bowl - aquela em que definiu minha torcida pelo Patriots. De novo veio a derrota, de novo para o Giants. Continuei como fã da equipe porque no esporte há vitórias e derrotas, e que uma hora um triunfo poderia acontecer. Ali comecei a entender por que havia um certo ódio contra Brady.

É compreensível que um jogador tão incrível também seja odiado. Os melhores no que fazem são tão amados quanto odiados. É assim com Brady e o Patriots. Não tem um time na liga que não tenha uma história de como foi castigado pelo quarterback e sua variada gama de jogadas lideradas por um gênio chamado Bill Bellichick.

Foram mais títulos de divisão, mais vitórias nos playoffs, mais idas às finais de conferência, mas as derrotas ainda questionavam seu talento.No início da temporada de 2014, foram muitos os que disseram "aposenta, Brady", diante de uma péssima atuação em um Monday Night Football contra o Kansas City Chiefs, ainda na semana 4. Nunca duvidei de sua capacidade, mesmo quando a idade já poderia pesar contra seu desempenho. Aquela derrota foi o motor de arranque para que ele se superasse ainda mais, e seguisse provando que é bom sim e é uma lenda na NFL. Acabou a temporada como campeão do Super Bowl, e MVP da decisão, de novo.

Só que houve uma pedra neste caminho, o famoso Deflategate. Não vou entrar no mérito da punição, mas a genialidade de Brady foi duramente contestada. Seria injusto colocar no ralo uma carreira tão brilhante por causa daquele episódio. A suspensão veio, mas só foi aplicada nesta temporada 2016.

Brady não é brasileiro, mas também não desiste nunca - talvez aprendeu isso com Gisele. Jamais saberemos. Com quatro títulos de Super Bowl, grana, muita grana, esposa e família perfeitas, ele poderia dizer "não quero mais isso aqui", e largar tudo. Nós torcedores iríamos entender. Mas não, na semana 5 de 2016, ele voltou a usar a camisa 12, e voltou a jogar, para provar que é uma lenda.

O Patriots chegou ao Super Bowl, o sétimo na carreira de Brady. Como não dizer que o cara é um dos maiores da história, se ele próprio quebrou o recorde individual de idas à decisão? Só que o Atlanta Falcons tinha um ataque poderoso, e a defesa castigou o QB. Aquela interceptação retornada para touchdown foi cruel, mas foi a prova de que lendas também erram. Como torcedor do New England Patriots, tava sendo duro ver aquele atropelo. A única vez que questionei sua capacidade foi nesta jogada, porque parecia que ali tudo estava acabado, e mais um vice-campeonato chegaria.

Mais uma vez, Brady provou que poderia se superar. 25 pontos seguidos, dois passes para touchdown, recorde de passes completos, de jardas, de vitórias (208 na carreira), de títulos. Ele não se importa com esses recordes. Só pensava em vencer, pois esta é sua motivação: vencer o próximo jogo. E venceu, de novo, pela quinta vez. Por mais que neste Super Bowl LI, Brady tenha se consagrado como o melhor quarterback de todos os tempos, já dá para ver que ele não vai parar agora.

Ninguém se superou tantas vezes como ele. Brady ainda tem contrato até 2019. Jogando em alto nível, duvido muito que pare antes disso. Talvez um dia alguém consiga as mesmas façanhas que Brady um dia fez, mas é impossível não aplaudir este cara. Tom Brady não foi meu ídolo de infância, mas sem dúvidas, é o meu maior ídolo esportivo de todos. É o maior jogador de futebol americano da história.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Em cinco atos, a reação do New England Patriots no Super Bowl LI

Quinto título do Patriots veio diante de uma incrível reação, e virada no tempo extra

Se tem um jogo que vai render assunto por muito tempo no futebol americano, este é o Super Bowl 51. Na melhor partida de todos os tempos do futebol americano, o New England Patriots venceu o Atlanta Falcons por 34 a 28, após estar perdendo por 28 a 3. Foi uma reação que começou tímida, mas que se transformou em uma vitória única na história do esporte.

Hoje, destacamos os cinco momentos chave que transformaram uma partida praticamente definida na maior virada em decisões da NFL.

O drive após o quarto touchdown do Atlanta Falcons

Ainda faltavam 8 minutos e 35 segundos para acabar o terceiro período, quando Matt Ryan lançou o passe de seis jardas para Tevin Coleman conquistar o touchdown. A vantagem estava em 25 pontos, e era esperado que a "garbage time" do Super Bowl havia iniciado. O Patriots parecia que estava entregue à derrota. Mas o primeiro drive da equipe contou com jogadas chave que ajudaram no primeiro touchdown.

Bill Bellichick percebeu que o jogo terrestre do Patriots não estava funcionando - assim como os passes em profundidade de Tom Brady. Foi com lançamentos curtos e rápidos que o time começou a surpreender, principalmente para o running back James White (que teve uma atuação digna de MVP). Mas não só isso. Jogadas alternativas foram tentadas, como a trick play em que o wide receiver Julian Edelman fez um lançamento (não deu certo, mas vale o registro), a quarta descida convertida com uma recepção de Danny Amendola, e principalmente a corrida de Tom Brady em uma terceira para oito jardas, fazendo o Patriots garantir o first down. Lembrando que o quarterback nunca foi conhecido por ter um perfil de corredor, principalmente em jogadas que o time precisava de muitas jardas.

Foi assim que o drive teve sequência, que após alguns snaps, resultaram no primeiro touchdown do time, com James White. Detalhe, mesmo perdendo de 28 a 3, a campanha de New England neste drive foi de mais de seis minutos. Com paciência, o Patriots começou a reagir.

O fumble sofrido por Matt Ryan

Foi o único turnover cedido por Matt Ryan na pós-temporada

Já era o último quarto. O Patriots já tinha anotado o field goal, e estava 16 pontos atrás no placar. Com uma larga vantagem, e uma grande dupla de running backs como Devonta Freeman e Tevin Coleman, o coordenador ofensivo Kyle Shanahan (que agora é o novo treinador do San Francisco 49ers) manteve as chamadas de passe do quarterback Matt Ryan. Foi aí que a defesa de New England surgiu, e Dont'a Hightower conseguiu um sack que resultou em um fumble forçado. Esta foi uma das várias jogadas importantes na construção da vitória de New England. O turnover resultou na recepção de Danny Amendola para o TD, e na conversão de dois pontos de James White.

A falta de conservadorismo do Falcons nos minutos finais

Com oito pontos na frente, o Atlanta Falcons tinha em mãos o drive da vitória nos minutos finais. Devonta Freeman teve uma jogada que colocou o time no meio campo, e Julio Jones fez uma recepção magistral, que poderia ser a do título, porque colocava Atlanta em posição para um field goal. Faltavam 4:38, e o time estava na linha de 22 jardas. Era só correr com a bola três vezes, e ir para o chute na quarta descida. Forçaria o Patriots a anotar 11 pontos com pouco tempo para o fim da partida, e possivelmente sem tempos para pedir.

Esta poderia ter sido a jogada do título do Atlanta Falcons. Não foi, e o título não veio

Só que houve uma incompreensível chamada de passe em um momento crucial. Matt Ryan ficou no pocket porque faria um lançamento, até ser sacado por Trey Flowers, perdendo mais de 10 jardas. Eu estava na transmissão do Especial Super Bowl, ao vivo pela Rádio Guaíba, de Porto Alegre, e disse que aquele era o momento de o Falcons ser conservador, e que aquilo poderia mudar a história da partida. Para piorar, na terceira descida, uma falta de holding foi cometida, e o time ficou mais 10 jardas atrás. No fim, Atlanta chutou apenas o punt, armando a campanha fatal do Patriots. Mesmo sem ter uma bola de cristal para ter previsto a virada, sabia que aquele erro não seria perdoado por Bill Bellichick e Tom Brady.

A recepção de Julian Edelman


Acreditem - esta jogada foi real

O Patriots começou a atacar da linha de 9 jardas. Já próximos do meio-campo, Brady lançou um passe pelo meio para Julian Edelman. Robert Alford deu um tapa na bola. Outros dois defensores de Atlanta estavam em cima do wide receiver, que completou uma das recepções mais incríveis da história. É de perder o fôlego ver o replay da jogada em câmera lenta. Cada vez que eu olho, eu acredito que a bola cairá no chão. Vejam o vídeo!

Tom Brady e sua frieza

Sim, ele é o maior quarterback de todos os tempos

Era nítido o olhar sereno de Brady no drive decisivo. Ele estava com sangue nos olhos para aquela que seria a maior reação de sua carreira. Após a jogada acima, ele completou mais passes. E na linha de uma jarda, James White anotou o touchdown. Com a recepção de Danny Amendola, o improvável empate era agora uma realidade.

Na inédita prorrogação, mais passes do camisa 12, até a corrida derradeira de James White para a endzone. Brady quebrou no Super Bowl LI os recordes de tentativas de passe (62), passes completos (43), jardas (466) e os dois mais importantes - títulos de Super Bowl (cinco) e MVP's da decisão (quatro). O quarterback liderou a maior reação da história de 51 anos do confronto, e teve uma atuação digna de se consagrar como o melhor jogador de futebol americano de todos os tempos.

A virada do New England Patriots foi daquelas coisas que vamos debater por semanas, meses, anos e até décadas e não vamos acreditar. Mas entendendo estes cinco atos de toda a insanidade acontecida a partir do terceiro quarto do Super Bowl, dá para entender um pouco sobre como foi esta reação única na história do futebol americano.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Brasil registra 1,5 milhão de tweets sobre o Super Bowl LI

Patriots conquistou seu quinto Super Bowl com uma incrível virada

A prova de que a audiência da NFL no Brasil cresce ainda mais está no total de tweets publicados durante o Super Bowl LI. Depois dos Estados Unidos, o Brasil foi o país que mais conversou no Twitter sobre a decisão deste domingo (5), com 1,5 milhão de Tweets. No mundo todo, a épica vitória do New England Patriots sobre o Atlanta Falcons por 34 a 28 gerou 27,6 milhões de postagens.

No Brasil, o maior pico de conversas foi às 23h29, quando a cantora Lady Gaga encerrou sua grande apresentação no Halftime Show. O segundo maior pico foi às 23h16, quando ela desceu do teto do NRG Stadium pendurada por cabos. E o terceiro foi à 1h27, quando o Patriots venceu o Super Bowl, no touchdown decisivo de James White na prorrogação.

Os “Top 3” momentos mais comentados mundialmente na plataforma foram quando New England venceu o Super Bowl, o final da apresentação de Lady Gaga no show do intervalo e quando Danny Amendola converteu os dois pontos que empataram o jogo em 28 a 28, a 57 segundos do fim, levando a decisão para a prorrogação. Nos 50 Super Bowls anteriores, nunca houve a necessidade de se disputar o tempo extra.




Durante e após a partida, os atletas do New England Patriots mais mencionados no Twitter no mundo foram o quarterback Tom Brady, o running back James White e wide receiver Julian Edelman. Os integrantes do Atlanta Falcons mais citados foram o wide receiver Julio Jones, o quarterback Matt Ryan e o running back Devonta Freeman.

Tom Brady tornou-se o primeiro quarterback na história da NFL a ganhar cinco Super Bowls, enquanto Bill Belichick também é o líder absoluto entre os treinadores principais, com cinco vitórias.



Nesta temporada 2016, NFL e Twitter estabeleceram um acordo de direitos de transmissão de dez partidas do programa Thursday Night Football, que poderiam ser vistas ao vivo ao acessar a rede social.

Maior virada da história define Patriots como campeão do Super Bowl LI

Tom Brady se consolida como o maior QB vencedor do Super Bowl de todos os tempos

O futebol americano é sem dúvidas o esporte mais imprevisível de todos. São muitos os jogos na história da NFL que houveram viradas incríveis, de times que já pareciam entregues à derrota, quando conseguiram reagir, e vencer. Mas o Super Bowl era um caso a parte neste quesito. Nas 50 edições anteriores, nunca um time que tinha mais de 10 pontos de vantagem havia perdido a decisão.

Isso até chegarmos ao dia 5 de fevereiro de 2017, no NRG Stadium, em Houston. Neste Super Bowl LI, o Atlanta Falcons teve uma atuação dominante na maior parte do tempo, em especial com a sua defesa. A franquia que tentava o título inédito chegou a estar vencendo por 28 a 3 no terceiro quarto. Até que o New England Patriots acordou para o jogo, e em uma recuperação única na história do confronto, o time empatou a pouco menos de um minuto para o relógio zerar. E em uma inédita prorrogação, virou com um touchdown, vencendo a partida por 34 a 28, e se consagrando como campeão do Super Bowl.

Foi o quinto título da equipe. O quinto desde a consagrada era do técnico Bill Bellichick e do quarterback Tom Brady - ambos alcançaram o recorde individual de conquistas em suas posições. Carregando o ataque na épica decisão, Brady fez 62 passes, acertando 43, para incríveis 466 jardas e dois touchdowns. O camisa 12 foi escolhido o MVP da decisão pela quarta vez na carreira, tornando-se o único a receber este prêmio quatro vezes. James White também foi importante para o Patriots. Ele conseguiu 139 jardas totais e três touchdowns na partida, sendo um o do empate, e outro da vitória de New England.

Além de 2017, o Patriots também venceu em 2002, 2004, 2005 e 2015, e iguala em conquistas com San Francisco 49ers e Dallas Cowboys. Com seis títulos, o Pittsburgh Steelers é o maior campeão nesta era.

Melhor atleta da temporada, o quarterback Matt Ryan por muito pouco não conseguiu o rating perfeito - rating é uma estatística que avalia o desempenho de um jogador, sendo a pontuação máxima de 158.3. Ele acertou 17 passes, para 284 jardas e dois touchdowns. Com certeza seria o MVP do Super Bowl se não houvesse a espetacular reação do Patriots. Devonta Freeman carregou muito o time no jogo terrestre, sendo outro importante jogador de Atlanta, com 75 jardas e um TD.

Falcons dominante e Patriots irreconhecível

O início da partida foi muito mais defensivo do que se esperava. No primeiro drive do jogo, a defesa de Atlanta sacou Tom Brady pela primeira vez - o quarterback sofreu cinco sacks ao todo. O trabalho defensivo do Patriots também estava funcionando no primeiro período, com a equipe anulando as jogadas de ataque do Falcons. Nos primeiros 15 minutos, ninguém pontuou.

A partida começou a ficar favorável para Atlanta no segundo quarto. Quando o Patriots estava no campo de ataque, o running back LeGarrette Blount (18 touchdowns na temporada regular) sofreu fumble, forçado por Deion Jones, e a bola foi recuperada pelos adversários. Com um jogo terrestre afiado entre os running backs Devonta Freeman e Tevin Coleman, e boas recepções de Julio Jones, o time conseguiu avançar, capitalizando o turnover. Foi em uma corrida de quatro jardas de Freeman que saiu o primeiro touchdown da partida.

Enquanto isso, Matt Ryan seguia com seu jogo perfeito, acertando passes precisos, em profundidade. Na linha de 19 no campo adversário, o QB lançou um passe para Austin Hooper, ampliando a vantagem. Perdendo por 14 a 0, o Patriots tentava reagir, e mais uma vez estava no campo de ataque, quando Tom Brady fez um passe curto, em uma ação que pareceu apressada. Foi interceptado pelo cornerback Robert Alford, que retornou para touchdown. Foram 83 jardas de retorno até o TD.


A pick six foi um balde de água fria no New England Patriots, que parecia cada vez mais sem capacidade de reação na partida. Nos últimos segundos do primeiro tempo, a equipe chegava à redzone, quando mais uma vez, a defesa do Falcons funcionou, forçando apenas um field goal, convertido por Stephen Gostkowski. A vantagem era de 21 a 3 para o Atlanta Falcons no intervalo.

Antes de contarmos sobre o segundo tempo, teve o show da Lady Gaga no Halftime Show. Foi uma grande apresentação, que você pode ver no tweet que colamos abaixo.


Falcons castiga no início do terceiro quarto

Quando os times voltaram dos vestiários, o Atlanta Falcons seguia dominante, evitando ações efetivas do ataque do New England Patriots. Quando tiveram a posse de bola, Matt Ryan novamente conectou longos passes, principalmente para Julio Jones. Na linha de seis jardas, o quarterback lançou para Tevin Coleman, para mais um touchdown. O Falcons colocava 25 pontos de vantagem.

A épica reação de New England

Ainda tinha muito tempo para o fim da partida, mas a larga vantagem de Atlanta dava a impressão de que o restante do Super Bowl seria de uma plena "Garbage Time" (termo conhecido para jogos já decididos e que ainda não terminaram). A reação do New England Patriots começou tímida. Brady já tinha mais jardas que Matt Ryan, mas as ações ofensivas da equipe não davam a impressão de que o time ainda poderia vencer. Até mesmo o wide receiver Julian Edelman lançou um passe sem sucesso. Na redzone, o Patriots conseguiu seu primeiro touchdown, em passe de Brady para James White, mas o extra point perdido deixava o time 19 pontos atrás. Para piorar, o técnico Bill Bellichick chamou um onside kick (quando o kickoff é curto, para que o time que vá chutar a bola tenha a chance de recupera-la) e não deu certo.

Já no início do quarto período, o Patriots novamente chegou à redzone, mas não conseguiu o touchdown. A equipe foi para o field goal, mesmo em uma larga desvantagem. Stephen Gostkowski acertou o chute. Estava 28 a 12.

Parecia impossível reagir, mas na NFL aprendemos que a palavra "impossível" nem sempre existe. Como dissemos acima, as maiores viradas nos Super Bowls anteriores foram por apenas 10 pontos. Seria uma loucura imaginar que o Patriots ameaçaria o título do Falcons. Quanto mais se fosse vencer. New England precisaria de dois touchdowns com duas conversões de dois pontos para empatar.

Algo teria que acontecer para dar esperanças efetivas ao Patriots. E este algo foi um sack que Matt Ryan sofreu em seu campo de defesa. O quarterback soltou a bola. Fumble! Forçado por Dont'a Hightower, o turnover resultou em uma excelente posição para Tom Brady comandar o ataque. Em poucas jogadas, Brady lançou para Danny Amendola na endzone. Touchdown! A equipe foi para a conversão de dois pontos,bem sucedida com uma corrida de James White. Estava 28 a 20. A vantagem de Atlanta era de uma posse.

A bola voltou para o Falcons. Restavam pouco mais de cinco minutos para o time se segurar com o jogo terrestre, e assim confirmar a vitória. Neste drive, Devonta Freeman fez uma grande corrida, e Julio Jones conseguiu uma recepção magistral, que colocava o time em posição para chutar um field goal - o que poderia matar a partida. Uma série de erros ofensivos de Atlanta complicaram tudo. Matt Ryan sofreu mais um sack, perdendo muitas jardas, e ainda teve uma falta de holding, que fizeram a equipe devolver a bola ao New England Patriots.

The Drive - versão 2017

Quem conhece bem a história da NFL, já ouviu falar na partida conhecida por "The Drive", que foi o drive decisivo do Denver Broncos de John Elway contra o Cleveland Browns, na final da AFC em 1987 - o time começou a atacar da linha de duas jardas, e empatou com um touchdown a poucos segundos do fim. O Broncos venceu a partida na prorrogação.

Recebendo o punt da linha de nove jardas, o Patriots tinha pouco mais de três minutos para tentar o empate - seria o seu "The Drive". Brady começou sua incrível campanha, lançando passes importantes para Chris Hogan, Malcolm Mitchell e, principalmente, Julian Edelman. O quarterback lançou a bola em sua direção. Ela foi desviada por um atleta do Falcons, e Edelman conseguiu completar a recepção de maneira incrível, em uma jogada que ainda não tem nome, mas que pode ser comparada com a "The Helmet Catch", de David Tyree, pelo New York Giants no Super Bowl XLII - pela importância da situação em que houve o passe completo..

Seguindo o drive decisivo, o Patriots chegou na beira da endzone. E mais uma vez, brilhou o talento de James White, que conseguiu mais um touchdown, correndo com a bola a 57 segundos do fim do tempo regulamentar. Mas ainda faltavam dois pontos. Brady fez um passe curto para Danny Amendola, que conseguiu completar a conversão. O empate aconteceu!

A primeira prorrogação da história do Super Bowl

Nunca havia acontecido uma prorrogação em Super Bowls. Seria uma nova chance para definir o vencedor. E o New England Patriots venceu o cara ou coroa, para ter a primeira posse de bola. Pelas regras da prorrogação, se o time que atacar pela primeira vez conseguir um touchdown, essa equipe vence a partida.



Foram menos de quatro minutos de prorrogação. Foi o suficiente para o Brady conectar mais passes precisos, e colocar o Patriots no campo de ataque. Uma falta em cima do tight end Martellus Bennett deixou o time a duas jardas da vitória. Na segunda para gol, o quarterback entregou para James White. Ele correu pela direita, quebrou tackles, e alcançou a endzone. Touchdown! A jogada que deu o título ao New England Patriots, naquela que foi a maior virada em Super Bowls, possivelmente, na melhor partida de futebol americano já realizada na história.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

A decisão: Falcons e Patriots disputam o Super Bowl LI neste domingo

Está tudo pronto para a grande decisão do futebol americano

Ah NFL, sua linda! Você é uma liga tão incrível, mas como dura tão pouco. Foram 149 dias em que vivemos o amor intenso de mais uma temporada da National Football League, e que se encerra neste domingo (5), com o Super Bowl LI. Atlanta Falcons e New England Patriots disputam a decisão, que será no NRG Stadium, em Houston, no Texas, às 21h30 (horário de Brasília). O confronto será exibido na TV pela ESPN e Esporte Interativo.

Depois de 22 semanas, vamos conhecer o próximo campeão da NFL. Com uma ótima temporada feita, o Atlanta Falcons chega à final pela segunda vez em sua história, e tenta conquistar um inédito título. Já o New England Patriots se classificou quebrando o recorde de participações, com nove idas ao Super Bowl. A equipe venceu a liga por quatro vezes, e quer o pentacampeonato para manter sua dinastia vencedora.

O Falcons vive o seu auge, em uma franquia que completa 51 anos em 2017. Treinado por Dan Quinn pela segunda temporada, o time tem um excelente ataque, com nomes como Matt Ryan, Julio Jones, Devonta Freeman, Mohamed Sanu, Tevin Coleman e Taylor Gabriel. A franquia construiu uma vitoriosa campanha ofensiva. Na temporada regular, foram 540 pontos anotados, sendo o melhor ataque de 2016, com uma média de 33,7 pontos por partida. O quarterback Matt Ryan também vive o melhor momento em sua carreira, lançando 38 passes para touchdown, e apenas sete interceptações, sendo eleito o MVP da temporada. Nos playoffs, foram 7 TD's de Ryan, e nenhum turnover cedido. Na defesa, Atlanta também tem importantes nomes, como Ricardo Allen, Dwight Freeney, Deion Jones e Vic Beasley. Será esta defesa que tentará parar o também forte ataque do Patriots. 

Se para o Falcons a volta ao Super Bowl demorou 18 anos, para New England, chegar à decisão virou uma rotina desde que o técnico Bill Bellichick e o quarterback Tom Brady chegaram ao time - ambos no ano 2000. É a sétima vez que o time vai disputar o título com a presença de Bellichick e Brady. O QB teve 28 passes para touchdown em 2016, com apenas duas interceptações, em uma temporada mais curta para o atleta, pois foi suspenso por quatro jogos. Seus principais recebedores nesta temporada são Julian Edelman, Chris Hogan, Malcolm Mitchell, Danny Amendola, James White e Martellus Bennett - lembrando que Rob Gronkowski se machucou e perdeu o restante da temporada - além de um ótimo jogo terrestre com LeGarrette Blount e Dion Lewis. Mas neste ano, o Patriots vai à decisão com uma forte defesa, que sofreu 250 pontos na primeira fase, uma média de apenas 15,6 por partida. Os principais nomes do setor defensivo são Malcolm Butler, Rob Ninkovich, Dont'a Hightower, Devin McCourty, Kyle Van Noy e Patrick Chung.

Neste domingo, Falcons e Patriots duelarão pelo título. A expectativa é de uma batalha dramática, com a possibilidade de muitos pontos e trocas de placar. É difícil cravar um favorito. Em um jogo como esse, tudo pode acontecer. Além do jogo, ainda há a expectativa para o Halftime Show, estrelado pela cantora Lady Gaga. É esperado que seja uma grande apresentação, entrando para a história do evento.

A parte triste é que depois do Super Bowl LI, começa o longo período da offseason. Mas antes de lamentarmos, vamos aproveitar a decisão. É o último jogo, a NFL linda está encerrando um ciclo, mas logo volta outro, e a nossa paixão por esse esporte só vai aumentar.

Matt Ryan é eleito o MVP da temporada da NFL



Um dos protagonistas do Super Bowl LI foi eleito o Jogador Mais Valioso (MVP) da temporada 2016 da NFL. O quarterback Matt Ryan, do Atlanta Falcons, foi escolhido o melhor atleta com todos os seus méritos. Com 38 touchdowns na temporada regular, mais sete nos dois jogos dos playoffs, Ryan foi fundamental para ajudar o Atlanta Falcons na conquista da NFC, levando o time ao Super Bowl pela primeira vez em sua carreira - na segunda ida da franquia à decisão em sua história.

A nomeação foi no NFL Honors, uma espécie de Oscar da NFL, que premia os melhores atletas da temporada, sempre na véspera do Super Bowl. A entrega dos prêmios foi neste sábado (4), em Houston, sede da próxima final.

Além de ser o MVP, Matt Ryan também foi eleito o Melhor Jogador Ofensivo do ano - normalmente o MVP ganha os dois prêmios. Na defesa, o linebacker do Oakland Raiders Khalil Mack foi escolhido o Melhor Jogador Defensivo de 2016. Entre os principais vencedores, o técnico Jason Garrett, do Dallas Cowboys, foi escolhido o Melhor Treinador.

Também foram premiados os melhores calouros da temporada 2016. Dak Prescott, o quarterback do Dallas Cowboys, foi o Calouro Ofensivo do Ano, enquanto o defensive end do Los Angeles Chargers Joey Bosa foi nomeado o Calouro Defensivo do Ano.

O wide receiver Jordy Nelson, do Green Bay Packers, foi o vencedor do prêmio Comeback Of The Year, dedicado a quem teve que se afastar da liga por um período, e voltou com um ótimo desempenho. Nelson perdeu toda a temporada 2015 por lesão, e quando voltou, foi o líder em recepções para touchdown do Packers.

Derek Carr, quarterback do Oakland Raiders, foi cotado como MVP durante a temporada, e chegou a ser votado para tal prêmio. Não conseguiu, porém, levou o troféu Clutch Performance, voltado para atletas que conseguiram fazer boas atuações em momentos decisivos.

Como Melhor Assistente Técnico, o vencedor foi Kyle Shanahan, coordenador ofensivo do Atlanta Falcons. Sob sua coordenação na sideline, o time teve uma ótima postura em seu ataque, que chega ao Super Bowl.

E ainda teve a escolha da Jogada do Ano. Foi uma recepção do wide receiver Mike Evans, do Tampa Bay Buccaneers. Contra o Atlanta Falcons, o atleta recebeu um passe de Jameis Winston na lateral do campo, e segurou a bola com uma das mãos para o first down. Abaixo, o vídeo da jogada.


Turma do Hall da Fama de 2017 é escolhida

Também foram definidos os integrantes do Hall da Fama da NFL neste ano. Entre os ex-atletas escolhidos, estão: os running backs LaDanian Tomlinson (ex-Chargers) e Terrell Davis (ex-Broncos), o quarterback Kurt Warner (ex-Rams, Giants e Cardinals), o defensive end Jason Taylor (ex-Dolphins) e o kicker Morten Andersen (ex-Saints e Falcons). Além destes, o dono do Dallas Cowboys, Jerry Jones, também integrará o Hall da Fama.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Os 50 Campeões – SB 41 a 50 – Manning enfim conquista a decisão, e os atuais ídolos da liga



Estamos apresentando aqui no Left Tackle Brasil a série “Os 50 Campeões”, que tem como objetivo de apresentar a você como foram as 50 edições anteriores do Super Bowl. Uma ótima prévia para a decisão deste domingo (5), entre Atlanta Falcons e New England Patriots, às 21h30.

Nos episódios anteriores, contamos como surgiu este grande evento, e também sobre as primeiras 40 edições (os links para os demais capítulos você poderá acessar ao final deste post). Este é o último texto da série, em que abordamos sobre os dez Super Bowls mais recentes, destacando os finalistas, os vencedores, quem foi MVP, e algumas surpresas que aconteceram ao longo destes anos. Aqui neste texto, alguns dos principais ídolos do passado e presente da NFL serão destacados.



Super Bowl XLI – 2007 – Indianapolis Colts 29x17 Chicago Bears

MVP: Peyton Manning, quarterback do Indianapolis Colts

Em sua nona temporada na NFL, Peyton Manning já era um dos principais quarterbacks da liga, e escrevia seu nome como um dos maiores atletas de todos os tempos. Mas ainda faltava uma participação em um Super Bowl para completar sua trajetória de sucesso. E ela veio na temporada 2006-07. De baixo de muita chuva, a decisão começou insana, com um retorno de kickoff de Devin Hester para o touchdown do Chicago Bears (o primeiro na história da decisão ao início de uma partida). Depois de um início difícil para Indianapolis, brilhou a estrela de Manning, carregando o Colts para uma grande virada. O quarterback foi escolhido o MVP da partida, na segunda conquista da história da franquia, a primeira desde que a equipe se mudou para Indianapolis. Individualmente, foi o quarto título de Super Bowl do kicker Adam Vinatieri, que havia sido três vezes vencedor com o New England Patriots.



Super Bowl XLII – 2008 – New York Giants 17x14 New England Patriots

MVP: Eli Manning, quarterback do New York Giants

Nunca na história do Super Bowl um time chegou à decisão tão favorito ao título quanto o New England Patriots. A equipe conseguiu a temporada perfeita, vencendo todos os 16 jogos da temporada regular, e os playoffs. O Patriots poderia repetir o feito do Miami Dolphins de 1972-73, único campeão invicto na era Super Bowl. Na verdade, a conquista seria ainda maior, já que na época do Dolphins, a primeira fase tinha 14 jogos. Mas aí o time do QB Tom Brady e do técnico Bill Bellichick enfrentaria o New York Giants. Foi um duelo dramático, com New England com a vantagem no placar durante Two Minute Warning. Só um touchdown poderia mudar as coisas para o Giants do quarterback Eli Manning, irmão de Peyton, campeão no ano anterior. No drive final, uma das jogadas mais incríveis de todos os tempos aconteceu. Em uma terceira descida longa, Eli escapou de ser sacado, e lançou para David Tyree, que fez a recepção com o apoio do capacete, na jogada conhecida como “The Helmet Catch”. Alguns lances mais tarde,o QB de Nova York passou para o touchdown de Plaxico Burress, a 35 segundos do fim. O Giants conquistou seu terceiro título de maneira épica, com Eli Manning escolhido o MVP, acabando com a invencibilidade do Patriots.



Super Bowl XLIII – 2009 – Pittsburgh Steelers 27x23 Arizona Cardinals

MVP: Santonio Holmes, wide receiver do Pittsburgh Steelers

É uma questão discutível, mas em minha opinião, este foi o maior Super Bowl de todos tempos. O Cardinals venceu a NFL na era antiga, mas nunca tinha chegado a decisão desde que NFL e AFL se uniram. Era a redenção do quarterback Kurt Warner (campeão com o St Louis Rams em 1999-2000), que tentava ser o primeiro QB campeão com dois times diferentes. Arizona enfrentara o Pittsburgh Steelers, que buscava o inédito sexto título. A batalha emocionante foi repleta de jogadas incríveis. Antes do intervalo, o Cardinals estava próximo da endzone, quando o linebacker James Harrison fez uma interceptação retornada para touchdown de 100 jardas, deixando Pittsburgh com uma vantagem em 17 a 7. No último quarto, um safety e duas recepções para TD de Larry Fitzgerald deixaram o time do Arizona na frente do placar, por 23 a 20. Restando 35 segundos para o final, Ben Roethlisberger fez um passe de seis jardas para Santonio Holmes, que fez a recepção com a ponta dos pés, na lateralda endzone – na jogada que o colocou como MVP da partida. Touchdown! O Pittsburgh Steelers garantiu o sexto Super Bowl, sendo o time o maior campeão nesta era.



Super Bowl XLIV – 2010 – New Orleans Saints 31x17 Indianapolis Colts

MVP: Drew Brees, quarterback do New Orleans Saints

Pela primeira vez, o New Orleans Saints chegava a um Super Bowl. O quarteback Drew Brees, um dos recordistas em passes para TD em todos os tempos, tinha a chance de se consagrar, enfrentando o Colts de Peyton Manning. Perdendo por 10 a 6 no intervalo, o Saints ousou em sua reação com um onside kick no reinício da partida no terceiro quarto. Deu certo, e o time virou o jogo. Brees completou 32 passes (igualando o recorde de Tom Brady, em 2004), e lançou duas vezes para touchdown. Com sete pontos atrás no placar, o Colts tentou empatar a partida no final do jogo, quando Peyton Manning foi interceptado pelo cornerback Tracy Porter, que retornou para o TD que colocou o time de Nova Orleans pela primeira vez como campeão do Super Bowl. Esta interceptação é ainda mais incrível se for vista com a narração de Everaldo Marques, da ESPN, na jogada descrita por ele como “um retorno para a história”.



Super Bowl XLV – 2011 – Green Bay Packers 31x25 Pittsburgh Steelers

MVP: Aaron Rodgers, quarterback do New Orleans Saints

Depois de uma ausência de 13 anos, o Green Bay Packers retornava ao Super Bowl. Aaron Rodgers ainda não tinha lançado nenhuma hail mary naquela época, mas o quarterback já mostrava que tinha tudo para ser um dos melhores de sua geração – até por ter sido o sucessor da lenda Brett Favre. Rodgers fez três passes para touchdown na partida, e foi escolhido o MVP. O Pittsburgh Steelers começou mal naquela partida, e reagiu no último quarto, mas a equipe não conseguiu virar o placar, e acabou derrotada. Além de Rodgers, o Packers daquele ano já tinha alguns nomes que ainda fazem parte do elenco atual, como o wide receiver Jordy Nelson, o linebacker Clay Matthews e o kicker Mason Crosby.



Super Bowl XLVI – 2012 – New York Giants 21x17 New England Patriots

MVP: Eli Manning, quarterback do New York Giants

Quatro anos depois, o roteiro se repetiu. Desta vez nenhum dos dois times chegou invicto na decisão, mas Giants e Patriots se enfrentariam de novo em um Super Bowl. New England queria a revanche, e liderava o placar nos dois minutos finais. Só que aí, o New York Giants teve a posse de bola no fim do jogo. Com Eli Manning acertando passes precisos, o time chegou na linha de seis jardas. Em uma corrida de Ahmad Bradshaw, o Giants virou o placar. O New England Patriots ainda tentou a vitória por uma última vez, com Tom Brady lançando uma hail mary, mas a jogada não deu certo. Assim, a franquia de Nova York conquistou seu quarto Super Bowl, com o quarterback Eli Manning escolhido o melhor atleta na partida.



Super Bowl XLVII – 2013 – Baltimore Ravens 34x31 San Francisco 49ers

MVP:  Joe Flacco, quarterback do Baltimore Ravens

Foi um jogo repleto de particularidades. A começar pelos treinadores dos dois times, que são irmãos. John Harbaugh continua como técnico do Ravens, e Jim Harbaugh treinava o 49ers. As duas franquias voltavam à final depois de muitos anos. Baltimore participou de um único Super Bowl até então, em 2001 – e venceu. San Francisco teve cinco aparições, vencendo todas – mas a última tinha sido em 1995. Em campo, a vitória do Ravens parecia tranquila. Na volta do intervalo, Jacoby Jones retornou o chute inicial de 109 jardas para touchdown – o mais longo na história – deixando o Ravens com a vantagem em 28 a 6. Isso até acontecer um apagão no Mercedes-Benz Superdome, que paralisou o jogo por cerca de 30 minutos. Quando a luz voltou, o que se viu foi uma incrível recuperação do San Francisco 49ers, que tinha Colin Kaepernick como quarterback titular – na época, considerado um atleta promissor e que tinha futuro na NFL (ele ainda está na liga, mas hoje não tem mais o mesmo prestígio, e talvez jamais voltará a ter). O 49ers chegou a ficar a duas jardas para virar a partida nos instantes finais, mas a forte defesa de Baltimore parou os rivais, confirmando o seu segundo título. O quarterback Joe Flacco, com três passes para touchdown, foi eleito o MVP. Aquela decisão também marcou a despedida do linebacker Ray Lewis, que foi o melhor do Super Bowl XXXV, em 2001, pelo Ravens.



Super Bowl XLVIII – 2014 – Seattle Seahawks 43x8 Denver Broncos

MVP: Malcolm Smith, linebacker do Seattle Seahawks

Peyton Manning deixou o Colts, e estava em seu segundo ano no Denver Broncos. Naquela temporada, foi escolhido o MVP pela quinta vez (marca jamais atingida por outro atleta), lançando incríveis 55 passes para touchdown. Mas no Super Bowl, o  Broncos enfrentaria a fortíssima defesa do Seattle Seahawks.  Foi uma noite em que tudo deu errado para o Broncos, que logo no primeiro snap, a jogada foi mal feita e a equipe sofreu um safety. Na sequência da partida, o que se viu foi um atropelo ofensivio e defensivo de Seattle. O quarterback Russell Wilson, em seu segundo ano como profissional, fez dois passes para touchdown, quando o jogo já estava decidido. Marshawn Lynch, excelente running back, correu para um TD. Mas foi o linebacer Malcolm Smith o eleito como melhor em campo. Ao final do segundo quarto, ele fez uma interceptação retornada para touchdown, em uma jogada de 69 jardas. A vitória por 43 a 8 foi uma das mais largas na história do Super Bowl. O Seattle Seahawks, enfim, conquistava o seu primeiro título da NFL.



Super Bowl XLIX – 2015 – New England Patriots 28x24 Seattle Seahawks

MVP: Tom Brady, quarterback do New England Patriots

Este também pode ser considerado um dos melhores Super Bowls de todos os tempos. O Seattle Seahawks era o atual campeão, e buscava seu segundo troféu Vince Lombardi. O New England Patriots voltava à decisão depois de três anos, mas a equipe já estava em um jejum de uma década sem títulos – e ainda amargurava as duas derrotas para o New York Giants nos anos anteriores. Foi um duelo eletrizante, com o jogo empatado no intervalo. No terceiro período, o Seahawks colocou dez pontos de vantagem, complicando a vida de New England. Nos 15 minutos finais, Tom Brady lançou dois passes para touchdown, com o Patriots de novo na liderança do placar. O roteiro das edições 42 e 46 se repetiu – time vencendo, e os rivais com a posse. Com Seattle já no meio-campo, Russell Wilson lançou um passe longo para Jermaine Kearse, com a bola batendo algumas vezes em seu corpo antes do wide receiver completar a recepão na linha de cinco jardas. Restando 20 segundos para acabar o jogo, em uma segunda para gol, na linha de uma jarda, Wilson não entregou para o running back Marshawn Lynch correr com a bola, e tentou passar para Ricardo Lockette. Mas o cornerback Malcolm Butler se antecipou na jogada, e fez a interceptação – a primeira em sua carreira, logo em um Super Bowl, no último lance da partida. Com quatro passes para touchdown, Tom Brady foi o MVP da decisão, e se tornou o terceiro QB a vencer quatro Super Bowls – junto com Joe Montana e Terry Bradshaw. Brady também foi o segundo atleta a ser eleito o melhor em campo por três vezes, além de Montana.



Super Bowl 50 – 2016 – Denver Broncos 24x10 Carolina Panthers

MVP: Von Miller, linebacker do Denver Broncos

Na temporada anterior, o Carolina Panthers chegou ao Super Bowl com um fortíssimo ataque, perdendo apenas uma partida. O time tinha o quarterback Cam Newton como seu grande líder – e eleito MVP de maneira indiscutível. O Panthers tentaria o título inédito enfrentando o Denver Broncos, que contava com uma forte defesa, e ainda tinha Peyton Manning como QB, embora o atleta já veterano não foi tão bem como nos anos anteriores. Foi um dos Super Bowls mais defensivos da história. Na decisão, a defesa do Broncos dominou na partida, forçando três turnovers, e com sete sacks em cima de Cam. Os defensores do Panthers conseguiram cinco sacks e dois turnovers. Em um duelo assim, não teria como ser alguém do ataque escolhido o MVP. O linebacker Von Miller foi nomeado o melhor jogador. Ele forçou dois fumbles e teve 2,5 sacks. A equipe de Denver foi campeã pela terceira vez em sua história. Manning não passou para nenhum touchdown na partida, mas conseguiu vencer seu segundo Super Bowl, e se tornou o primeiro quarterback a vencer a decisão por dois times diferentes. Foi a vitória de número 200 do QB, que encerrou sua era como jogador no ponto mais alto possível.

Esta foi a série “Os 50 campeões”. Neste domingo, a história terá sua continuidade com o Super Bowl LI. Você pode acompanhar os episódios anteriores no link abaixo.






04/02 - Os 50 Campeões – SB 41 a 50 – Manning enfim conquista a decisão, e os atuais ídolos da liga