segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Os destaques das primeiras semanas de Offseason na NFL

Destaque em 2017, Case Keenum deve virar free agent em março (Foto: Vikings.com)

Depois de merecidas férias, o Left Tackle Brasil está de volta. Foram semanas intensas cobrindo a temporada regular da NFL, depois os Playoffs, e, por fim, o Super Bowl LII. Portanto, um descanso foi necessário.

Mas quem não descansou foi o mercado da própria National Football League. Algumas movimentações importantes aconteceram, envolvendo trocas, chegadas, partidas, entre outras coisas. A temporada 2018 ainda tá longe de começar, mas as franquias já estão mobilizadas antes da volta dos trabalhos.

Ainda na semana pós-Super Bowl, duas informações importantes aconteceram, como a renovação do contrato do quarterback Jimmy Garoppolo no San Francisco 49ers, e a recusa de Josh McDaniels, coordenador ofensivo do New England Patriots, para assumir o comando técnico do Indianapolis Colts, após já estar acertado com a franquia da AFC Sul.

A vaga de head coach no Colts não está mais vaga. O contratado foi Frank Reich, que fez um belo trabalho como coordenador ofensivo do Philadelphia Eagles, o atual campeão do Super Bowl.

Continuando a falar sobre os ataques, o Jacksonville Jaguars aposta no seu atual QB como o futuro da franquia. Blake Bortles renovou seu vínculo com os vice-campeões da AFC. O contrato valerá por três temporadas, em que o jogador receberá um valor total de US$ 54 milhões, sendo US$ 26 milhões garantidos. O desempenho do jogador nos Playoffs contribuiu para a renovação de seu contrato.

Já outro quarterback com bom desempenho na temporada 2017-18 foi Case Keenum, jogando pelo Minnesota Vikings. A equipe informou nesta segunda-feira (26) que não irá aplicar a "Franchise Tag" nele. Assim, Keenum virará free agent em março, e poderá assinar com outra equipe. Vale lembrar que o Vikings tem outros dois quarterbacks com condições de jogo: Sam Bradford, que fez algumas partidas em 2017 até se lesionar; e Teddy Bridgewater, que perdeu as duas últimas temporadas por causa de um grave problema no joelho, e já recuperado.

Quem também não vai ficar em sua equipe atual é o kicker Sebastian Janikowski, que ainda pertence ao Oakland Raiders. O veterano jogador de 39 anos só jogou no Raiders como profissional, e foi selecionado no Draft de 2000 na primeira rodada. Porém, em 2017 não jogou, por estar machucado. A possibilidade de aposentadoria existe, mas no momento, vai virar free agent e estar no mercado.

Outro kicker veterano já confirmou que não vai pendurar as chuteiras. Caso do interminável Adam Vinatieri, que renovou seu contrato com o Indianapolis Colts por mais uma temporada. Com 45 anos, ele vai para a sua 23ª temporada como profissional. Sua estreia na NFL foi em 1996, pelo New England Patriots, e desde 2006 é atleta do Colts. Vinatieri é o único kicker com quatro títulos de Super Bowl.

Mais uma vez, o Kansas City Chiefs é atuante com uma troca. A equipe enviará ao Los Angeles Rams o cornerback Marcus Peters, quando a free agency for efetivada, no dia 14 de março. Além do CB, o Chiefs enviou uma escolha de sexta rodada no Draft de 2018 para Los Angeles. Em troca, o Rams cede uma escolha de quarta rodada no Draft de 2018, e uma escolha de segunda rodada no Draft de 2019.

Por fim, o valor da compra do Carolina Panthers foi divulgado. O único time da NFL atualmente à venda, pode ser adquirido por volta de US$ 2,8 bilhões, ou cerca de R$ 9 bilhões de reais. O fundador e dono da franquia, Jerry Richardson, optou por sair do negócio após surgir a informação de que tinha o costume de fazer comentários racistas e machistas nas instalações do Panthers. Entre os interessados na compra, estão o armador Stephen Curry, do Golden State Warriors, da NBA, e o artista P Diddy, famoso cantor de hip hop.

Este foi o nosso texto de retorno aos trabalhos para o ano de 2018. É muito bom estar de volta, e ao longo dos próximos dias, faremos mais publicações a respeito da nossa amada NFL. Vale lembrar que em breve tem o NFL Combine, a Free Agency e também o Draft. E estaremos aqui informando sobre tudo o que acontecer de importante até lá.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Quem é Nick Foles, o MVP do Super Bowl LII

De contestado a MVP: a trajetória do melhor jogador da recente decisão da NFL (foto: Philadelphiaeagles.com)

O Super Bowl LII, disputado no último domingo (4), marcou o fim da incrível temporada de 2017 da NFL. Foi um ciclo muito interessante, que contou com muitas histórias bacanas, a respeito de jogadores e de equipes.

Tivemos algumas decepções, de times tradicionais em que se esperava muita coisa e de repente não produziram nada. Mas também houve muitos resultados surpreendentes, de equipes que foram longe demais mesmo quando não pareciam que conseguiriam façanhas tão incríveis.

Em uma temporada tão atípica, fez muito sentido que o campeão do Super Bowl fosse alguém que nunca tinha vencido um. E este foi o Philadelphia Eagles, que levou o troféu Vince Lombardi com todos os seus méritos. A equipe da Pennsylvania foi favorita por grande parte do ano, mas se tornou uma zebra ao perder Carson Wentz. Mesmo assim, foi campeão de forma totalmente merecida.

Como a temporada foi incomum, nada mais justo que o MVP da decisão também fosse um atleta que ninguém imaginaria lá na semana 1 da temporada 2017: Nick Foles. Em setembro, inclusive, muitos nem sabiam que ele era o reserva do Eagles.

Nick Foles teve uma carreira de altos e baixos na NFL. Surgiu como um potencial franchise quarterback até ser trocado e tudo desmoronar. E agora teve uma redenção épica que pelo menos vai garantir seu emprego como profissional por alguns anos.

Antes de jogar na National Football League, ele passou pelo College Football. Sua primeira temporada universitária foi em Michigan State, em 2007, onde não teve espaço para jogar. Em 2009, foi para Arizona, onde foi titular até 2011. Nesta universidade, ele teve 67 passes para touchdown e 33 interceptações.

Terminada a carreira no College, Foles fez a transição para virar um atleta da NFL. A classe de 2012 do Draft foi repleta de quarterbacks. Alguns já tiveram um bom destaque, e são as caras de suas franquias, como Andrew Luck, Russell Wilson e Ryan Tannehill, além de Kirk Cousins, que também mostrou talento, e que agora vai mudar de time. Assim como também houve os selecionados nas primeiras posições, e que não deram certo como profissionais, casos de Robert Griffin III e Brandon Weeden. Nick Foles foi escolhido pelo Philadelphia Eagles, na terceira rodada, após todos os nomes acima citados.

Seu início na NFL foi como reserva. O Eagles já tinha um QB titular, que era Michael Vick. Nick Foles só teve chances de ser titular já nos últimos seis jogos, porque seu antecessor se machucou. Foi uma atuação mais discreta, com seis passes para TD e cinco interceptações. Philadelphia acabou com uma das piores campanhas da liga em 2012, e o então treinador, Andy Reid, foi demitido.

Na temporada seguinte, a carreira de Foles teria sua ascensão. O time agora era treinado por Chip Kelly, que inventou um sistema ofensivo até então inovador, com chamadas para jogadas de ataque muito mais rápidas que os demais times fazem. Nick Foles ainda começou aquele ano como reserva, e também perdeu alguns jogos por lesão. Mas aos poucos, foi assumindo a titularidade em definitivo. O ano de 2013 foi mágico para o QB, que lançou 27 passes para touchdowns e apenas duas interceptações. Foles, inclusive, teve um jogo com sete touchdowns - maior marca na história da NFL em uma mesma partida. Com isso, o Eagles foi campeão da NFC Leste, e foi para os Playoffs. No Wildcard, o time perdeu para o New Orleans Saints.

Em 2014, Nick Foles seguiria como titular, mas novamente as lesões atrapalharam seu rendimento. Fez apenas oito jogos, teve 13 touchdowns e 10 interceptações. O sistema ofensivo de Chip Kelly, aos poucos, começava a ser melhor decifrado pelas defesas, o que ajudou no declínio de todo o ataque do Eagles.

Por falar em declínio, o ano de 2015 marcou o que poderia ser o começo do fim da carreira de Foles. Chip Kelly o trocou para o então St Louis Rams (atual Los Angeles Rams). Ele seria o titular na equipe que estava a um passo de deixar a cidade de St Louis. Só que ele era treinado por Jeff Fischer, um comandante com visão defensiva e que tem em seu currículo recente constantes campanhas com mais derrotas do que vitórias - além de ter tentado destruir as carreiras de alguns quarterbacks. Foles lançou apenas sete touchdowns, e 10 interceptações. Fez 11 jogos como titular, até ser preterido para Case Keenum.

Com o mau rendimento, e a mudança da franquia para Los Angeles, o Rams mudou de rumo e foi atrás de Jared Goff, subindo no Draft para seleciona-lo na primeira posição geral, em 2016. Com a perda de espaço, Foles foi demitido, e ali chegou a cogitar a aposentadoria. O Kansas City Chiefs, comandado pelo seu primeiro técnico na NFL, Andy Reid, o deu uma chance, mas agora era para ser apenas o reserva de Alex Smith. Nick Foles não fez nenhum jogo como titular.

Pelo contrato ser de apenas um ano, em 2017, novamente ele ficou sem emprego. Até que o Philadelphia Eagles estendeu estendeu a mão para aquele que foi o QB titular em outros tempos. Muitas coisas haviam mudado de 2014 para o ano passado. A começar que o time agora tem o seu franchise quarterback, Carson Wentz, em sua segunda temporada profissional. Ou seja, Foles seria mais uma vez o reserva.

Isso até Carson Wentz machucar o joelho na semana 14, justamente na partida em que coroava o Eagles como classificado aos Playoffs após quatro anos, e praticamente assegurando o primeiro lugar geral na NFC. Nick Foles precisou assumir o time, mas na temporada regular, teve uma atuação sem muito brilho. Foram apenas 439 jardas lançadas, cinco touchdowns e duas interceptações, em três jogos como titular. Não comprometeu o desempenho da equipe, que venceu duas partidas, e perdeu uma - já na última rodada e com o time assegurado na primeira posição.

O jogo terrestre e o setor defensivo de Philadelphia continuaram excelentes, mas a liderança de Foles também foi fundamental nos três jogos da pós-temporada. Contra o Atlanta Falcons, sua atuação ainda foi discreta, porém sólida, sem sofrer turnover ou ser sacado. Já na final da NFC, enfrentando o Minnesota Vikings, mostrou que é um QB talentoso, conseguindo 352 jardas e três touchdowns, sendo peça importante na franquia para o título da conferência.

E no Super Bowl LII, contra o New England Patriots, fez o jogo da sua vida. Não se assustou com a pressão recebida. Teve todo o apoio do técnico Doug Pederson e, principalmente, de Carson Wentz. Teve um desempenho digno para um quarterback, alcançando 373 jardas, três passes para touchdown, e sendo o primeiro QB a receber um passe para TD na decisão. Foi eleito o MVP com todos os seus méritos, em uma história de superação incrível. Digna para, quem sabe um dia, virar livro, ou roteiro de cinema.

Não sabemos como será o futuro de Nick Foles como profissional. Mas agora já sabemos que o MVP do Super Bowl LII está imortalizado na história do esporte.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

49ers renova com Jimmy Garoppolo por cinco anos

Jogador terá o maior salário da NFL em 2018 (foto: 49ers.com)

O San Francisco 49ers confirmou nesta quinta-feira (8) que vai renovar o contrato do quarterback Jimmy Garoppolo. O jogador permanece na equipe por mais cinco temporadas, e receberá a enorme quantia de US$ 137,5 milhões, com uma média salarial de US$ 27,5 milhões por ano. Ou seja, o QB é agora o jogador com o maior salário da história da NFL.

A informação foi divulgada em primeira mão pelo repórter do NFL Network Mark Garafolo. Com esta longa renovação, fica confirmado que o 49ers aposta no atleta de 26 anos para ser o próximo franchise quarterback, algo que a equipe já procurava há alguns anos para se reconstruir.

Esta renovação se deu agora porque seu contrato de calouro estava terminando. Jimmy Garoppolo foi selecionado no Draft pelo New England Patriots, na segunda rodada, em 2014. Na época, ele foi escolhido para ser a aposta da franquia na sucessão de Tom Brady. Em New England, ele foi titular por dois jogos em 2016, e permaneceu na equipe até outubro de 2017, quando foi trocado para San Francisco. Como o 49ers herdou o vínculo com a transação passada, precisou fazer uma renovação agora, antes de março, para evitar que Garoppolo virasse free agent.

Sendo assim, o novo vínculo vai até o fim da temporada de 2022. Garoppolo tem 7 jogos como titular na sua carreira, dois pelo Patriots e outros cinco pelo 49ers. Venceu todos eles até agora. Na temporada passada, em San Francisco, passou para 1560 jardas , sete touchdowns e cinco interceptações, números muito bons para apenas cinco partidas.

Agora em que ficará mais rico, Jimmy terá uma motivação extra para seguir empilhando vitórias pelo San Francisco 49ers.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Acertado com o Colts, Josh McDaniels volta atrás, e fica como coordenador no Patriots

Foto: Patriots.com

A Offseason mal começou, e já temos o que pode ser a história mais polêmica do longo período sem jogos da NFL. O coordenador ofensivo do New England Patriots, Josh McDaniels, oficialmente rejeitou a oferta do Indianapolis Colts para se tornar treinador principal desta franquia. Isso foi nesta terça-feira (6).

O problema é que McDaniels já estava acertado com Indianapolis desde dezembro, e assumiria o time assim que acabasse a temporada do New England Patriots. Como New England foi até o Super Bowl LII, o Colts anunciou que McDaniels seria o head coach para 2018 apenas dois dias após a derrota para o Philadelphia Eagles. E mais, a apresentação dele já estava confirmada para acontecer nesta quarta-feira.

Colts publicou este tweet na terça-feira para anunciar a contratação de Josh McDaniels - faltou assinar

Ou seja, o assistente técnico vai ficar no Patriots, e seguirá com seu cargo de coordenador ofensivo, que ocupa em seu ciclo atual desde 2012. Surpreendido com a decisão, o Colts divulgou um comunicado. "Embora surpresos e desapontados, vamos retomar nossa busca por um novo treinador imediatamente e encontraremos o certo para liderar nosso time e organização dentro e fora de campo", anunciou a equipe.

Para o Indianapolis Colts, o problema é bastante pesado, pois uma comissão técnica a mando de McDaniels estava sendo montada. Profissionais chegaram a ser contratados, de papel passado. E agora o que resta são incertezas. A franquia terá de ir em busca de outra pessoa para assumir o cargo de treinador principal, isso a pouco mais de um mês para a Free Agency.

Não se sabe ao certo o que aconteceu nos bastidores no New England Patriots para que McDaniels voltasse atrás com sua decisão. Mas o que dá para acreditar é que ele pode ter recebido garantias de que será o sucessor de Bill Bellichick, atual treinador da equipe, e que ocupa tal cargo desde 2000 - ainda não se sabe quando o head coach deixará o time.

Josh McDaniels tem 41 anos, e cresceu profissionalmente na comissão técnica do New England Patriots. Desde 2001 ele trabalha junto com Bellichick, e participou das cinco conquistas da franquia. Assumiu o cargo de coordenador ofensivo entre 2005 e 2008. Em 2009 e 2010, teve sua primeira oportunidade como técnico principal, no Denver Broncos. Na temporada 2011, trabalhou como coordenador ofensivo do St Louis Rams, e voltou ao Patriots nos playoffs como assistente técnico. A partir de 2012, retornou ao coordenador ofensivo.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

OPINIÃO: O que esperar do futuro de Eagles e Patriots após o Super Bowl LII?

Foto: Philadelphiaeagles.com

Passada a empolgação do Super Bowl, agora é hora de olhar para 2018. A decisão da NFL, para um vencedor ou derrotado, pode significar o fim de um ciclo de uma geração talentosa. Ou pode ser o início de uma nova era consagrada e gloriosa.

Philadelphia Eagles e New England Patriots protagonizaram um jogo épico neste Super Bowl LII, no domingo (4), vencido pelo Eagles por 41 a 33. Ainda falta muito tempo para a temporada 2018 começar, mas mudanças significativas já acontecem ou devem acontecer com os atuais campeões e vice-campeões.

Neste texto, falaremos sobre o futuro dos dois times. Se o título do Eagles é o começo de uma nova era, ou se a derrota do Patriots pode ser o início de um período sombrio. Não dá para prever quanto a títulos porque a NFL é uma competição equilibrada, e muitas mudanças também vão acontecer com os demais times. Separamos cinco parágrafos para falar das perspectivas destes dois times para 2018.

Philadelphia Eagles: uma geração promissora que pode vencer mais


Foto: Philadelphiaeagles.com

O campeão Philadelphia Eagles montou ao longo dos últimos anos um bom elenco. Isso quer dizer que o time tem condições de ter outras temporadas tão boas quanto a de 2017-18. Utilizou escolhas do Draft em atletas bastante confiáveis, e fez contratações de qualidade na Free Agency. Nomes como os defensores Derek Barnett e Brandon Graham (que forçou o fumble em Tom Brady no Super Bowl) são atletas jovens, e que tem muito pela frente, assim como o quarterback Carson Wentz.

Isso sem contar também com a aquisição de peças importantes ao longo da temporada. Como o running back Jay Ajayi, que chegou via troca com o Miami Dolphins, e se mostrou cada vez mais talentoso. Além de LeGarrette Blount, Alshon Jeffery e Torrey Smith, jogadores que se juntaram via Free Agency.

Algumas saídas devem acontecer, e isso é perfeitamente normal. Os atletas acabam mais valorizados por estar em um Super Bowl, e principalmente, se vencer a decisão. Agora é difícil prever quem sairá. Em março, quando abrir a Free Agency, já podemos ter uma noção das mudanças que devem ocorrer.

Quanto a posição de quarterback, não há dúvidas. Carson Wentz é o titular. Nem mesmo o fato de que Nick Foles tenha tido uma atuação épica na decisão, em que foi coroado o MVP, irá mudar a titularidade na principal função de ataque. Wentz saudável é mais talentoso que Foles, além de ser mais jovem, e também foi uma escolha valiosa no Draft de 2016 - o Eagles subiu no ranking via troca para escolher o jogador na segunda posição geral.

Mas isso não quer dizer que Nick Foles não fique na Philadelphia. Carson Wentz rompeu os ligamentos do joelho em dezembro, e por ser uma lesão grave, talvez em agosto ele ainda não esteja plenamente recuperado. Foles tem contrato até 2018 e pode ficar ou até mesmo jogar alguns jogos na próxima temporada, nas primeiras semanas. Porém, o fato do camisa 9 ter sido MVP do Super Bowl pode atrair aos olhos dos demais times da NFL, e irem com tudo para contrata-lo na Free Agency. Arizona Cardinals, New York Jets, Cleveland Browns e Buffalo Bills são alguns dos times que podem ir atrás de Foles no próximo mês.

New England Patriots: time precisará construir seu futuro


Foto: Patriots.com

O New England Patriots precisa se reformular. A derrota neste Super Bowl LII não significa que a era de vitórias se esgotou, mas é necessário que a franquia comece a se planejar para os próximos anos. Ou seja, precisa começar a ser mais ativo no Draft, adquirindo atletas jovens, principalmente em setores que decepcionaram em 2017.

E aqui, damos um destaque para a defesa. O setor começou o ano cedendo muitas jardas. Isso foi melhorando aos poucos depois da semana 5, e em alguns jogos, o time cedeu poucos pontos na temporada regular, e até mesmo nos Playoffs. Porém, a defesa do Patriots ruiu no Super Bowl. Foram apenas duas posses de bola em que o Eagles não conseguiu pontuar, além do time ter cedido avanços em quartas descidas cruciais. Ou seja, o time vai precisar encontrar atletas melhores nestas funções, e dispensar alguns que decepcionaram ao longo do ano.

Talvez seja também o momento para New England pensar em mudar seu kicker. Stephen Gostkowski é apontado como um dos melhores da NFL, mas neste Super Bowl, ele errou um extra point e um field goal curto. Apesar de seu potencial confiável, Gostkowski também perdeu chutes no Super Bowl LI, em 2017, e na final da AFC de 2015-16. O erro na decisão anterior proporcionou uma dificuldade maior para o Patriots reagir, pois teve que ir para dois touchdowns e duas conversões de dois pontos. E na final da AFC de duas temporadas atrás, ele errou um extra point, e New England perdeu aquele jogo em uma conversão de dois pontos mal sucedida - e que não seria necessária se tal chute fosse certeiro.

Há também o problema na comissão técnica. Por mais que Bill Bellichick seja um gênio e o maior de todos os tempos, ele precisa ter ao seu redor bons assistentes. Matt Patricia foi o coordenador defensivo nesta temporada, fez as malas e deixou Foxboro para também virarem head coach. Ele assumirá o comando do Detroit Lions. Seu substituto precisa ser um bom profissional. Já Josh McDaniels, coordenador ofensivo, por muito pouco não saiu também. Ele estava acertado com o Indianapolis Colts, e desistiu de última hora para ficar no cargo.

Por fim, o Patriots precisa pensar no futuro sem Tom Brady. A derrota de domingo não passa pelo quarterback de 40 anos, que lançou para 505 jardas. Com as saídas de Jacoby Brissett e Jimmy Garoppolo durante a temporada, o reserva é Brian Hoyer. E todos sabemos que o sucessor de Brady não será este jogador. Por isso, o ideal é aproveitar a alta escolha de segunda rodada do Draft vinda da troca com o San Francisco 49ers por Garoppolo para selecionar um QB. O atual contrato do camisa 12 vai até 2019, mas o momento de pensar no futuro da franquia sem Brady chegou, e é agora.

Tom Brady e Nick Foles são os jogadores mais mencionados no Twitter durante o Super Bowl LII


O Super Bowl LII, realizado na noite deste domingo (4) no US Bank Stadium, em Minneapolis, foi assunto de destaque entre os brasileiros no Twitter. A partida foi o momento mais comentado na internet em todo o mundo, na vitória do Philadelphia Eagles sobre o New England Patriots por 41 a 33. Foi o primeiro título de Super Bowl conquistado pelo Eagles, o quarto da NFL contando também a era antiga da competição. A franquia não tinha um título há 58 anos.

Durante e após o histórico confronto, o jogador mais mencionado globalmente na plataforma foi Tom Brady, quarterback do New England Patriots, e jogador mais valioso da temporada 2017. O segundo mais citado foi o MVP da decisão, o QB Nick Foles, do Philadelphia Eagles.

Outros atletas bastante lembrados na rede social foram o tight end Rob Gronkowski, do Patriots, e o wide receiver Brandin Cooks, também de New England, que deixou o jogo no segundo quarto por conta de uma concussão.

O maior pico de conversas entre os brasileiros no Twitter aconteceu à 01h19 da madrugada de segunda-feira (5), no momento em que o Philadelphia Eagles derrotou o New England Patriots e conquistou pela primeira vez um título de Super Bowl. O segundo maior pico de conversas foi à 01h04, quando Brandon Graham sacou e forçou o fumble em Tom Brady, a 2:09 do fim da partida. 

E o terceiro momento com mais conversas no Twitter no Brasil aconteceu às 23h35 de domingo, durante o Halftime Show cantado por Justin Timberlake, no exato momento em que ele prestou homenagem ao cantor Prince.

O Tweet sobre mais compartilhado no mundo sobre o Super Bowl LII foi publicado pelo perfil do @Eagles, que comemorou o título logo após o final do jogo. Confira abaixo este e os demais Tweets mais retweetados sobre a decisão:







segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O Eagles tem Super Bowl - time vence SB LII no jogo mais ofensivo de todos os tempos

Quarterback Nick Foles foi eleito o MVP da partida  (foto: philadelphiaeagles.com)

Muita gente vê o futebol americano há pouco tempo, e é normal desconhecer a história de um time. O Philadelphia Eagles é uma das franquias mais antigas da National Football League, e surgiu em 1933. Para não deixar de existir nos anos 40, se fundiu temporariamente com o seu rival do estado da Pennsylvania, o Pittsburgh Steelers, para que ambas as equipes seguissem jogando mesmo com dezenas de desfalques durante a Segunda Guerra Mundial. Na mesma década, o Eagles, já separado do Steelers, conquistou seus dois primeiros títulos da NFL, em 1948 e 1949. Em 1960, veio a terceira conquista.

Apesar de ter uma história rica, se tratando de Super Bowl, até então o Eagles nunca tinha conquistado um. Por ser um time antigo, e sem títulos na era atual da NFL, era constantemente provocado pelos maiores rivais por ainda não ter vencido. Mas agora, o Eagles pode dizer, com todas as letras, que tem Super Bowl. O time mais completo da NFL na temporada 2017-18 não sucumbiu a ausência de Carson Wentz, ignorou o fator de ser zebra em todos os jogos dos Playoffs, e dominou no Super Bowl LII. Venceu o New England Patriots com todos os seus méritos, pelo placar de 41 a 33, na partida disputada no US Bank Stadium, em Minneapolis, Minnesota, neste domingo (4).

Nick Foles, o quarterback titular na decisão, foi eleito o MVP de forma totalmente merecida. E pensar que ele iniciou a carreira jogando na Philadelphia em alto nível; que foi trocado para o St Louis Rams e entrou em declínio; que foi reserva no Kansas City Chiefs; que cogitou a aposentadoria, mesmo sendo jovem; que voltou ao Eagles, mas na condição de reserva, e só virou titular porque Carson Wentz se machucou. Sim, esse cara teve a sua redenção, jogou o Super Bowl, ganhou o Super Bowl, e foi o Jogador Mais Valioso. Foles fez uma atuação de gala, passou para 373 jardas, 3 touchdowns e uma interceptação. E mais, ele RECEBEU um passe para TD, em uma ousada trick play chamada pelo técnico Doug Pederson, campeão como head coach pela primeira vez.

Foi o jogo mais ofensivo da história do futebol americano. Você não leu errado. Não foi só do Super Bowl, ou dos Playoffs. Mas também da temporada regular. De tudo! Foram 1.151 jardas ofensivas (entre passes e corridas) protagonizados pelos dois times. O New England Patriots era o favorito na partida, e não se entregou mesmo saindo de campo derrotado. Tom Brady, MVP da temporada 2017, quebrou o recorde de jardas lançadas em um Super Bowl (que já era dele). Foram impressionantes 505 jardas lançadas, três touchdowns e um fumble. O que fez o Patriots perder o jogo foi a má atuação da defesa, que só evitou pontuações do Eagles em apenas duas posses de bola durante toda a partida.

Eagles domina desde o primeiro tempo


Foles teve excelente atuação durante toda a partida (foto: philadelphiaeagles.com)

A primeira posse de bola no jogo foi do Philadelphia Eagles. A campanha foi longa, bem carregada pelo jogo terrestre, e com passes precisos de Nick Foles. O time chegou até a redzone, mas saiu de campo com um field goal anotado por Jake Elliott. Em seu primeiro drive ofensivo, o Patriots também conseguiu pontuar com um field goal, de Stephen Gostkowski. A sequência foi com mais um excelente avanço do Eagles, com direito a uma longa jogada do running back LeGarrette Blount. Na linha de 34 jardas, Foles lançou um belo passe para Alshon Jeffery marcar o primeiro touchdown da partida.

Como o extra point foi perdido, Philadelphia vencia por 9 a 3. Tom Brady tentava forçar a reação, armando boas jogadas de ataque. Até mesmo o wide receiver Brandin Cooks foi usado como running back, e foi paralisado pela defesa do Eagles, que neutralizava os então atuais campeões. Como era uma terceira descida, New England foi para o field goal, e o chute foi bizarramente perdido por Gostkowski. O snap foi mal feito, o holder Ryan Allen mal conseguiu apoiar, e o kicker fez um chute terrível, e que ainda bateu na trave.

Logo na sequência, o Eagles voltou a dominar. Nick Foles teve uma atuação segura, levando o time ao campo de ataque. LeGarrette Blount, ex-jogador do Patriots, aplicou a famosa "Lei do Ex", e correu para a endzone, anotando mais um touchdown. A conversão de dois pontos foi mal sucedida. A campanha seguinte do Patriots foi bem rápida, mas novamente o time acabou neutralizado pela defesa da Philadelphia. Desta vez, Gostkowski acertou o field goal.

Nick Foles foi interceptado, no primeiro e único turnover de Philadelphia. New England aproveitou o momento, e com James White correu 26 jardas para o touchdown. Como o extra point foi perdido, estava em três pontos a desvantagem no placar. Enquanto isso, o intervalo do jogo se aproximava, e o Eagles novamente alcançou a redzone. Na quarta descida, na linha de uma jarda, o time fez a jogada mais ousada do Super Bowl LII - e eternizada na história das decisões. Em vez de field goal, o técnico Doug Pederson chamou uma trick play. A bola parou nas mãos do tigh end Trey Burton, e ele lançou para o Nick Foles conseguir o touchdown. O camisa 9 do Eagles foi o primeiro atleta que passou e recebeu para TD em um Super Bowl. A decisão foi para o intervalo com o Eagles vencendo por 22 a 12.

No intervalo, houve o show de Justin Timberlake, no Halftime Show. Para quem não viu, colocamos o vídeo abaixo.

New England reage no terceiro quarto

A primeira campanha do New England Patriots durou menos de três minutos. O tight end Rob Gronkowski, que até então não tinha aparecido, fez três recepções longas - uma delas para touchdown. O Patriots voltava do intervalo bem vivo na partida. Porém, o Eagles seguia intenso, sabendo que precisava pontuar para ter o título, e controlando o relógio por cinco minutos, conseguiu um touchdown, em passe de Nick Foles para Corey Clement, novamente deixando o jogo em 10 pontos de vantagem.

Mas quem conhece a filosofia estabelecida pelo técnico Bill Bellichick sabe que o Patriots busca vencer a qualquer custo, mesmo que tudo pareça perdido. Em outra campanha bem rápida, Tom Brady passou para Chris Hogan anotar o touchdown, novamente deixando o jogo em uma posse de bola.

A virada do Patriots no último período

Apesar do tópico falar da virada, quem pontuou primeiro nos 15 minutos finais foi o Philadelphia Eagles. Isso porque nos últimos minutos do terceiro período, Nick Foles seguiu castigando a defesa de New England, que parecia inerte. Mas esta cedeu apenas mais um field goal de Jake Elliott.

O placar era de 26 a 32 em favor de Philadelphia. Ou seja, o Patriots precisava de um touchdown. Brady lançou dois passes em profundidade para Danny Amendola, e deu um novo gás a partida. Na linha de quatro jardas, o camisa 12 fez um passe preciso para Gronkowski. O extra point foi bom, e o Patriots ficava na liderança no placar pela primeira vez na partida, por 33 a 32, isso a 9:22 para o fim do jogo.

As cartadas finais do Eagles para vencer a partida

Um simples field goal poderia ser suficiente para o Eagles virar. Mas ainda faltava muito tempo, e quando o adversário é o Patriots, dar tempo demais é algo extremamente perigoso. Não foi o que aconteceu com Philadelphia. Sabendo o que precisaria fazer, o time foi versátil, com passes e corridas, gastando o máximo de tempo possível e com efetividade para avançar pelo campo.

Deu certo! New England não sabia o que fazer, nem quais recebedores marcar. A campanha durou sete minutos. E mais uma vez, a ousadia fez valer para a virada de Nick Foles e seus companheiros. Em uma terceira descida longa, o quarterback passou para Zach Ertz. O tight end deixou Devin McCourty no chão, e avançou para o touchdown. Como a conversão de dois pontos não deu certo, o jogo ficou em 38 a 33.

Restavam 2:21. Ao Patriots, apenas um touchdown importava. Mas no campo de defesa, a pressão defensiva do Eagles foi fatal. Brandon Graham engoliu a linha ofensiva, e fez o sack em Tom Brady que resultou em fumble e bola para Philadelphia. Foi a primeira vez que Brady perdeu o controle da bola em um jogo de pós-temporada na carreira. Este momento decidiu o jogo - apesar de o resultado ainda não ter sido definitivo.

Nem mesmo as 505 jardas lançadas permitiram a Brady o sexto título de Super Bowl que buscava (foto: AP)
Em área de field goal, o Eagles usou o máximo de tempo possível para ampliar, com Jake Elliott - porque não conseguiu um first down após este turnover. Na base do desespero, o Brady inacreditavelmente saiu da linha de 10 jardas e colocou o Patriots na linha de 50 - alcançando o recorde de 505 jardas lançadas em um Super Bowl, e mostrando porque é o melhor quarterback de todos os tempos, por sua capacidade de não desistir mesmo quando tudo parece impossível de reverter. O ato final foi uma Hail Mary, que foi na direção da endzone, mas defendida por Philadelphia, o time que se tornou o campeão do Super Bowl LII, vencendo por 41 a 33.

Agora, o Philadelphia Eagles é o 20º da NFL a ter pelo menos um Super Bowl. O jejum de 57 anos está encerrado. E a partir das 1h19 (horário de Brasília) do dia 5 de fevereiro de 2018, todo torcedor das Águias da Filadélfia nunca mais terá que ouvir que seu time nunca venceu a grande decisão do futebol americano. O Philadelphia Eagles TEM Super Bowl, e a conquista foi alcançada em um dos jogos mais memoráveis de todos os tempos.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Tom Brady é eleito o MVP da temporada 2017 da NFL

Brady foi o líder em jardas lançadas em 2017 - e o mais velho a alcançar esta marca

O quarterback do New England Patriots foi agraciado com o maior prêmio individual da temporada 2017 da NFL neste sábado (3). Aos 40 anos, Tom Brady foi escolhido o MVP (Jogador Mais Valioso) pela terceira vez em sua carreira. Ele também recebeu o prêmio em 2007 e 2010.

Participante deste Super Bowl LII, que acontece no domingo (4), ele terá a tarefa de quebrar um tabu que já persiste há 18 anos. Desde 1999 que o jogador eleito o MVP da temporada não vence o Super Bowl que finaliza o mesmo ciclo. O último a conquistar tal feito foi Kurt Warner, quarterback do St Louis Rams.

Brady entra para a história com mais um recorde. É agora o jogador mais velho a ser eleito o Mais Valioso. Em 2017, ele foi o líder em jardas lançadas na temporada regular, lançando para 4577 jardas, 32 touchdowns e apenas oito interceptações.

Sua nomeação foi dada por meio de uma votação feita por jornalistas norte-americanos que cobrem a NFL. São 50 pessoas aptas a votar. O camisa 12 de New England teve 40 votos. Todd Gurley, running back do Los Angeles Rams, teve oito votos. E Carson Wentz, quarterback do Philadelphia Eagles que se machucou na semana 14 desta temporada, teve outros dois votos.

O anúncio de Brady foi durante o NFL Honors, realizado nesta véspera do Super Bowl LII, entre New England Patriots e Philadelphia Eagles. A cerimônia premia os melhores jogadores da temporada 2017 da NFL.

Agora falaremos dos demais atletas agraciados. Um fator interessante envolveu os prêmios de melhor jogador e de calouros do ano. Os dois premiados como melhores de ataque e defesa são do Los Angeles Rams, e os dois eleitos como os melhores novatos de ambos os fundamentos são do New Orleans Saints.

Representantes do Rams, o running back Todd Gurley foi o escolhido como Jogador Ofensivo do Ano. Ele teve mais de 2000 jardas em corridas e recepções, sendo o líder da franquia nestes dois fundamentos, conquistando 19 touchdowns. Já o Jogador Defensivo do Ano foi o defensive tackle Aaron Donald, que teve 11 sacks ao longo do ano.

Pelos calouros do Saints, o running back Alvin Kamara foi escolhido o Calouro Ofensivo do Ano. Seu rendimento foi de 13 touchdowns, e 1554 jardas totais. E na defesa, o cornerback Marshon Lattimore foi eleito o Calouro Defensivo do Ano. Ele teve cinco interceptações ao longo de seu primeiro ano como profissional.

Também foi selecionado o vencedor do Retorno do Ano, dedicado a atletas que se lesionaram na temporada anterior, e que tiveram um excelente desempenho em seu retorno. O escolhido foi o wide receiver Keenan Allen, do Los Angeles Chargers. Ele se machucou na semana 1 de 2016 e perdeu toda aquela temporada. Mas em 2017, seu rendimento foi muito bom. O jogador teve 1393 jardas recebidas, para seis touchdowns.

Pela comissão técnica, o head coach Sean McVay, do Los Angeles Rams, foi escolhido como o Treinador do Ano, em especial pelo ótimo trabalho feito com a franquia, que disputou os Playoffs após 13 anos ausente. O prêmio de Assistente Técnico do Ano foi dado a Pat Shurmur, que em 2017 foi Coordenador Ofensivo do Minnesota Vikings - time que foi até a final da NFC. Shurmur é agora o novo técnico do New York Giants.

O quarterback Drew Brees, do New Orleans Saints, recebeu o prêmio Clutch Performer, dedicado a performances decisivas ao longo da temporada. E por falar em performance, a jogada do "Milagre de Minneapolis" foi escolhida a Jogada do Ano, no insano passe de Case Keenum para o touchdown de Stefon Diggs no último lance da partida do Minnesota Vikings contra o Saints, no Divisional Playoffs. O vídeo com o lance está no link abaixo.

Dedicado a jogador que realizam ações sociais com a comunidade onde vivem, o defensive end JJ Watt, do Houston Texans, foi o vencedor do Walter Payton Man Of The Year. Em agosto, ele criou um fundo para ajudar as vítimas do Furacão Harvey, que devastou a cidade de Houston, com inúmeras vítimas. Em poucos dias, a arrecadação passou de US$ 37 milhões.

E por fim, o NFL Honors também confirmou os notáveis ex-jogadores que farão parte do Hall da Fama em 2018. São eles:

- Brian Dawkins, ex-safety de Philadelphia Eagles e Denver Broncos;

- Ray Lewis, ex-linebacker do Baltimore Ravens;

- Randy Moss, ex-wide receiver com maior destaque no Minnesota Vikings e New England Patriots;

- Terrell Owens, ex-wide receiver com passagens por San Francisco 49ers, Philadelphia Eagles e Dallas Cowboys;

- Brian Urlacher, ex-linebacker do Chicago Bears;

- Jerry Kramer, ex-offensive guard do Green Bay Packers;

- Robert Brazile, ex-linebacker do Houston Oilers (atual Tennessee Titans);

- e Bobby Beathard, ex-general manager do Washington Redskins e San Diego Chargers (atual Los Angeles Chargers).

O Super Bowl LII, entre New England Patriots e Philadelphia Eagles, será neste domingo (4), às 21h30 (horário de Brasília). A ESPN transmite a partida ao vivo na TV, e nos cinemas de várias cidades do país.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

A um passo de um sonho - Patriots e Eagles duelam no Super Bowl LII




A cada ano que passa, a certeza de que a NFL é a melhor competição anual do mundo fica cada vez mais evidente. Esperamos seu início por uma eternidade, no longo período da offseason. De repente, a liga invade nossas mentes e nossos corações, com jogos de arrepiar e toda aquela intensidade das maratonas dominicais - que deixam quaisquer outros assuntos totalmente desinteressantes para nós. Isso sem contar que, graças as faixas do horário nobre durante a temporada regular, ficamos, no máximo, dois dias sem jogos entre setembro e dezembro.

De repente, a intensidade começa a diminuir aos poucos. O Thursday Night Football sai de cena, depois o Monday Night Football, aí na semana 17 tudo se resume a um único dia. Depois vem os Playoffs apenas nos sábados e domingos, mais tarde as finais de conferência, para duas semanas depois, o Super Bowl. O último ato da temporada da NFL.

Antes de qualquer tristeza com o longo período em que "nada acontece feijoada", temos uma decisão. Temos dois times que vão entrar em campo neste domingo (4), direto do US Bank Stadium, em Minneapolis, Minnesota. Temos New England Patriots e Philadelphia Eagles disputando o Troféu Vince Lombardi, valendo o título do Super Bowl LII, a 52ª edição do maior evento esportivo norte-americano. A partida começa às 21h30 (horário de Brasília). Na TV, terá a transmissão da ESPN. Em diversos cinemas do Brasil, o duelo também será exibido.

O Left Tackle Brasil está fazendo nestas duas semanas uma cobertura especial, contando muitas histórias sobre os dois times protagonistas, e também sobre o Super Bowl em si. Durante a decisão, vamos fazer uma cobertura em tempo real dos principais lances em nosso Twitter. E ao vivo pela Rádio Guaíba, de Porto Alegre (RS), eu, Ruan Nascimento, editor deste site, estarei participando do programa Bola Oval - Especial Super Bowl. A transmissão inicia a partir das 20h30.

Expectativas para o jogo fora de campo



É apenas a segunda vez que o Super Bowl será sediado em Minneapolis, estado onde reside o Minnesota Vikings (a outra oportunidade foi em 1992). Porém, é a primeira vez que a decisão será no US Bank Stadium, moderna arena que custou cerca de US$ 1 bilhão (ou R$ 3,23 bilhões). O clima fora do estádio promete ser muito gelado. A previsão para este domingo é de -15 graus. Mas como o palco da partida é coberto, o ambiente climatizado deixará tudo muito mais agradável, sob uma temperatura média de 22 graus.

Há também o lado do entretenimento, que alimenta a importância da cultura do Super Bowl para os americanos. O Halftime Show será protagonizado por Justin Timberlake, que já se apresentou outras duas vezes no intervalo da partida (em 2001 e 2004). Antes da partida, um momento bastante esperado é a apresentação do hino americano, será entonado pela cantora Pink.

Tem o lado comercial envolvente neste Super Bowl LII. Os valores para uma inserção de 30 segundos nos intervalos da NBC (canal americano que exibe a partida) não foram divulgados até o momento. Mas devem passar dos US$ 5,05 milhões investidos por propaganda no ano passado. Nenhum programa de TV no mundo tem um intervalo comercial tão caro como o do Super Bowl.

Dadas as informações sobre a partida, podemos falar agora diretamente dos nossos protagonistas. New England Patriots e Philadelphia Eagles.

Em busca do sexto título, Patriots tenta se tornar o maior campeão do Super Bowl


Foto: Patriots.com

Neste século XXI, houve somente uma dinastia criada na NFL, feita pelo New England Patriots. Foram cinco títulos (em 2002, 2004, 2005, 2015 e 2017), e oito participações do Super Bowl (incluindo esta) de 2002 para cá. Todas as conquistas foram protagonizadas pelo quarterback Tom Brady e pelo técnico Bill Bellichick. Ambos são os únicos a conquistarem cinco anéis de campeão em suas funções, e estão mais do que consagrados como os maiores da história.

Porém, a filosofia em New England nunca muda. A próxima vitória é sempre mais importante. Atual vencedor, o time tenta o sexto título de Super Bowl, para igualar o feito do Pittsburgh Steelers, que é o maior campeão desta era.

As principais vantagens do Patriots estão no ataque. Tom Brady fez uma temporada excelente aos 40 anos, e foi escolhido o MVP de 2017. Ele continua muito bem entrosado com seu corpo de recebedores, com nomes como Danny Amendola e Brandin Cooks. Para completar, o tight end Rob Gronkowski saiu do protocolo de concussão, e vai jogar. Defensivamente, seus destaques são Trey Flowers, James Harrison, Malcolm Butler e Stephon Gilmore.

Se vencer, será a terceira conquista da franquia nas últimas quatro temporadas. Curiosamente, os três primeiros títulos do Patriots também foram desta forma, sendo a terceira conquista contra Philadelphia, equipe adversária neste Super Bowl LII.

Azarão, Eagles vai em busca da revanche e tenta seu primeiro título


Foto: Eagles.com

A temporada 2017-18 do Philadelphia Eagles tornou o elenco tão entrosado que transformou a franquia em forte candidata ao título. Mas todo o favoritismo ruiu após a lesão do quarterback Carson Wentz, que o tirou da temporada, e da disputa para MVP. Apesar dos pesares, o time foi aos Playoffs como o melhor da NFC, mas sempre cotado como o "Underdog", termo americano definido para um azarão antes de uma partida.

E mesmo como zebra, o Eagles chegou ao Super Bowl, e está em busca de seu primeiro título nesta era. A franquia venceu a NFL nas temporadas de 1948, 1949 e 1960, quando o Super Bowl sequer era algo a ser cogitado. O time jogou duas vezes a atual decisão, em 1981 e 2005, mas perdeu em ambas as ocasiões.

O quarterback titular é Nick Foles, que iniciou sua carreira na Philadelphia, em 2012, mas perdeu espaço depois da temporada 2014. Retornou à franquia, e teve seus méritos na classificação do Eagles ao Super Bowl, em especial na final da NFC. Ele está aliado a um ótimo jogo terrestre, com Jay Ajayi e LeGarrette Blount. Entre os recebedores, destaque para Alshon Jeffery, Nelson Agholor e o tight end Zach Ertz. E a defesa é uma das melhores da NFL, com nomes como Fletcher Cox, Derek Barnett, Ronald Darby e Malcolm Jenkins.

Depois de dez anos, o Eagles volta a um Super Bowl, e tem a oportunidade de derrotar seu algoz de 2005. A equipe não é favorita nas casas de apostas, mas vale lembrar que o time também não era contra Atlanta Falcons e Minnesota Vikings nos Playoffs, e está na decisão. A bela história dos "Underdogs" desta temporada está em seu último capítulo, e falta pouco para sabermos o seu final.

Este Super Bowl LII entre New England Patriots e Philadelphia Eagles começa às 21h30 (horário de Brasília).