terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Os 50 Campeões – SB 1 a 10 – Os primeiros times a levantarem o troféu



Estamos apresentando aqui no Left Tackle Brasil a série “Os 50 Campeões”, que tem como objetivo de apresentar a você como foram as 50 edições anteriores do Super Bowl. Uma ótima prévia para a decisão deste domingo (5), entre Atlanta Falcons e New England Patriots, às 21h30 (horário de Brasília).

No primeiro episódio, como texto introdutório, contamos como surgiu este espetáculo. Hoje, vamos mostrar como foram as primeiras dez edições do jogo. Serão apresentados os finalistas, os vencedores, quem foi MVP, e algumas surpresas que aconteceram ao longo dos anos.



Super Bowl I – 1967 – Green Bay Packers 35x10 Kansas City Chiefs

MVP: Bart Starr, quarterback do Green Bay Packers

O primeiro Super Bowl da história envolveu o Green Bay Packers, campeão da NFL, contra o Kansas City Chiefs, vencedor da AFL, no duelo que buscaria provar qual das ligas era a mais forte. A partida foi equilibrada no primeiro tempo, com o Packers sempre mantendo a vantagem, mas nos dois últimos quartos, Green Bay seguiu demonstrando sua força. A vitória por 35 a 10 coroou o Packers com o primeiro título de Super Bowl. Bart Starr foi o MVP da partida, lançando dois passes para touchdown. A franquia é a maior vencedora da história da NFL até hoje, somando os títulos da era clássica e da era Super Bowl.



Super Bowl II - 1968 – Green Bay Packers 33x14 Oakland Raiders

MVP: Bart Starr, quarterback do Green Bay Packers

Em mais um duelo entre campeões da NFL e AFL, o Green Bay Packers foi o vencedor do confronto. Em mais um domínio do time do Wisconsin, a equipe venceu o segundo Super Bowl da história com muita tranquilidade. Assim como em 1967, foi o quarterback Bart Starr quem se tornou o MVP. O atleta é considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos. O Packers destas duas temporadas era treinado por Vince Lombardi, que hoje dá o nome ao troféu deste grande jogo.



Super Bowl III – 1969 – New York Jets 16x7 Baltimore Colts

MVP: Joe Namath, quarterback do New York Jets

Após duas edições, o Super Bowl estava sob ameaça de não continuar. Isso porque já eram recorrentes as conversas de que os times da NFL eram superiores aos da AFL. Esta teoria caiu por terra em 12 de janeiro de 1969, quando o  New York Jets, campeão da American Football League, surpreendeu ao vencer o Baltimore Colts, que era o grande favorito na decisão. Até hoje, aquela partida é cotada como uma das maiores zebras da história da NFL. Sob o comando de Joe Namath, o QB do Jets, o time anotou 16 pontos, e teve uma ótima atuação. Esta foi a única vez em que a franquia participou de um Super Bowl. O Colts foi o único time a participar do evento pela NFL e pela AFC, como passou a se chamar a conferência com os times da AFL, que durou até 1970.



Super Bowl IV – 1970 – Kansas City Chiefs 23x7 Minnesota Vikings

MVP: Len Dawson, quarterback do Kansas City Chiefs

O Chiefs foi o último campeão da AFL. Com um ótimo jogo terrestre, o time venceu com tranquilidade o Minnesota Vikings. Outro destaque de Kansas City foi o kicker norueguês Jan Stenerud, que anotou três field goals. O chutador é o único atleta que só jogou como kicker a estar no Hall da Fama da NFL. O MVP Len Dawson fez um passe para touchdown, dando aos Chiefs o primeiro título de Super Bowl em sua história. A partir da temporada seguinte, as franquias da AFL passaram a fazer parte da NFL.



Super Bowl V – 1971 – Baltimore Colts 16x13 Dallas Cowboys

MVP: Chuck Howley, linebacker do Dallas Cowboys

Este foi o único Super Bowl da história em que o MVP foi do time derrotado. Mesmo nomeado melhor jogador, Chuck Howley recusou o prêmio, alegando não fazer sentido ser escolhido o MVP se seu time tinha perdido – ele também foi o primeiro atleta de defesa a ter este prêmio. No ano passado, no Super Bowl 50, todos os MVP’s foram homenageados antes da partida. Howley foi um dos poucos que não apareceram na cerimônia. Em campo, foi o primeiro Super Bowl realmente equilibrado e emocionante. Com a lenda Johnny Unitas como QB do Colts, o time chegou a estar perdendo por sete pontos no último quarto. A reação de Baltimore veio com um touchdown, e com o field goal da vitória anotado por Jim O’Brien nos instantes finais.



Super Bowl VI – 1972 – Dallas Cowboys 24x3 Miami Dolphins

MVP: Roger Staubach, quarterback do Dallas Cowboys

Naquela época, o Cowboys era considerado um dos times mais odiados da NFL. Isso porque em 1967, na cidade de Dallas, o ex-presidente americano John Kennedy foi assassinado. A mágoa dos americanos com a franquia se encerrou no Super Bowl VI. Roger Staubach lançou dois passes para touchdown, foi escolhido o MVP da partida, e levou a franquia ao seu primeiro título. Após o jogo, o Dallas Cowboys passou a ter o respeito e admiração dos fãs do esporte, e hoje é um dos times mais populares da liga.



Super Bowl VII – 1973 – Miami Dolphins 14x7 Washington Redskins

MVP: Jake Scott, safety do Miami Dolphins

Foi a partida que coroou o ano perfeito do Miami Dolphins. A franquia foi a primeira e única na história a vencer o Super Bowl com uma temporada invicta. O time venceu todos os 14 jogos na temporada regular – na época eram apenas 14, e não 16 partidas – e chegou à decisão favorito ao título. O time treinado pelo técnico Don Shula dominou na decisão, garantindo o troféu. Com duas interceptações, sendo uma delas na endzone, no final do último quarto, o safety Jake Scott foi o MVP daquela decisão.



Super Bowl VIII – 1974 – Miami Dolphins 24x7 Minnesota Vikings

MVP: Larry Csonka, running back do Miami Dolphins

O Miami Dolphins participou do terceiro Super Bowl consecutivo. Desta vez, a temporada não foi invicta, como no ano anterior, mas o bicampeonato veio mesmo assim. O time da Florida dominou em campo, não oferecendo chances para o Minnesota Vikings tentar a vitória. Com duas corridas para touchdown, Larry Csonka foi o primeiro jogador de ataque a ser escolhido o MVP sem ser um quarterback.



Super Bowl IX – 1975 - Pittsburgh Steelers 16x6 Minnesota Vikings

MVP: Franco Harris, running back do Pittsburgh Steelers

A nona edição do Super Bowl foi marcada pelo primeiro título do Pittsburgh Steelers. Foi o primeiro dos seis títulos da franquia, maior vencedora desta era. O principal nome daquele jogo foi o running back Franco Harris, eleito o MVP. Harris ficou conhecido pela famosa “Recepção Imaculada” para touchdown, na temporada de 1972. E em sua primeira participação em Super Bowls, o atleta correu duas vezes para a endzone. Este foi também o primeiro título do quarterback Terry Bradshaw, um dos melhores jogadores da década.



Super Bowl X – 1976 – Pittburgh Steelers 21x17 Dallas Cowboys

MVP: Lynn Swann, wide receiver do Pittsburgh Steelers

O jogo que marcou dez anos de decisões foi bastante disputado. O Cowboys de Roger Staubach foi quem saiu na frente com um touchdown, e dominou a partida até o terceiro período. Nos 15 minutos finais, Pittsburgh virou o jogo, com direito a uma recepção de 64 jardas de Lynn Swann para TD, em uma jogada que fez por merecer o prêmio de melhor jogador. Foi o segundo título consecutivo do Steelers.

Ainda temos mais 40 edições para contarmos as histórias. Fiquem ligados na continuação da série “Os 50 Campeões”.


31/01 - Os 50 Campeões – SB 1 a 10 –  Os primeiros times a levantarem o troféu




As edições mais marcantes do Halftime Show do Super Bowl

Mega espetáculo é realizado no intervalo do Super Bowl

Muitas pessoas conheceram a NFL graças ao Super Bowl. E isso é normal, afinal de contas, a decisão é muito bem vendida dentro e fora dos Estados Unidos, como relatamos neste post. Eu mesmo tive meu primeiro contato com a liga vendo um Super Bowl, na edição 42, em 2008 - este foi o primeiro jogo de futebol americano que assisti na vida.

Além do espetáculo ser um sucesso envolvendo os times, transmissões e comerciais, desde 1993, o Super Bowl conta com um atrativo: o Halftime Show (Show do Intervalo, em inglês). Há 24 anos, quando os dois finalistas vão aos vestiários, um grande palco é montado para a apresentação de astros musicais. E em 15 minutos, o evento já acaba, e as duas equipes voltam para o restante da partida.

Lady Gaga cantou o hino americano no Super Bowl 50 - e será a artista principal no SB 51

Neste Super Bowl LI, quem fará o Halftime Show será a cantora Lady Gaga, uma das artistas de maior sucesso no mundo inteiro. Depois de ter feito uma grande performance ao cantar o hino americano no Super Bowl 50, no ano passado, agora ela será a estrela principal do grande evento do intervalo. Em campo, a edição 51 será disputada por Atlanta Falcons e New England Patriots, neste domingo (5), às 21h30 (horário de Brasília). A ESPN e o Esporte Interativo transmitem para o Brasil.

Abaixo, vamos trazer algumas das apresentações mais marcantes no intervalo do Super Bowl. Seja pelo show, pela pirotecnia, pelo simbolismo do evento, ou até mesmo por alguma gafe.

1993 - Michael Jackson

Antes do Super Bowl XXVII, os intervalos eram marcados por apresentações de bandas marciais, de universidades da região onde o confronto era realizado. Isso mudou em 1993, quando a NFL decidiu criar um mega espetáculo dentro do próprio Super Bowl - que já estava consolidado como o maior evento esportivo dos Estados Unidos. E o Halftime Show teve sua estreia logo com o "Rei do Pop". Michael Jackson fez uma performance marcante, vista por milhões de pessoas. O evento deu tão certo, que outros nomes da música começaram a ser chamados para os Super Bowls seguintes.

 

2012 - Madonna

Se Michael Jackson é o "Rei do Pop", a cantora Madonna pode ser considerada a "Rainha do Pop". Há cinco anos, ela fez um grande show no Lucas Oil Stadium, no intervalo do Super Bowl XLVI, entre New York Giants e New England Patriots.




2002 - U2

A apresentação da banda irlandesa U2 foi uma das mais marcantes da história do Halftime Show. O Super Bowl XXXVI, em fevereiro de 2002, foi o primeiro após os atentados de 11 de setembro. Durante o show, os nomes de todas as vítimas apareceram em um enorme telão implantado no Louisiana Superdome, em Nova Orleans. Foi uma noite repleta de emoções e homenagens a quem perdeu sua vida naquele dia marcante na história do século XXI.




2004 - Justin Timberlake e Janet Jackson

O intervalo daquele ano foi sem dúvidas o mais polêmico. O show foi dos astros pop's Justin Timberlake e Janet Jackson. E como se trata de um evento ao vivo, gafes podem acontecer. Em um momento do show, o seio da cantora ficou à mostra após um puxão de Justin. A CBS, que transmitia aquele Super Bowl, tratou de logo cortar para uma imagem aberta (você pode ver aqui), mas a gafe foi um dos assuntos mais comentados no mundo inteiro.

2005 - Paul McCartney

O Super Bowl XXXIX teve a presença do ex-Beattle Paul McCartney, que fez um grande show. Ele cantou alguns dos maiores clássicos de uma das bandas mais incríveis de todos os tempos. Sir Paul ainda encerrou o show com "Hey Jude", junto com todo o público presente naquela decisão. Sem dúvidas foi uma grande apresentação.




2006 - Rolling Stones

Uma das maiores bandas de rock da história participou do Super Bowl XL, em 2006. Os Rolling Stones fizeram um grande show, que também foi marcado por polêmica. Com medo de que acontecesse uma gafe semelhante a de dois anos antes, a ABC (emissora que transmitiu aquela edição), colocou um delay de cinco segundos, e também cortou o áudio do microfone usado por Mick Jagger diversas vezes - para evitar que saíssem palavrões durante o show. Além disso, algumas músicas não foram permitidas pelo canal, por conter conteúdo sexista em suas letras.



2015 - Katy Perry

A cantora norte-americana é uma das mais conhecidas no mundo pop da atualidade. E no Super Bowl XLIX, ela fez um grande show. Com direito a vários fogos de artificio e quatro trocas de roupa em 12 minutos, Katy Perry se apresentou muito bem. Além dela, também fizeram sucesso os tubarões que dançaram com a estrela. Confira abaixo.




2016 - Coldplay, Beyoncé e Bruno Mars

O Super Bowl 50 foi muito especial. Afinal de contas, não é todo dia que um evento de sucesso alcança os 50 anos. E o Halftime Show do ano passado foi um dos melhores da história. O grupo britânico Coldplay se apresentou junto com a cantora Beyoncé (que fez o Halftime Show em 2013) e Bruno Mars (astro da edição de 2014). Foi um show muito bem produzido, com muitas luzes e cores nos figurinos - o que foi desafiador, considerando que foi um evento realizado de dia. Além de cantarem seus sucessos, as estrelas do intervalo passado ainda homenageou todos os nomes da música que fizeram parte do espetáculo ao longo das edições anteriores, trazendo também importantes mensagens sociais de apoio à diversidade.


Além de esperarmos para a decisão entre Atlanta Falcons e New England Patriots, também estamos na expectativa pelo show da Lady Gaga. Ela tem talento, e foi muito bem no Super Bowl do ano passado. Agora é a sua vez de ser a estrela principal do Halftime Show.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

São Leopoldo Mustangs implementa recursos de vídeo em seus treinamentos

Novidade foi testada no treino da semana passada (foto: Leonardo Oberherr - São Leopoldo Mustangs)

O São Leopoldo Mustangs iniciou no último sábado (28) um programa de monitoramento por vídeo de seus treinos. A atividade foi lançada no treino deste final de semana, visando a qualificação de seus treinamentos.  O time da Região Metropolitana do Rio Grande do Sul está em preparação para o Campeonato Gaúcho de Futebol Americano. A competição inicia nos dias 18 e 19 de fevereiro. 

Incorporado pelo General Manager Rodrigo Dörr sob a supervisão de Anderson Kblo e Leonardo Oberherr, os vídeos ajudarão os coachs Allan Pospichil, Alex (Sheep), Matheus Mosmann e Doglas Jones na avaliação de seus jogadores durante os treinamentos. Isso ajudará a proporcionar a correção de postura e posicionamento dos atletas durante as jogadas.

Testado e aprovado pela comissão técnica o programa já é uma presença confirmada por todo o período de preparação para o Gauchão. É o que destaca o treinador do time, Doglas Jones: “os vídeos ajudarão aos coachs a conhecer as qualidades e deficiências dos nossos jogadores, podendo, desta forma, aprimorar e intensificar os treinamentos individualmente”, disse o head coach. “Tudo isso será de grande valia para que possamos desenvolver melhor nossos jogadores para determinada formação” – complementa.

A estreia do Mustangs no campeonato será no dia 04 de março, contra o Ijuí Drones, em Ijuí, no Noroeste gaúcho.

Este é o primeiro texto que publicamos com conteúdo voltado ao futebol americano do Rio Grande do Sul. O Left Tackle Brasil está disponível para receber sugestões de pauta. Você pode entrar em contato com a gente pela nossa página no Facebook, pelo nosso perfil do Twitter ou pelo e-mail: lefttacklebrasil@gmail.com.

Os 50 campeões – como surgiu o maior evento esportivo dos Estados Unidos

Série traz destaques sobre as 50 edições anteriores do Super Bowl

Nesta semana em que se aproxima o Super Bowl LI, o Left Tackle Brasil inicia uma nova série, que vai retratar como foram as 50 edições anteriores da grande final da NFL. Será um grande aquecimento para a decisão entre Atlanta Falcons e New England Patriots, que será no próximo domingo (5), às 21h30 (horário de Brasília). Aqui, vamos falar sobre os participantes de cada confronto, destacando os vencedores, os derrotados, quem foi MVP e quem até mesmo surpreendeu nas decisões que aconteceram ao longo das últimas cinco décadas.

Nas cinco publicações seguintes sobre “Os 50 campeões”, vamos destacar cada uma das 50 edições anteriores do Super Bowl, destrinchando seus principais pontos de destaque. Este é o texto de introdução que abre a série. Nele, vamos contar sobre como surgiu o Super Bowl, e da influência deste confronto para o crescimento do esporte nos Estados Unidos e também mundo afora.

Antes de falarmos no Super Bowl, precisamos em primeiro lugar entrar em um contexto histórico da NFL. A liga surgiu em 1920, e sempre foi dominante em se tratando de futebol americano profissional. Existiram algumas outras ligas neste período, mas que não tinham a mesma popularidade que a da National Football League. Isso até chegarmos ao ano de 1959.

Na época, o empresário Lamar Hunt resolveu criar uma franquia para disputar a NFL. Ao ouvir um sonoro “não”, o próprio resolveu criar sua própria liga. Com o apoio de outros idealistas, surgiu a American Football League (AFL). A franquia criada por Hunt foi o Dallas Texans (hoje Kansas City Chiefs). Com 10 times, a AFL aos poucos se tornou a grande rival da liga mais tradicional, principalmente por apresentar novidades como os nomes dos jogadores nas camisas e a conversão de dois pontos após um touchdown. Nos anos 60, tanto quem vencia a NFL como a AFL se considerava campeão nacional.

Para haver um alívio na rivalidade, a NFL resolveu propor uma trégua, e tentar a união dos times das duas ligas. Em um primeiro momento, foi com a criação de uma final entre os vencedores da NFL e da AFL, para ter um campeão unificado no futebol americano.  Ao final da temporada de 1966 das duas competições, no dia 15 de janeiro de 1967, o Los Angeles Memorial Coliseum recebeu o “The AFL-NFL World Championship Game”, que foi o primeiro Super Bowl da história. O Green Bay Packers, campeão da NFL e maior vencedor da história da liga até hoje, enfrentou o Kansas City Chiefs, que conquistou a AFL. A grande decisão foi vencida pelo Packers, que ganharia também a edição seguinte, em 1968.

Quanto ao nome do confronto, a decisão só passou a ser chamada Super Bowl graças ao próprio Lamar Hunt (o criador dos Chiefs e da AFL). Ao ver sua filha com um brinquedo chamado Super Ball, ele se inspirou no nome e sugeriu Super Bowl. A palavra “bowl”, tigela em inglês, foi uma forma de homenagear também os jogos de fim de ano do College Football, que já faziam a Bowl Season naquela época. O nome pegou, e hoje o Super Bowl é o maior evento esportivo dos Estados Unidos, com uma audiência bastante elevada por lá. Considerando apenas os jogos anuais, o Super Bowl só perde em telespectadores no mundo inteiro para a final da UEFA Champions League.

Desde a oficialização deste nome, cada edição tem um número, em algarismos romanos. Até mesmo os primeiros Super Bowls foram rebatizados, como Super Bowl I, Super Bowl II, e assim sucessivamente. A exceção da maneira de numerar os nomes das finais foi no Super Bowl 50, pois 50 em romanos é a letra L, e a NFL não gostou do nome Super Bowl L, além do fato de que a letra L remete a “loser”, perdedor em inglês. Mas para a edição 51, os algarismos romanos voltaram, e o confronto deste ano será o Super Bowl LI.

A consolidação do Super Bowl como o grande evento do futebol americano foi em sua terceira edição. As desconfianças da qualidade dos times da AFL ante os da NFL ainda eram grandes. Mas em 1969, o New York Jets, campeão da AFL, derrotou o Baltimore Colts, vencedor da NFL. E em 1970, o Kansas City Chiefs se sagrou o vencedor, no último ano da American Football League. A partir da temporada seguinte, iniciada em 70, os times da AFL foram introduzidos na NFL. A maior parte das equipes da Conferência Americana (AFC) eram daquela liga, enquanto os times da antiga NFL integram a atual Conferência Nacional (NFC). A exceção de Pittsburgh Steelers, Baltimore Colts e Cleveland Browns, que se mudaram para a AFC como forma de equilibrar o número de franquias por conferência. E assim, ao longo dos anos, o Super Bowl se tornou de vez a grande decisão da National Football League.

Ao contarmos o início da “Era Super Bowl”, agora poderemos destrinchar cada uma das 50 edições anteriores, às vésperas do Super Bowl LI, a 51ª edição do evento. Fiquem ligados no andamento da série “Os 50 Campeões”, aqui no Left Tackle Brasil.

30/01 - Os 50 Campeões – como surgiu o maior evento esportivo dos Estados Unidos





sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Falcons e Patriots já sabem quais cores vão usar no Super Bowl LI

(montagem sobre fotos divulgadas por Falcons e Patriots)

Atlanta Falcons e New England Patriots já sabem as cores que vão usar no Super Bowl LI. A decisão, marcada para o dia 5 de fevereiro, define o campeão da NFL. A partida será às 21h30, no NRG Stadium, em Houston, no Texas. O Falcons, por ser o "mandante", teve o direito da escolha de sua camisa. A equipe optou pela jersey vermelha, enquanto o Patriots jogará com seu uniforme branco.

Na NFL, a regra para o uso dos uniformes tem um padrão que surgiu quando a liga passou a ser televisionada, ainda nos anos 50. Na época, as televisões ainda eram em preto e branco. Para melhor identificação do público, foi definido que um time jogasse de branco, e o outro com o uniforme colorido - nas cores da equipe. É sempre o time da casa que escolhe a jersey que pretende usar, enquanto a equipe visitante usa um uniforme em cor oposta a do mandante. Salvas raras exceções (como nos jogos "Color Rush" do Thursday Night Football"), este padrão se mantém até hoje.

Como o Super Bowl é em um campo neutro, e já definido com algum tempo de antecedência, a NFL usa a alternância das conferências Nacional (NFC) e Americana (AFC) para definir um mandante - que escolhe qual uniforme quer usar na decisão. Em 2017, é o representante da NFC considerado o time da casa. Por isso, o Falcons escolheu a cor de seu atual uniforme 1.

Dos 32 times da NFL, apenas o Dallas Cowboys usa a camisa branca como uniforme principal, embora quase todas as franquias já realizaram um jogo em casa com a jersey branca - exceto o Seattle Seahawks. Mas já aconteceu de outros mandantes em Super Bowls não jogarem com o uniforme colorido, a exemplo do Denver Broncos do ano passado, que escolheu usar branco como forma de superstição - e deu certo.

O Atlanta Falcons disputou um único Super Bowl, e jogou de camisa preta, quando perderam para o Denver Broncos em 1999. Na época, era esse o uniforme 1 da equipe, que hoje joga de vermelho quando é o clube mandante.

Usando a cor branca, o New England Patriots vai fazer sua quarta participação em finais. O time perdeu uma decisão jogando assim, em 1997 (para o Green Bay Packers), mas venceu duas vezes, em 2005 e 2015 (contra Philadelphia Eagles e Seattle Seahawks, respectivamente). De azul (atual uniforme principal), New England venceu duas vezes, em 2002 e 2004 (contra St Louis Rams e Carolina Panthers), e perdeu outras duas, em 2008 e 2012 - ambas para o New York Giants. Até o início dos anos 90, o Patriots tinha a cor vermelha como a principal, e fez um único Super Bowl assim, quando perderam para o Chicago Bears em 1986.

A jersey branca pode ser considerada uma cor da sorte para os times que participam do Super Bowl. Nas 50 edições anteriores, em 32 delas quem usou o uniforme branco venceu, contra 18 vitórias dos times que jogaram com o uniforme colorido. Nos últimos 12 anos, há uma marca ainda mais favorável para quem não escolhe o uniforme colorido. 11 franquias venceram os 12 últimos Super Bowls jogando de branco. A exceção foi a vitória do Green Bay Packers em 2011, quando venceram com seu clássico uniforme verde.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O Super Bowl e sua grandeza explicada fora do campo



Faltam dez dias para o Super Bowl LI. Ao mesmo tempo que a grande decisão se aproxima, aumenta a expectativa para o jogo entre Atlanta Falcons e New England Patriots, em 5 de fevereiro, às 21h30. A decisão da NFL não define apenas o campeão da liga, como também ajuda a movimentar a economia.

As maiores audiências da história dos Estados Unidos são de Super Bowls. Os três últimos eventos foram os com mais espectadores. A edição XLIX, em 2015, entre New England Patriots e Seattle Seahawks, foi a mais assistida por lá, por 114,5 milhões de pessoas. Em segundo lugar está o Super Bowl XLVIII, entre Seattle Seahawks e Denver Broncos. Na terceira posição está o último Super Bowl, o 50, vencido pelo Broncos contra o Carolina Panthers. A decisão passada foi vista por 111,9 milhões.

Fora dos EUA, o Super Bowl é o segundo evento esportivo anual mais visto no mundo, perdendo apenas para a final da UEFA Champions League. Nessa estatística, não são contados eventos como a Copa do Mundo de futebol, e nem os Jogos Olímpicos, por não ocorrerem em todos os anos.Nas redes sociais, apenas no Super Bowl 50, foram mais de 16 milhões de mensagens publicadas no Twitter durante a partida.

O consumo de alimentos também é altíssimo. Apenas o Dia de Ação de Graças tem um consumo de alimentos maior que o Super Bowl.

Não há dúvidas de que o Super Bowl ajuda a inflacionar os cofres das  emissoras que o transmitem. Os intervalos da decisão são os mais caros do ano no mundo. No ano passado, para apenas 30 segundos, o custo era de US$ 5 milhões para a CBS, que transmitiu aquele jogo. Em 2017, o canal que exibe o evento nos Estados Unidos será a FOX. Anualmente, FOX, CBS e NBC revezam a transmissão. Não há dados sobre os valores de anúncios do Super Bowl no Brasil - que pode ser visto na ESPN e Esporte Interativo.

Este foi mais um texto explicativo sobre o Super Bowl. Até o dia 5 de fevereiro, mais textos assim serão apresentados por aqui. Fique ligado.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Conheça as histórias de Atlanta Falcons e New England Patriots

Times se enfrentam em um Super Bowl pela primeira vez

O Super Bowl LI já é uma realidade. Sabemos quem são os adversários, e em 12 dias conheceremos o próximo campeão da NFL. No dia 5 de fevereiro, Atlanta Falcons e New England Patriots se enfrentam na 51ª decisão, em Houston, no NRG Stadium.

Este é o período mais fácil para atrair mais fãs da NFL. Por se tratar de uma decisão, a liga passa a ter um grande destaque na mídia em todo o mundo - incluindo em sites que não dão tanta importância ao futebol americano. Mas nem em todos os lugares é possível conhecer de fato, quem são os dois finalistas.

Para isso, apresentaremos neste post as histórias de New England Patriots e Atlanta Falcons. Não será uma análise do desempenho da temporada, e sim, servirá como uma forma de conhecer os dois times que disputam o título neste ano. Este texto não é só para quem acompanha a NFL há algum tempo, mas também é para quem ainda não conhece bem a liga, e que quer ter um time para torcer neste Super Bowl.

Falcons tenta conquistar o primeiro Super Bowl de sua história (foto: Atlantafalcons.com)

Atlanta Falcons: a busca pela realização de um sonho

O Falcons completa 52 anos em 2017. O time surgiu em 1965, ainda na era clássica da NFL, sempre residindo em Atlanta. O empresário Rankin Smith comprou uma franquia, e a colocou na cidade da Georgia, na região Sudeste dos Estados Unidos. O nome "Falcons" foi escolhido através de um concurso feito por uma rádio local, que reuniu milhares de sugestões. A ideia da professora Julia Elliott foi a vencedora, que ofereceu o nome Falcons em homenagem ao falcão, com a justificativa de que é uma ave corajosa, e que jamais abandona sua presa.

Sua primeira temporada atuante foi em 1966. A partir de 1970, com a fusão entre NFL e AFL, o Falcons passou a representar a National Football Conference, a NFC, ou, traduzindo ao português. Conferência Nacional.

A primeira casa foi no Atlanta-Fulton County Stadium - quando jogaram até 1991. Em 1992, o time passou a mandar suas partidas no Georgia Dome, palco que foi utilizado até mesmo nos Jogos Olímpicos de 1996. Foi o campo do Falcons até o último domingo, quando fizeram a final da NFC. Na próxima temporada, a franquia jogará no Mercedes-Benz Stadium, que está quase pronto.

Os primeiros anos do time foram bastante difíceis. Até a temporada de 1977, só em duas oportunidades, a equipe teve mais vitórias do que derrotas. O ano de 1978 marcou a primeira presença da equipe nos playoffs. Dois anos mais tarde, o Atlanta Falcons conseguiu o primeiro título de divisão, a NFC Oeste - na época, as divisões da NFL eram Leste, Central e Oeste.

Antes do seu segundo título de divisão, o Falcons revelou um dos maiores nomes da história da NFL - e que curiosamente foi desprezado pela franquia. Em 1991, o time selecionou no Draft o quarterback Brett Favre, que teve poucas chances de atuar em Atlanta, e logo foi cedido ao Green Bay Packers - onde fez história e se tornou uma lenda.

Voltando a história da equipe, o auge foi em 1998, quando o time liderado pelo técnico Dan Reeves venceu a divisão, e pela primeira vez conquistou a Conferência Nacional, chegando ao Super Bowl XXXII. Na única decisão disputada até então, o Falcons acabou derrotado pelo Denver Broncos.

Com a reorganização das divisões em 2002, a franquia passou a representar a recém criada NFC Sul. Neste mesmo ano, Arthur Blank comprou o time, e é o dono do Falcons até hoje. Em 2004, o Falcons conquistou o título da divisão, e chegou até a final da conferência, quando perdeu para o Philadelphia Eagles. O time também venceu a NFC Sul em 2010, 2012 e 2016, na atual temporada, quando voltou ao Super Bowl. Em 2012, a equipe também foi à decisão da NFC, perdendo para o San Francisco 49ers.

Os principais nomes do atual elenco do Atlanta Falcons são: Matt Ryan, Julio Jones, DeVonta Freeman, Ricardo Allen, Mohamed Sanu, Matt Bryant, Levine Toilolo, entre outros. A franquia é comandada pelo técnico Dan Quinn.

Depois de um 2015 traumático (iniciando o ano invicto com cinco vitórias, e terminando fora dos playoffs), o Atlanta Falcons fez uma excelente temporada de 2016, com campanha em 11-5, sendo o segundo melhor na classificação geral da NFC. A franquia chega ao segundo Super Bowl de sua história, e mantém vivo o sonho do inédito título da NFL.

Robert Kraft (E), Tom Brady e Bill Bellichick (segundo à direita) - os nomes que mudaram a história do New England Patriots (foto: Patriots.com)

New England Patriots: das vacas magras à dinastia vencedora dos tempos atuais

Quem conhece hoje o New England Patriots pode acreditar que o time sempre foi tradicional, mas não foi bem assim. A franquia fez sua primeira temporada em 1960, na então AFL. Originalmente o time se chamava Boston Patriots, por jogar nesta cidade. Depois que se mudou para Foxboro, o nome passou a ser New England Patriots, como forma de adquirir mais fãs no estado de Massachussetts e regiões vizinhas. New England, Nova Inglaterra, em inglês, foi o nome dado à região quando os ingleses colonizaram, no local, e Patriots, é em homenagem aos americanos patriotas que deram os primeiros trâmites para a independência dos Estados Unidos. Atualmente o time manda seus jogos no Gillette Stadium.

Na AFL, o Patriots foi vice-campeão em 1963. Quando passou a fazer parte da NFL (na atual Conferência Americana), o time foi três vezes aos playoffs nas décadas de 70 e 80. Até o ano de 1985, quando a equipe teve sua primeira grande temporada e venceu a AFC pela primeira vez - chegando ao Super Bowl XX. Mas o título não veio neste ano, quando o time foi derrotado pelo Chicago Bears, que tinha uma das melhores defesas de sua história.

Depois de 85, New England entrou numa grande má fase até parte dos anos 90 - quando figurou entre os piores times da NFL. Em 1994, a franquia como conhecemos dava seus primeiros passos rumo ao sucesso, quando Robert Kraft comprou o time, e continua como atual dono. Com o quarterback Drew Bledsoe, a equipe voltou ao Super Bowl na temporada de 1996, mas o título não veio, em uma derrota para o Green Bay Packers.

Na virada do século, o New England Patriots passou a ter um novo treinador, chamado Bill Bellichick. No Draft de 2000, lá pela sexta rodada, a franquia escolheu um quarterback chamado Tom Brady, na 199ª posição - um atleta que passou praticamente despercebido por aquele processo. Era o início da maior parceria entre um técnico em um quarterback em todos os tempos. Na semana 2 da temporada de 2001, Drew Bledsoe sofreu uma lesão no meio da partida, e deu lugar à Brady, que se tornou o QB titular em definitivo. Aquele ano foi um sucesso, e o time não só chegou ao Super Bowl, como conquistou seu primeiro título, ao vencer o St Louis Rams.

Em uma liga tão equilibrada como a NFL, o Patriots é um dos poucos times que consegue manter um alto nível por muitos anos. Nas temporadas de 2003 e 2004, New England chegou novamente ao Super Bowl, conquistando mais dois troféus, contra Carolina Panthers e Philadelphia Eagles - foram três títulos em quatro temporadas. Na era com Tom Brady e Bill Bellichick, apenas em 2002 e em 2008 o time não venceu a divisão e não foi aos playoffs - sendo que em 2008 o QB ficou de fora por uma lesão.

O time ainda chegou mais uma vez ao Super Bowl na primeira década do século XXI, em 2007, classificado de maneira invicta. Mas a temporada perfeita não aconteceu, e o time foi derrotado pelo New York Giants na decisão. Quatro anos depois, em 2011, o Patriots voltou ao Super Bowl, mas de novo perdeu para o Giants.

A era de grandes resultados da equipe permaneceu, mesmo com Brady aos 37 anos, e com Bellichick no comando há 15 temporadas, a franquia conquistou o seu quarto Super Bowl, em 2014, vencendo o Seattle Seahawks

No atual elenco do time, além de Brady e Bellichick, a equipe também conta com outros jogadores importantes, como Julian Edelman, Chris Hogan, Danny Amendola, LeGarrette Blount, Stephen Gostkowski, Malcolm Butler, Rob Ninkovich, entre outros.

Em 2016, o Patriots teve a melhor campanha da AFC, com 14-2. O time conquistou a AFC Leste pela oitava vez consecutiva, e chegou pelo sexto ano seguido à final da Conferência Americana. Agora o New England Patriots retorna ao Super Bowl, e busca o seu quinto título. A franquia já viveu tempos difíceis, e hoje são os maiores vencedores deste século. Um time tão acostumado a grandes resultados tentará provar mais uma vez a sua força.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Em noite de recordes, Patriots conquista a AFC, e vai para o Super Bowl LI

Hogan (E) fez o melhor jogo de sua carreira, e Brady (D) vai para o seu sétimo Super Bowl (foto: Patriots.com)

O New England Patriots dos últimos anos se acostumou a vencer. É um time que carrega o desejo pelas vitórias e quebras de recordes a cada partida, e que se engrandece quando chega os playoffs. Neste domingo (22), mais algumas marcas foram superadas. O Patriots teve uma grande vitória sobre o Pittsburgh Steelers, por 36 a 17, conquistando a Conferência Americana. Com isso, a equipe vai disputar o Super Bowl LI, no dia 5 de fevereiro, em Houston. Seu adversário será o Atlanta Falcons, que venceu o Green Bay Packers por 44 a 21 na decisão da NFC.

Com este resultado, a franquia vai para o Super Bowl pela nona vez em sua história. Nenhum outro time da NFL foi tantas vezes para a decisão. O quarterback Tom Brady e o técnico Bill Bellichick vão disputar o título da liga pela sétima vez, sendo um recorde individual do atleta e do comandante.O New England Patriots busca o seu quinto título. A equipe venceu as temporadas de 2001, 2003, 2004 e 2014 - em sua mais recente participação em Super Bowls.

Na final da AFC, o time de New England teve uma atuação sólida durante toda a partida, sem jamais ter ficado atrás no placar. Brady lançou para 384 jardas totais e três touchdowns, em seu nono duelo de playoffs com pelo três TD's - igualando a marca de Joe Montana, recordista isolado até então. O wide receiver Chris Hogan fez o jogo da sua vida, recebendo para 180 jardas e dois touchdowns. Foi a primeira vez que ele recebeu dois passes para TD, além de quebrar o recorde de jardas recebidas em playoffs na história do Patriots.
Defensivamente, a equipe também fez um bom trabalho. O forte trio ofensivo dos Steelers, com o quarterback Ben Roethlisberger, o wide receiver Antonio Brown e o running back Le'Veon Bell não funcionou por completo. Big Ben lançou para 314 jardas, um TD e uma interceptação. Bell se machucou no começo da partida, e desfalcou seu time. E Antonio Brown teve uma atuação discreta, anulado pela marcação dos cornerbacks do Patriots.

Em campo, na sua primeira posse de bola, o New England Patriots conseguiu fazer ótimos avanços em poucas jogadas, e logo a equipe pontuou com um field goal de Stephen Gostkowski. Depois de alguns ataques mal sucedidos, o Patriots voltou a pontuar com um touchdown de Tom Brady para Chris Hogan.

Já no segundo período, uma má notícia com um dos principais nomes do Pittsburgh Steelers. Le'Veon Bell sofreu uma lesão na virilha, e não conseguiu voltar para a partida. Mesmo sem seu principal running back, o time conseguiu um touchdown terrestre, com DeAngelo Williams, que substituiu Bell. O TD só não rendeu sete pontos porque o kicker Chris Boswell errou o extra point.

Pelo Patriots, a parceria entre Tom Brady e Chris Hogan rendeu mais um touchdown. Em uma jogada conhecida como "Flea Flicker", o QB entregou a bola para Dion Lewis, que devolveu para Brady - fazendo a defesa de Pittsburgh partir como se fosse uma jogada terrestre. Com a bola em mãos de novo, o camisa 12 lançou para Hogan, que estava livre na endzone.


Com Le'Veon Bell ausente e Antonio Brown muito bem marcado, o quarterback Ben Roethlisberger conseguiu encontrar outros alvos, como o tight end Jesse James e o wide receiver Eli Rogers - além das corridas de DeAngelo Williams. O Steelers chegou na linha de uma jarda, mas não conseguiu anotar o touchdown. Um field goal de Chris Boswell diminuiu a desvantagem, deixando New England com o placar favorável em 17 a 9.

Na volta do intervalo, o Patriots voltou a pontuar, com mais um field goal convertido por Gostkowski. Em seu drive seguinte, o time da casa conseguiu mais um touchdown, em uma corrida do running back LeGarrette Blount. Com 18 pontos atrás no placar, o Pittsburgh Steelers precisava de um touchdown para seguir com chances, mas Eli Rogers sofreu fumble no campo de defesa. A bola foi recuperada pelo linebacker Rob Ninkovich. Na sequência, Tom Brady passou para Julian Edelman, anotando mais um TD.

O último período começou com Pittsburgh precisando de três touchdowns com conversões de dois pontos para empatar. Na redzone, o time foi até a linha de duas jardas, e arriscou uma quarta descida sem sucesso. No drive seguinte, Big Ben foi interceptado pelo cornerback Eric Rowe, deixando o Patriots próximos da sua endzone. Outro field goal ampliou a vantagem de New England, com o time cada vez mais próximo do Super Bowl.

A equipe de Pittsburgh ainda conseguiu um TD nos minutos finais, em passe de Roethlisberger para Cobi Hamilton. A conversão de dois pontos foi bem sucedida. Mas logo a bola voltou ao New England Patriots. Aí restou apenas esperar para o relógio zerar. Em duas semanas, os campeões da AFC voltam a campo, pela disputa do título da liga.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Ataque devastador coloca Atlanta Falcons no Super Bowl LI

Matt Ryan (2) participa do primeiro Super Bowl de sua carreira (foto: Atlantafalcons.com)

Há dias em que tudo dá certo para um time, e nada para o outro. Tem decisões em que o desejo da vitória é tão grande, que se a outra equipe não entra tão motivada, ela é derrotada sem dó nem piedade. Foi assim a final da NFC neste domingo (22). O Atlanta Falcons não tomou conhecimento do Green Bay Packers, e venceu por 44 a 21. A vitória na última partida realizada na história do Georgia Dome deu o título da Conferência Nacional para Atlanta, e confirma a presença da equipe no Super Bowl LI, no dia 5 de fevereiro.

O Falcons mantém vivo o sonho de ser campeão da NFL. A franquia fundada em 1966 nunca venceu um Super Bowl. Esta é a segunda vez que o time vai para a decisão. Na temporada de 1998, Atlanta venceu a NFC, mas foram derrotados para o Denver Broncos. A equipe enfrentará o New England Patriots, que conquistou a AFC ao vencer o Pittsburgh Steelers por 36 a 17.

Com uma atuação excepcional em seu ataque, o Atlanta Falcons chutou apenas dois punts na partida inteira. Todos os outros drives terminaram em touchdowns ou field goals. O time não cedeu também nenhum turnover. O quarterback Matt Ryan teve uma atuação gigantesca, e chega ao Super Bowl pela primeira vez na carreira, iniciada em 2008. Ele passou para 392 jardas e quatro touchdowns, e ainda correu para outro TD. O principal recebedor foi o wide receiver Julio Jones, com 180 jardas e dois touchdowns.
O quarterback Matt Ryan começou sua grande atuação comandando uma excelente campanha. Os donos da casa anotaram um touchdown na redzone. Foram quatro recebedores diferentes acionados em sua primeira posse de bola. O TD veio em um passe do QB para Mohamed Sanu. Na primeira vez que Green Bay teve a bola, Aaron Rodgers conectou dois bons passes para Jordy Nelson, colocando o time em ótima posição de ataque. O time não conseguiu um touchdown, e tentou um field goal. O kicker Mason Crosby errou o chute de 41 jardas.

A vida do Packers se complicava mais após este erro, pois o Falcons conseguiu chegar de novo à redzone. Atlanta ampliou a vantagem apenas com um field goal de Matt Bryant. Quando Green Bay chegou à redzone pela primeira vez em um ótimo drive, o full back Aaron Ripkowski sofreu um fumble, justamente em uma jogada em que quebrou dois tackles. Com isso, o time seguiu sem pontuar. O turnover resultou em outro touchdown após algumas jogadas, com o quarterback Matt Ryan achando um espaço livre para correr 14 jardas até a endzone, no TD terrestre mais longo de sua carreira.

O drama seguiu para Green Bay, com a equipe não conseguindo ter um bom drive. Aaron Rodgers foi muitas vezes pressionado. Quando o QB teve uma oportunidade de lançar um passe em profundidade, ele foi interceptado por Ricardo Allen. Com o intervalo se aproximando, o Atlanta Falcons conseguiu mais um touchdown, em um passe de Ryan para Julio Jones, deixando a vantagem em 24 a 0.

Quando começou o terceiro quarto, a primeira posse foi do Packers. A defesa de Atlanta logo forçou o punt. Na segunda jogada de ataque do Falcons, Matt Ryan passou para Julio Jones, que quebrou tackles, e conseguiu um touchdown de 74 jardas, que devastou ainda mais Green Bay, que já perdia por 31 pontos.
Logo, os visitantes, enfim, pontuaram. Um drive de jogadas longas, mas de pouco tempo, fez o time conseguir anotar seu primeiro touchdown, em passe de Aaron Rodgers para Davante Adams.

Seguindo sua ofensiva perigosa, o Falcons estava no meio campo, até o safety Morgan Burntett cometer uma falta no tight end Levine Toilolo dentro da endzone, colocando os donos da casa na linha de uma jarda. Na sequência, Ryan passou para mais um touchdown, recebido por Devonta Freeman. Foi o quarto lançamento para TD do quarterback.

Com uma larga desvantagem no placar, logo o Packers conseguiu chegar à endzone de novo, com passe de Rodgers para Jordy Nelson. Com a conversão de dois pontos, Green Bay ainda perdia por 37 a 15. Já sem muito o que fazer, a equipe tentou um onside kick, para manter a posse de bola. Não adiantou, e algumas jogadas mais tarde, Atlanta conseguiu outro touchdown, em corrida de Tevin Coleman.

A pouco mais de seis minutos do fim, o Packers conseguiu pontuar de novo, com um TD recebido por Jared Cook. Mas já não havia mais tempo para uma improvável virada. E assim, o Atlanta Falcons chega a decisão. O time ainda pode sonhar com seu primeiro título da National Football League.

Finais de conferência definirão os times do Super Bowl LI

Vencedores das conferências se enfrentam em duas semanas

Falta pouco para conhecermos os dois representantes do Super Bowl LI. Neste domingo (22), as finais de conferência da NFL serão realizadas. Quem vencer, vai para a grande decisão da liga, no dia 5 de fevereiro, no NRG Stadium, em Houston. Pela NFC, Atlanta Falcons e Green Bay Packers se enfrentam. Além deste jogo, tem New England Patriots e Pittsburgh Steelers disputando o título da AFC.

Serão duelos imprevisíveis, envolvendo quatro times que chegaram a esta fase com todos os seus méritos. Agora é a hora de confirmar quais equipes duelarão em duas semanas. Os dois confrontos serão transmitidos pela ESPN e Esporte Interativo, bem como em suas plataformas digitais, como Watch ESPN e EI Plus, respectivamente. Falcons e Packers começa às 18h05 (horário de Brasília), e Patriots contra Steelers tem previsão de início para às 21h40.

Packers quer dominar sua hegemonia, e Falcons busca o título inédito (foto: Atlantafalcons.com)

A primeira decisão será a de Atlanta Falcons e Green Bay Packers, válido pela Conferência Nacional. A expectativa é para um confronto bastante ofensivo, já que os dois times são muito fortes em seus ataques. Inclusive, os dois quarterbacks são os principais candidatos ao prêmio de MVP da temporada. Matt Ryan, o QB do Falcons, teve um excelente ano, se mostrando eficaz quando precisou carregar seu time para as vitórias. Não a toa que o time de Atlanta foi para os playoffs como a segunda melhor franquia da NFC. Já Aaron Rodgers, o signal caller do Packers, teve um começo de temporada mais instável, mas quando o sinal de alerta soou, o QB chamou a responsabilidade para si, fazendo Green Bay emplacar uma sequência de sete vitórias. O jogo será no Georgia Dome, em Atlanta, na despedida do Falcons de sua antiga casa. A partir de setembro, o time passa a mandar suas partidas no Mercedes-Benz Stadium, arena em construção.

Maior campeão da NFL com 13 títulos (entre era clássica e era Super Bowl), o Green Bay Packers mantém esperanças de conquistar o seu 14º troféu. Na decisão atual, o time tenta vencer seu quinto Super Bowl. A última conquista foi em 2010. Já a história do Falcons é mais modesta. Esta é apenas a quarta final de conferência que a franquia participa. Atlanta jogou um único Super Bowl, e perdeu para o Denver Broncos, em 1998.
Vencedor da Conferência Americana quebrará recorde de participações em Super Bowls (foto: Patriots.com)

No Gillette Stadium, em Foxboro, o jogo seguinte é de New England Patriots e Pittsburgh Steelers, que brigam pelo título da Conferência Americana. Também é esperado um confronto com grande poder ofensivo das duas equipes. De um lado, tem o New England Patriots do quarterback Tom Brady, aliado aos running backs LeGarrette Blount e Dion Lewis, junto com seus recebedores Julian Edelman, Chris Hogan e Danny Amendola. Do outro, o Pittsburgh Steelers com um dos trios ofensivos de maior sucesso na NFL: o quarterback Ben Roethlisberger, o running back Le'Veon Bell e o wide receiver Antonio Brown. Também será uma batalha imprevisível, na vaga para a grande final.

Além do título da Conferência Americana, Patriots e Steelers brigam para quebrar um recorde histórico. Ambos os times tiveram oito participações em Super Bowls - marca na NFL que também pertence a Dallas Cowboys e Denver Broncos. Quem vencer a decisão da AFC, chegará à grande final pela nona vez, e será a primeira franquia a alcançar nove decisões. O Pittsburgh Steelers tem seis títulos de Super Bowl, e é o maior campeão nesta era, sendo o título mais recente em 2008. Já o New England Patriots foi o vencedor por quatro vezes. A última conquista da equipe foi na temporada de 2014.

Serão dois grandes jogos, e que podem ter muitos pontos. Se você ama o futebol americano, é um compromisso oficial ver a NFL neste domingo. Se não ama e está conhecendo a liga agora, é na fase de finais de conferência que a paixão pela liga pode aflorar de maneira definitiva. E se você quer que tenham novos fãs do esporte, chame os amigos para acompanhar o espetáculo. Valerá a pena.

Veja também: Confrontos das finais de conferência aconteceram na temporada regular - o que mudou até aqui?

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Los Angeles Chargers mudou de cidade, mas perdeu sua identificação

Logo antigo da franquia ainda é utilizado - time fez três mudanças em sua marca desde que se mudou para Los Angeles

Estamos às vésperas das finais de conferência, e um Super Bowl se aproxima. Mas algo me intrigou nestes últimos dias, envolvendo uma equipe já eliminada nesta temporada. Desde que o Chargers oficializou sua saída de San Diego para Los Angeles, há oito dias, uma coisa se perdeu. A identidade visual da franquia.

A mudança de cidade não é algo tão comum no esporte fora dos Estados Unidos, mas a troca de logotipos já está virando rotina. Só para ficar no exemplo do futebol, em agosto de 2016, o Manchester City, da Inglaterra, mudou sua marca. E nesta semana, a Juventus também resolveu mudar seu escudo. Aliás, ficou bem estranho o novo emblema da Juve, tradicional time italiano.

Mas voltamos ao Los Angeles Chargers. Em janeiro passado, quando o Rams foi a primeira equipe a retornar à LA, a NFL deu o prazo de um ano para que o dono do Chargers, Dean Spanos, decidisse para que seu time fizesse ou não o mesmo caminho. Uma troca de cidade era esperada, já que o time jogava em um dos piores estádios da liga - o Qualcomm Stadium, e a população de San Diego votou contra uma lei que destinaria verba pública para a construção de uma nova arena. Se o Chargers quisesse mudar seu logo de maneira definitiva, a franquia teria todo o ano de 2016 para oficializar sua nova marca.

Quando a saída do Chargers de San Diego se tornou oficial, o time apresentou o logo abaixo.


Mal foi revelado, e as críticas sobre a sua originalidade já iniciaram. O LA lembrava muito o de outra equipe que também joga em Los Angeles, o Dodgers, da MLB. Além disso, o tom em azul é idêntico ao do Tampa Bay Lightning, da NHL. O próprio time de hóquei no gelo fez um tweet ironizando a mudança da marca da equipe da NFL. Há uma semelhança entre Chargers e Lightning. Ambos tem o apelido de "Bolts".

A saga dos emblemas do Los Angeles Chargers teria continuidade um dia depois. Diante dos comentários, o time manteve o LA, mas resolveu adaptar para cores que a franquia usava quando jogava em San Diego em algumas partidas.


Mas no sábado passado, a franquia mudou sua identidade visual pela terceira vez (em dois dias). O LA sumiu, e o time adotou o nome completo, 


Se este é o logo definitivo da equipe, jamais saberemos. Mesmo com as três mudanças na última semana, o Chargers segue usando sua marca antiga nas suas redes sociais. Vejam esta arte publicada há três dias:

Com tantas trocas, fica difícil ver como o time buscará ter novos torcedores em Los Angeles. A franquia já teve uma temporada bem ruim em 2016, com cinco vitórias e 11 derrotas, sendo um dos piores em toda a NFL. Uma identidade visual consolidada seria o ideal para que o Chargers conseguisse angariar novos fãs em sua nova sede. Caso a marca antiga fosse mantida, talvez até fãs de San Diego não pegariam raiva da franquia. Ou melhor, alguns destes fãs, porque desde o anúncio da mudança, houve protestos nem tão carinhosos da torcida que recém ficou órfã de time.

A saída do Chargers de San Diego para Los Angeles já foi bastante dolorosa. Compreensível de acordo com os argumentos do seu dono, mas triste para os torcedores, que se acostumaram com a franquia em San Diego por 56 anos. Um time sem identidade visual é um time sem apoio. Logo, é de se esperar um futuro bem complicado para a franquia em seu novo lar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Confrontos das finais de conferência aconteceram na temporada regular - o que mudou até aqui?

Restam apenas quatro times na disputa para chegar ao Super Bowl LI

No próximo domingo (22), teremos duas das últimas partidas da atual temporada da NFL. As finais das conferências Nacional (NFC) e Americana (AFC) definem os dois times que farão o Super Bowl LI, no dia 5 de fevereiro. Assim como na fase anterior, as duas decisões que se aproximam são repetições de confrontos que ocorreram na temporada regular. E como vimos, nos quatro jogos dos Playoffs de Divisão, a escrita não se repetiu da mesma maneira em todos os confrontos.

Para ficarmos apenas em um exemplo, o Green Bay Packers teve uma derrota sofrida para o Dallas Cowboys na temporada regular, mas nos playoffs, o time venceu o jogo de maneira emocionante, com um field goal na última jogada.

New England Patriots e Pittsburgh Steelers se enfrentaram na semana 7, e Atlanta Falcons e Green Bay Packers fizeram um duelo na semana seguinte, a 8. Algumas coisas mudaram de lá para cá, e como recordar é viver, mostraremos como foi a última vez que os dois jogos aconteceram.

Wide receiver Antonio Brown e quarterback Tom Brady voltam a se enfrentar neste domingo (foto: Patriots.com)

Pittsburgh Steelers 27x16 New England Patriots (semana 7)

A começar, o Pittsburgh Steelers estava sem um de seus principais jogadores, o quarterback Ben Roethlisberger, que ainda se recuperava de uma lesão. Mas Le'Veon Bell e Antonio Brown - os outros líderes do ataque - estavam em campo. Brown recebeu para 106 jardas, e Bell teve 81. Nenhum deles anotou touchdown. Mas vale lembrar, não era Big Ben o QB titular, e sim Landry Jones. Neste domingo, pode ser diferente para Pittsburgh.O que pode pesar contra é o fato de que a equipe joga fora de casa desta vez, no Gillette Stadium, onde o Patriots sempre é mais perigoso que o normal.

New England se saiu vencedor na partida, mas alguns dos atletas que fizeram o confronto em Pittsburgh não estarão em campo na final da AFC. O principal recebedor de Tom Brady na semana 7 foi o tight end Rob Gronkowski, com um touchdown. E como sabemos, Gronk se lesionou, e está fora da temporada. E na defesa, o Patriots ainda tinha o linebacker Jamie Collins, que foi trocado algumas semanas depois para o Cleveland Browns. Mesmo sem estes dois atletas, o time de New England continua forte, mas enfrenta um Pittsburgh Steelers que melhorou nas últimas partidas, e que vem motivado com seu perigoso trio ofensivo.

Falcons e Packers fizeram um jogo disputado na temporada regular. A final da NFC deve ter o mesmo roteiro (foto: Atlantafalcons.com)

Atlanta Falcons 33x32 Green Bay Packers (semana 8)

O que aconteceu no Georgia Dome na semana 8 pode se repetir na decisão da NFC - um bombardeio aéreo em uma partida repleta de touchdowns. Aaron Rodgers lançou quatro passes para touchdown. Matt Ryan teve três passes para TD. Os dois principais candidatos a MVP foram bastante versáteis na partida, lançando para um variado número de jogadores. Curiosamente, Falcons e Packers vivem o dilema da possível presença (ou não) de seus principais wide receivers neste domingo. Julio Jones esteve em campo na semana passada pelo Falcons, mas é dúvida para a decisão. E Jordy Nelson, do Packers, não enfrentou o Dallas Cowboys, e sua participação no próximo jogo também é incerta.

No quesito "elencos", pouca coisa mudou nos dois times entre o confronto da temporada regular e o que se aproxima. Atlanta e Green Bay tem ataques fortíssimos, liderados por quarterbacks inteligentes que acertam passes em profundidade. Defensivamente, também estão bem equipados. A decisão da Conferência Nacional será imprevisível, em que uma jogada pode ser determinante para a ida ao Super Bowl - em especial se for um turnover.

As duas finais de conferência terão transmissão do Esporte Interativo e da ESPN. A primeira decisão será a da NFC, entre Atlanta Falcons e Green Bay Packers, às 18h05 (de Brasília). Na sequência, às 21h40, ocorre a final da AFC, entre New England Patriots e Pittsburgh Steelers.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Sem anotar touchdowns, Steelers vence fora de casa, e disputa título da Conferência Americana

Com seis field goals, Chris Boswell coloca Pittsburgh na final da AFC (foto: Steelers.com)

O Pittsburgh Steelers está na final da AFC pela 14ª vez em sua história. A confirmação da vaga veio em uma disputada semifinal de conferência com o Kansas City Chiefs, vencida pelos Steelers por 18 a 16 fora de casa, no Arrowhead Stadium. A franquia é a maior vencedora da era Super Bowl, com seis títulos, e segue em busca do sétimo troféu.

A decisão da AFC será no próximo domingo (22), às 21h40, em que o Pittsburgh Steelers enfrenta o New England Patriots fora de casa, em Foxboro. Os dois times buscarão quebrar o recorde de participações em Super Bowls. Patriots e Steelers foram à decisão por oito vezes. Quem vencer, será a primeira franquia a jogar nove decisões.

Curiosamente, a equipe chega à decisão sem ter anotado nenhum touchdown nesta partida. Foram seis field goals convertidos pelo kicker Chris Boswell, quebrando o recorde de chutes em pós-temporada. Mesmo sem o TD, o trio Ben Roethlisberger, Antonio Brown e Le'Veon Bell foi fundamental para a efetivação destes 18 pontos garantidos. Big Ben lançou para 224 jardas, Antonio Brown fez seis recepções, para 108 jardas, e Le'Veon Bell teve incríveis 170 jardas terrestres.

Já o Chiefs teve problemas ofensivos durante todo o confronto. O quarterback Alex Smith lançou para apenas 172 jardas. Foram poucas ações que realmente fizeram o time funcionar, mesmo reagindo no segundo tempo.

No começo do jogo, os três primeiros drives resultaram em pontos do ataque. O Pittsburgh Steelers conseguiu fazer ótimos avanços com seu forte ataque, mas a defesa do Chiefs parou o time na redzone, forçando um field goal, o primeiro convertido por Chris Boswell. Na primeira campanha de Kansas City, um drive curto, de seis jogadas, resultou em um touchdown, com passe de Alex Smith para Albert Wilson. Na sequência, o Steelers chegou de novo no campo de ataque, mas o time pontuou de novo com um field goal, ainda ficando atrás no placar.

A virada de Pittsburgh veio no segundo período, com outro chute convertido por Boswell, após o time ser parado na redzone mais uma vez. Na sequência, o primeiro turnover do jogo veio, em interceptação lançada por Alex Smith, e recuperada pelo linebacker Ryan Shazier. Com o Steelers na redzone, foi a vez de Ben Roethlisberger sofrer o turnover, em uma interceptação do safety Eric Berry. Nos dois minutos finais do primeiro tempo, o Steelers anotou mais três pontos com outro field goal, deixando em 12 a 7 a vantagem no intervalo.

O segundo tempo foi de mais problemas ofensivos do Chiefs, que não conseguia first downs. Enquanto isso, Pittsburgh teve mais um drive bom, que terminou de novo com um field goal, o quinto convertido por Chris Boswell. Kansas City só voltou a pontuar no final do terceiro quarto, mas com um field goal de Cairo Santos, deixando o time atrás no placar por cinco pontos.

Em mais um drive até o campo de ataque, o Pittsburgh Steelers mais uma vez foi parado pela defesa do Chiefs. Boswell acertou o sexto field goal no jogo. A equipe de Kansas City precisava de um touchdown com conversão de dois pontos para empatar. Um longo e dramático drive de sete minutos deu o TD para o Chiefs, em corrida de Spencer Ware, a pouco mais de dois minutos para o fim da partida. A conversão seria sucedida se uma falta do left tackle Eric Fisher não anulasse a jogada. Em uma nova tentativa, Alex Smith não conseguiu lançar para a endzone, deixando o Chiefs dois pontos atrás no placar. Bastou apenas um first down de Pittsburgh para sacramentar a ida da equipe para a final da AFC, o que aconteceu em uma terceira descida, com uma recepção de Antonio Brown. Depois disso, foi só ajoelhar com a bola, e comemorar a classificação.

Na próxima semana, o Pittsburgh Steelers viaja até Foxboro, onde enfrenta o New England Patriots no Gillette Stadium. A partida será às 21h40.