segunda-feira, 21 de junho de 2021

Carl Nassib, atleta do Raiders, revela ser gay – é o primeiro jogador da NFL a assumir a homossexualidade

Nassib tem 28 anos, e irá para a sexta temporada como profissional na NFL (foto: Getty Images)

O atleta de linha defensiva Carl Nassib, do Las Vegas Raiders, revelou nesta segunda-feira, 21 de junho, que é gay. Nassib é o primeiro jogador da história da NFL a assumir a homossexualidade enquanto atleta em atividade. O anúncio dele foi através de sua conta do Instagram.

Sem meias palavras, Nassib se revelou diretamente para o público desta forma. "E aí pessoal! Só queria tirar um momento rápido para dizer que sou gay. Faz um tempo que pretendo fazer isso, mas finalmente me sinto confortável para tirar isso do meu peito. Eu realmente tenho a melhor vida, a melhor família, amigos e um trabalho que um cara pode querer", celebra.

No comunicado, o jogador reforça que não está fazendo isso para chamar a atenção, mas ressalta a importância da representatividade, além da visibilidade à causa LGBTQ. "Na verdade, espero que um dia, vídeos como este e todo o processo não sejam necessários, mas até lá farei o meu melhor, e a minha parte, para cultivar uma cultura que seja receptiva e compassiva", destaca Nassib. Ele declara no vídeo que doou US$ 100 mil para o Projeto Trevor, que ajuda a prevenir o suicídio de jovens LGBTQ nos Estados Unidos. "Para alguém como eu, que tenho tanta sorte todos os dias, fico incrivelmente triste ao pensar que os jovens LGBTQ correm um risco tão elevado de suicídio. Sinto uma imensa responsabilidade de ajudar de qualquer maneira que puder, e você pode também. Estudos mostram que basta um adulto aceitar para diminuir em 40% o risco de um jovem LGBTQ tentar o suicídio. Seja você um amigo, pai, treinador ou colega de equipe, você pode ser essa pessoa", ressalta.

Carl Nassib tem 28 anos, e em 2021, vai para a sua sexta temporada na NFL. Começou sua carreira profissional no Cleveland Browns, onde jogou de 2016 a 2017. Nos dois anos seguintes, defendeu o Tampa Bay Buccaneers, e em 2020, se transferiu para o Las Vegas Raiders. No ano passado, atuou em 14 partidas, participando de 27 tackles, 2,5 sacks e uma interceptação.

Junho é o mês do orgulho LGBTQ, e o anúncio de Nassib é uma importante quebra de paradigma na história da NFL. Neste mês, a liga pintou o seu logo nas cores do arco-íris, assim como a bandeira do orgulho LGBTQ, em sinal de tentativa para se mostrar uma liga mais plural e sem preconceitos. Vale lembrar que o futebol americano, assim como a maioria das modalidades esportivas masculinas, carregaram um lamentável preconceito não só contra a comunidade LGBTQ, como com qualquer outro tipo de minoria até recentemente. Aos poucos, não só a NFL como outras entidades esportivas tentam ser mais inclusivas, mas é necessário que ocorram mais ações que saiam do papel, e que vão além de um logo colorido ou de uma mensagem em seu site oficial. E, acima de tudo, que Carl Nassib continue sendo bem acolhido tanto no Raiders, quanto dentro da National Football League e a torcida em geral, para que no futuro, mais atletas possam se sentir seguros para assumir sua sexualidade.

sábado, 19 de junho de 2021

500 mil vidas perdidas na pandemia, e a importância de se posicionar em meio à barbárie


Quando o Left Tackle Brasil surgiu, em julho de 2016, criei o site com o objetivo de ampliar a cobertura do futebol americano em nosso país. E, de certa forma, sigo fazendo isso. Basta ver nossos últimos textos que dedicam a maior parte do seu tempo à modalidade, com foco principal na NFL. Mas ao longo do tempo, determinados assuntos fora do esporte precisaram aparecer aqui, e aí que decidi que, sempre que houvesse necessidade, o extra-campo viraria pauta neste espaço.

Em março de 2020. no momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a Covid-19 foi declarada como uma pandemia, imediatamente abri o espaço do LT para um histórico Maratona NFL, junto com o amigo Carlos Oliveira, falando principalmente do coronavírus, com informações sobre formas de contágio e medidas de prevenção na época. Sou jornalista, e desde a faculdade, a gente aprende que há coisas que vão além da editoria a qual cobrimos, e que é necessário dar o devido valor. Da mesma forma,  dei um significativo espaço ao importante movimento "Black Lives Matter", na onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo, em reação à morte violenta de George Floyd. Essas pautas precisavam ser expressas aqui, e continuarão sendo, sempre que for necessário.

Por falar em pautas fora do esporte, é impossível não mencionar a triste marca de 500 mil vidas perdidas para a pandemia no Brasil. Neste sábado, 19 de junho de 2021, o Brasil se tornou o segundo país do mundo com meio milhão de mortos por Covid, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa. O primeiro foi os Estados Unidos, segundo a Universidade Johns Hopkins. E assim como o povo estadunidense, nós brasileiros também chegamos a este patamar infernal graças ao negacionismo por parte do governo federal.

Mas diferente de lá, em que o presidente negacionista perdeu a eleição, e mesmo ele comprou vacinas para todos os norte-americanos, aqui no Brasil vivemos o infernal calvário proporcionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Embora seja louvável o trabalho dos institutos Butantan e Fiocruz no desenvolvimento das vacinas aplicadas nos brasileiros, o fato de seguirmos com duas mil pessoas morrendo diariamente tem como principal responsável o presidente da República. E por causa do negacionismo do presidente, somada a uma imbecil briga política com a China (principal exportador de insumos e doses para a produção das vacinas contra a Covid), temos pouco mais de 11% da população brasileira completamente imunizada agora, enquanto vários outros países já estão voltando à normalidade de antes da pandemia justamente por causa da vacinação em massa.

Esse terrível marco da pandemia no Brasil poderia ter sido evitado, se o governo brasileiro respondesse aos 81 e-mails enviados pela Pfizer desde o início da pandemia. A farmacêutica enviou oferta de vacinas ainda em agosto do ano passado, e todas estas mensagens foram ignoradas, segundo revelações da CPI da Covid, no Senado Federal. A imunização em nosso país poderia começar ainda em dezembro passado se não fosse a tática genocida do governo em ignorar vacinas, apostar em remédios sem eficácia, e  na sabotagem do isolamento social, liderada pelo presidente. 

Há quem diga que esporte e política não se misturam, mas isso não é verdade. Vale lembrar que a Copa América, aquela que já infectou 82 pessoas até o fechamento deste texto, foi trazida para o Brasil com o apoio de Bolsonaro. Responder a oferta de vacinas não era prioridade de meses, mas aceitar um torneio inútil e caça-níquel em meio a maior crise sanitária de nossa história, e ainda não controlada, foi uma decisão tomada em menos de 12 horas. 

Neste momento de dor para as famílias de meio milhão de brasileiros, resta a nossa solidariedade. O Left Tackle Brasil lamenta profundamente por estas vidas perdidas. Sabemos que pessoas que liam este site, ouviam o Maratona NFL, e não perdiam um jogo da NFL, não estão mais aqui porque não houve vacina para elas, e porque o governo não as comprou antecipadamente. Afirmo em meu nome, como fundador e editor-chefe deste site, que continuarei me manifestando contra a barbárie que ainda ocorre em nosso país. Há quem não aprove o que é falado aqui, e deixa de acompanhar o meu trabalho, mas neste espaço não terá local para negacionista. Que em breve, com a ajuda da ciência e da vacina, nós vençamos esta guerra contra a Covid-19. E após vencermos a pandemia, que a justiça seja feita contra os responsáveis pela hecatombe que vivemos há mais de um ano.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Maratona NFL – Temporada 4, episódio 1 – Do Super Bowl até aqui, tudo o que foi notícia durante nossa ausência


Como continuamos em offseason, o Maratona NFL, o podcast transmitido aqui no Left Tackle Brasil, fez uma pausa de quatro meses. Mas agora estamos de volta. A espera acabou e o programa está no ar novamente. A equipe? A de sempre, com Ruan Nascimento, representando este site, e os amigos e colegas de bancada Carlos Oliveira e Mia Mastrocolo – a Mia infelizmente não pôde participar em razão de seus compromissos, mas ela continua na nossa equipe para esta temporada. Voltamos daquele jeito de sempre, com muita descontração, não falando apenas da National Football League mas de tudo o que marcou neste período.

A pauta do programa se resume aos principais assuntos da NFL nos últimos meses em que estivemos sem gravações inéditas. Falamos da passagem do Draft à aposentadoria de Drew Brees. Do aumento da temporada regular a partir de 2021 até o fim da longeva carreira do kicker Adam Vinatieri, que começou a jogar profissionalmente em 1996 e só agora pendurou as chuteiras. 

Também destacamos os problemas internos em algumas equipes, alguns já resolvidos e outros nem tanto. Entre os resolvidos, a troca do wide receiver Julio Jones (ex-Atlanta Falcons) para o Tennessee Titans; a não ida de Aaron Rodgers, o quarterback do Green Bay Packers e atual MVP da liga, para os treinamentos preparatórios para a temporada de 2021; e a situação de Deshaun Watson, que de queridinho da NFL, passou a ser ignorado por todo mundo diante das acusações de assédio sexual contra o jogador.

Fora da National Football League, apresentamos neste podcast os dados da Covid-19 no Brasil. Desde o nosso último podcast gravado, a pandemia ficou ainda mais descontrolada no país, e mais que dobrou o número de vidas perdidas em apenas quatro meses. São quase 500 mil mortes por Covid. Por outro lado, Carlos e Ruan voltaram a enaltecer a importância da vacinação, e enfatizando a campanha que, se você tem o direito de se vacinar, vacine-se. Só com a vacinação venceremos a pandemia. 

Ouça o Maratona NFL de retorno através de nossas plataformas, pelo Spotify, pelo Apple Podcasts e em demais plataformas, pelo Anchor

Ou, se preferir, ouça abaixo o podcast.


domingo, 6 de junho de 2021

Julio Jones é trocado para o Tennessee Titans

Atleta está na NFL desde 2011 (foto: Getty Images)

O wide receiver Julio Jones está de casa nova. O atleta de 32 anos foi trocado para o Tennessee Titans, e deixa em definitivo o Atlanta Falcons, única equipe que defendeu em sua carreira na NFL. O anúncio da troca foi na tarde deste domingo, 6 de junho. 

De acordo com a NFL, os termos da troca serão revelados nos próximos dias. Jones ainda está finalizando seus testes físicos para se mudar de vez para a franquia do Tennessee. Mas já é certa a negociação. Assim, o wide receiver será mais uma peça de força no ataque do Titans, composto por nomes como o quarterback Ryan Tannehill, o running back Derrick Henry e o também wide receiver AJ Brown. 

Julio Jones é um dos wide receivers de maior talento da última década da NFL. Ele chegou na liga em 2011, quando foi selecionado no Draft pelo Atlanta Falcons. Em sua carreira, recebeu para 12.896 jardas e 60 touchdowns. Apesar dos números, sua situação em Atlanta começou a ficar ruim em 2020, ano em que o Falcons foi muito mal na temporada. Jones se desentendeu com a direção da franquia e pediu para ser trocado.