sexta-feira, 24 de abril de 2020

Quais foram os atletas selecionados na primeira rodada do Draft

O quarterback Joe Burrow, de LSU, foi o escolhido pelo Cincinnati Bengals
Uma noite diferente. Assim se pode definir como foi a primeira rodada do Draft da NFL, na noite desta quinta-feira, 23 de abril. Sem um grande palco, sem público e sem jogadores de terno se exibindo com as camisas de seus novos times, a edição deste ano foi totalmente virtual, com dirigentes e atletas em suas casas, para evitar aglomerações em meio à pandemia do coronavírus.

Mesmo assim, o Draft foi um grande evento, marcado por uma série de discursos e mensagens de apoio de diversas personalidades da NFL para que os telespectadores respeitem a quarentena e fiquem em casa. Uma das mensagens foi do técnico do New Orleans Saints, Sean Payton, que contraiu a Covid-19, e hoje está curado da doença. Também houve as tradicionais vaias ao comissário da NFL, Roger Goodell, através de dezenas de lives com torcedores dos times da NFL na hora em que foram feitos os anúncios dos jogadores recrutados.

O comissário da NFL, Roger Goodell, durante anúncio do escolhido pelo Cleveland Browns (com a torcida ao fundo)

Nas primeiras escolhas, nada de muito surpreendente, mas como em todo recrutamento, sempre há alguma troca inesperada que dá o que falar. Como era esperado, o quarterback Joe Burrow, de LSU, foi o primeiro a ser selecionado, pelo Cincinnati Bengals. O defensive end Chase Young, de Ohio State, também bem cotado, foi a segunda escolha geral, pelo Washington Redskins. O terceiro selecionado, pelo Detroit Lions, foi o cornerback Jeff Okudah, de Ohio State. Na quarta escolha, o New York Giants draftou o offensive tackle Andrew Thomas, de Georgia. E finalizando a lista dos cinco primeiros, o Miami Dolphins chamou para o seu time o quarterback Tua Tagovaiola, de Alabama.

Porém, a situação passou a ficar interessante mais para a frente. O San Francisco 49ers (que tinha a escolha 13 devido a uma troca passada com o Indianapolis Colts), desceu uma posição com o Tampa Bay Buccaneers – que selecionou o offensive tackle Tristan Wirfs, de Iowa. O 49ers cedeu uma escolha de sétima rodada em função da negociação, e recebeu uma escolha de quarta rodada.

Mais adiante, na escolha 23, o New England Patriots trocou de posição com o Los Angeles Chargers, para receber escolhas de segunda e terceira rodadas. Com isso, o Chargers, que já havia selecionado o QB Justin Herbert, de Oregon, aproveitou para garantir também o linebacker Kenneth Murray, de Oklahoma. Na sequência, na escolha 25, o San Francisco 49ers subiu no Draft, e trocou de posição com o Minnesota Vikings para selecionar o wide receiver Brandon Aiyuk, de Arizona State. O Vikings também recebeu as escolhas de quarta e quinta rodadas nesta movimentação.

E finalizando as trocas na primeira rodada, a mais surpreendente.O Green Bay Packers subiu da escolha 30 para a 26 para escolher o quarterback Jordan Love, de Utah State. A troca surpreendeu pelo fato de que em Green Bay, a necessidade de trocar de quarterback não é uma urgência para este momento, pois Aaron Rodgers, mesmo com 36 anos, continua jogando muito bem. Por esta movimentação, o Miami Dolphins (que tinha a escolha 26, via troca com o Houston Texans), recebeu uma escolha de quarta rodada.

Nesta sexta-feira, 24 de abril, tem a segunda e a terceira rodadas do Draft, a partir das 20h. Na TV brasileira, a ESPN transmite. E pela internet, é possível acompanhar a transmissão pelo Game Pass, que está com sinal aberto.

Veja abaixo as escolhas da primeira rodada do Draft da NFL:

1 - Cincinnati Bengals - Joe Burrow (LSU) - Quarterback

2 - Washington Redskins - Chase Young (Ohio State) - Defensive end

3 - Detroit Lions - Jeff Okudah (Ohio State) - Cornerback

4 - New York Giants - Andrew Thomas (Georgia) - Offensive tackle

5 - Miami Dolphins - Tua Tagovailoa (Alabama) - Quarterback

6 - Los Angeles Chargers - Justin Herbert (Oregon) - Quarterback

7 - Carolina Panthers - Derrick Brown (Auburn) - Defensive tackle

8 - Arizona Cardinals - Isaiah Simmons (Clemson) - Linebacker

9 - Jacksonville Jaguars - CJ Henderson (Florida) - Cornerback

10 - Cleveland Browns - Jedrick Wills (Alabama) - Offensive tackle

11 - New York Jets - Mekhi Becton (Louisville) - Offensive tackle

12 - Las Vegas Raiders - Henry Ruggs (Alabama) - wide receiver

13 - Tampa Bay Buccaneers - Tristan Wirfs (Iowa) - Offensive Tackle

14 - San Francisco 49ers - Javon Kinlaw (South Carolina) - Defensive tackle

15 - Denver Broncos - Jerry Jeudy (Alabama) - Wide receiver

16 - Atlanta Falcons - AJ Terrell (Clemson) - Cornerback

17 - Dallas Cowboys - CeeDee Lamb (Oklahoma) - Wide receiver

18 - Miami Dolphins - Austin Jackson (USC) - Offensive tackle

19 - Las Vegas Raiders - Damon Arnette (Ohio State) - Cornerback

20 - Jacksonville Jaguars - K'Lavon Chaisson (LSU) - Linebacker

21 - Philadelphia Eagles - Jalen Reagor (TCU) - Wide receiver

22 - Minnesota Vikings - Justin Jefferson (LSU) - Wide receiver

23 - Los Angeles Chargers  - Kenneth Murray (Oklahoma) - Linebacker

24 - New Orleans Saints - Cesar Ruiz (Michigan) - Center

25 - San Francisco 49ers -  Brandon Aiyuk (Arizona State) - Wide receiver

26 - Green Bay Packers - Jordan Love (Utah State) - Quarterback

27 - Seattle Seahawks - Jordyn Brooks (Texas Tech) - Linebacker

28 - Baltimore Ravens - Patrick Queen (LSU) - Linebacker

29 - Tennessee Titans - Isaiah Wilson (Georgia) - Offensive tackle

30 - Miami Dolphins - Noah Igbinoghene (Auburn) - Cornerback

31 - Minnesota Vikings - Jeff Gladney (TCU) - Cornerback

32 - Kansas City Chiefs - Clyde Edwards-Helaire (LSU) - Running back

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Maratona NFL Especial - Episódio 5 - as expectativas para o Draft da NFL



Esta é a quinta edição especial do Maratona NFL. Você confere abaixo o programa gravado por Ruan Nascimento e Carlos Oliveira, falando sobre os últimos preparativos para o Draft da liga, que começa a partir desta quinta-feira, 23 de março. A novidade para este ano é o fato de que todo o evento será feito virtualmente, com o objetivo de evitar aglomerações e o contágio pelo novo coronavírus.

Ainda falando em Draft, falei sobre os meus palpites para quais jogadores serão os escolhidos na primeira rodada. O evento será às 21h, com transmissão da ESPN para o Brasil.

Entre os outros assuntos, o retorno do tight end Rob Gronkowski aos gramados, e sua troca para o Tampa Bay Buccaneers, também foi notícia. Assim também como os novos uniformes de New England Patriots e Los Angeles Chargers. 

Então não perca tempo e ouça o podcast conosco, pelo Spotify ou pelo Soundcloud, ou baixe o arquivo pelo Google Drive

terça-feira, 21 de abril de 2020

Rob Gronkowski retorna para a NFL e é trocado para o Tampa Bay Buccaneers



O tight end Rob Gronkowski desistiu de sua aposentadoria e retornará para a NFL em 2020. O jogador é o mais novo reforço do Tampa Bay Buccaneers, e voltará a jogar com o quarterback Tom Brady, também contratado pela franquia em março. A confirmação do retorno de Gronk aos gramados foi nesta terça-feira, 21 de abril, informada pelo repórter do NFL Network, Ian Rapoport.

Por ter se aposentado como um jogador do New England Patriots, Gronkowski ainda recebia salários pela franquia, pois seu contrato ainda tinha validade. Por conta disso, o acerto do jogador com a nova equipe ocorreu por meio de uma troca entre o Patriots e o Buccaneers. New England enviou o jogador e uma escolha de sétima rodada no Draft para Tampa, e em troca recebe uma escolha de quarta rodada. 

Em sua nova casa, Rob Gronkowski receberá o valor de US$ 10 milhões por ano. O atleta de 30 anos chegou na NFL em 2010, ao ser selecionado no Draft pelo New England Patriots. Ao longo de sua carreira, completou 521 recepções, para 7.861 jardas e 79 touchdowns. Gronk foi três vezes campeão do Super Bowl, em 2015, 2017 e 2019. Quando venceu o Super Bowl pela terceira vez, ao fim da temporada 2018/19, anunciou a aposentadoria pela primeira vez.

Maratona NFL debaterá a saída de Gronk

Nesta quarta-feira, 22 de abril, terá Maratona NFL, repercutindo a ida de Gronkowski para o Tampa Bay Buccaneers, além de todas as expectativas para o Draft, que começa nesta quinta-feira, 23. O programa será ao vivo pelo You Tube e pelo Instagram do Left Tackle Brasil.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Maratona NFL Especial - Episódio 4 - Renovação do contrato de McCaffrey e expectativas finais para o Draft

Maratona NFL está de cara nova

Esta é a quarta edição do Maratona NFL nesta atual offseason. E no podcast especial, Ruan Nascimento e Carlos Oliveira debateram sobre os principais assuntos da NFL a uma semana do Draft, que neste ano será totalmente virtual em função da pandemia da Covid-19.

Entre os destaques, está a renovação do contrato do running back Christian McCaffrey, que permanece no Carolina Panthers por mais quatro temporadas – o vínculo renderá ao atleta US$ 64 milhões em salários. Entre os outros destaques, a preparação para o Draft, já mencionada, e sobre como o vice-campeonato do San Francisco 49ers no Super Bowl salvou o estado da California de haver um massivo contágio pelo coronavírus.

Estamos também de cara nova, com um novo logo para o podcast, feito pela Kerolin Buss, fotógrafa da Laranja Lima Fotografia.

Ouça o podcast pelo Spotify, pelo Soundcloud, ou baixe pelo Google Drive. E lembre-se que a partir de agora, também será possível acompanhar o programa ao vivo pelo Instagram do Left Tackle Brasil ou pelo You Tube. Fiquem ligados nas nossas redes sociais.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Maratona NFL Especial: Draft virtual e melhores da década em pauta



Esta é a terceira edição de offseason do Maratona NFL, o podcast oficial do Left Tackle Brasil. Carlos Oliveira e Ruan Nascimento debateram sobre os principais assuntos que movem a National Football League nas últimas semanas.

Entre os destaques, o Draft virtual que acontecerá no final do mês, os novos uniformes do Tampa Bay Buccanners (os uniformes do Atlanta Falcons foram divulgados após a gravação do programa) e a seleção da década de 2010.

Ouça o podcast pelo Spotify e pelo Soundcloud, ou baixe pelo Google Drive.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Como fica a NFL em meio à pandemia da Covid-19?

Draft deste ano será feito online, sem público
Estamos em uma offseason diferente. Em qualquer outro ano, um dia como esta segunda-feira, 6 de abril, seria para lamentar a falta de jogos da NFL, e de ter maiores expectativas quanto ao Draft da liga, já que o auge da free agency se passou. Porém, o que deve estar na mente de muitos torcedores da NFL, inclusive eu, é a resposta para uma simples dúvida, porém necessária, diante desta época em que vivemos uma pandemia. Como será a próxima temporada? O motivo para tanta incerteza é o coronavírus, que já atingiu mais de 1,2 milhão de pessoas, com mais de 75 mil vítimas.

Neste momento, nenhuma grande competição esportiva no mundo está em andamento. Copa Libertadores, UEFA Champions League, Fórmula 1, NBA, NHL, MLB e outros tantos torneios estão suspensos. No Brasil, até mesmo os campeonatos estaduais não estão acontecendo, e provavelmente nem terminarão, pois muitos times contrataram jogadores até o final deste mês, quando as competições terminariam, e não têm dinheiro para a renovação de tais vínculos. E ainda, no meio esportivo, não podemos esquecer que o maior evento programado para ocorrer em 2020 foi transferido para o ano que vem. Os Jogos Olímpicos de Tóquio serão em 2021, em um momento inédito para um evento de 124 anos, que só teve cancelamentos na Primeira e na Segunda Guerra Mundial. Para não dizer que não tem nada acontecendo, há ainda o campeonato de futebol de Belarus, país onde o seu presidente, Aleksander Lukashenko, minimiza a pandemia, e diz para as pessoas beberem vodca em vez de se isolarem socialmente – medida preventiva que a Organização Mundial da Saúde (OMS), governos nacionais do mundo inteiro e o Ministério da Saúde brasileiro recomendam.

A National Football League ainda não foi duramente castigada pela Covid-19, como os demais eventos acima destacados. Quando o coronavírus teve seus primeiros infectados, em 31 de dezembro de 2019, na China, a temporada passada ainda acontecia normalmente. O vírus chegou nos Estados Unidos em 22 de janeiro, em meio aos Playoffs, permitindo que a competição terminasse sem nenhum problema. Porém, com o contágio rápido, hoje não há um único lugar do mundo em que a situação esteja tranquila. Somente no território norte-americano, mais de 347 mil pessoas estão infectadas, com 10 mil mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins informou nesta segunda-feira, 6.

E é por este contágio elevado que, mesmo restando ainda quatro meses para o futebol americano teoricamente voltar (contando pré-temporada), já ficam as incertezas quanto ao seu retorno dentro da normalidade. Por conta de um decreto nacional que determina a quarentena até 30 de abril, o Draft, previsto para de 23 a 25 deste mês, será totalmente virtual, nada comparado com o grande palco, com calouros vestindo terno e expondo as jerseys de suas novas equipes.

Da mesma forma, também pode haver a possibilidade de os estádios da NFL virem a ser usados como hospitais de campanha, como no Brasil com o Estádio do Pacaembu, em São Paulo, como forma de desafogar o sistema de saúde nas cidades onde há alguma franquia da liga. E também seria uma forma das equipes se mostrarem mais solidárias em um momento tão complicado para o mundo. Já houve algo semelhante em 2005, quando o New Orleans Saints disponibilizou o Mercedes-Benz Superdome para a população de Nova Orleans que ficou desabrigada após o furacão Katrina.

Pela parte social envolvendo os times, de meu conhecimento, há dois grandes momentos. Um deles é o do Green Bay Packers, que doou refeições para os profissionais de saúde que estão atendendo aos pacientes da Covid-19 no estado do Wisconsin. O outro foi feito pelo New England Patriots, em que o dono da equipe, Robert Kraft, disponibilizou o avião que transporta o time para que este fosse até a China buscar 1,2 milhão de máscaras, que foram doadas para as regiões de Boston e Nova York.

Quanto aos jogos, acredito que, mesmo que até setembro a situação se amenize, os respingos na temporada da NFL se darão por uma competição mais reduzida, tanto em público quanto no número de jogos. Talvez até por isso que a liga ainda não divulgou o seu calendário, para esperar dia após dia a evolução de casos e mortes nos Estados Unidos. Claro que não dá para garantir nada, mas torcerei para que tenhamos futebol americano ainda neste ano.

Além desta torcida, a maior delas vai para que logo consigamos vencer a guerra contra o coronavírus. É importante que todos nós mantenhamos a nossa posição de ficar em casa, evitar aglomerações e sair de casa apenas para o essencial – e com máscaras feitas artesanalmente, como recomenda a OMS. Esta é a batalha das nossas vidas. É o nosso Super Bowl! E somente com todos fazendo a sua parte é que vamos conseguir driblar da Covid-19 como Lamar Jackson dribla correndo com a bola dos defensores. Que logo tudo isso passe, para que, quando for possível, a gente consiga pensar no futebol americano com mais certezas do que dúvidas.