domingo, 31 de janeiro de 2021

Lions e Rams trocam os seus quarterbacks: Stafford vai para Los Angeles e Goff para Detroit

Jogadores trocarão de camisa em 2021 (foto: Paul Sancya/AP)

Na calada da noite de sábado nos Estados Unidos, ou nos primeiros minutos da madrugada de domingo, 31 de janeiro, no Brasil, o Detroit Lions e o Los Angeles Rams confirmaram uma troca que agita completamente o mercado antes mesmo do fim da atual temporada da NFL. Os dois times fizeram uma movimentação de grande impacto, envolvendo também os seus quarterbacks. Matthew Stafford, que na semana anterior havia pedido para sair de Detroit, agora vai para Los Angeles. Já Jared Goff, que desde 2016 era o titular do Rams, desembarcará no estado de Michigan para jogar pelo Lions.

Mas esta troca em questão não é apenas entre os quarterbacks, e impacta diretamente no futuro de ambas as franquias. Além de receber Jared Goff, o Lions ganhará uma escolha de terceira rodada do Draft de 2021, e as escolhas de primeira rodada dos Drafts de 2022 e 2023. A movimentação só será oficializada quando começar a Free Agency, a partir de 17 de março.

Segundo o repórter Ian Rapoport, o Detroit Lions recebeu seis ofertas por Matthew Stafford, que tem 32 anos e desde 2009 era o QB titular da franquia. A opção de escolher a proposta do Rams se deu porque o atual contrato de Jared Goff com o time está por terminar, e assim ficaria mais fácil de fazer uma renovação de acordo com o que há de verba disponível em seu teto salarial.

Analisando a troca friamente, para o Lions, o time não tem muito a perder. Stafford fez história na franquia, e se consolidou como o melhor que já jogou como QB da equipe em todos os tempos, sendo o líder em jardas lançadas (41.025), em porcentagem de passes completos (62,48%) e em passes para touchdown (256). Porém, o camisa 9 resolveu deixar o time diante das constantes mudanças de técnico e general manager, além de contratações ruins que fizeram a franquia ficar sempre mais distante da briga por Playoffs. Para o futuro de Detroit com Jared Goff, significa uma importante renovação, já que o time também contratou um novo treinador, Dan Campbell, e um novo coordenador ofensivo, Anthony Lynn, ex-treinador do Los Angeles Chargers. 

Já a situação do Rams é o oposto disso. Na temporada 2020/21, o time foi até o Divisional Round, mas há anos têm feito movimentações com o objetivo de ir além e vencer o Super Bowl através da contratação de veteranos de grande impacto. O time está com o técnico Sean McVay desde 2017, e ele é um dos melhores treinadores da NFL na atualidade. A franquia de Los Angeles já foi a um Super Bowl neste período, e perdeu para o New England Patriots após uma atuação decepcionante. O problema em adquirir Stafford nem é só pelo fato de ter 12 anos de carreira na NFL, mas sim pelo fato de o Rams comprometer duas escolhas de primeira rodada no Draft para um QB que não é jovem. E isso também complica para o futuro da equipe. Inclusive, desde 2016, justamente quando o Rams escolheu Jared Goff, que a franquia não tem uma escolha de primeira rodada no Draft. E em 2021, sua primeira escolha já está há tempos com o Jacksonville Jaguars, pois o time a usou para ter o cornerback Jalen Ramsey. O problema nem é trocar a escolha de primeira rodada, mas sim fazer deste artifício tantas vezes e possivelmente prejudicar os seus próximos anos.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Maratona NFL – Temporada 3, episódio 25 – as novidades de Chiefs e Buccaneers e notícias gerais da NFL



Chegamos ao Maratona NFL desta semana. Entre os assuntos, o podcast discute sobre as primeiras expectativas do Super Bowl LV, que será entre Tampa Bay Buccaneers e Kansas City Chiefs, além de comentários sobre as finais de conferência, realizadas no domingo passado, 24 de janeiro.

Entre os outros temas, Carlos Oliveira e Ruan Nascimento debateram sobre a grande crise criada no Houston Texans. Após as contratações de Nick Caserio, para general manager, e de David Culley para treinador, o quarterback Deshaun Watson pediu para ser trocado da franquia

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

A história de Buccaneers e Chiefs em Super Bowls

Raymond James Stadium será o palco do Super Bowl LV


Estamos naquele período que antecede o próximo Super Bowl. E enquanto ficamos na expectativa pela grande decisão, é a hora de contarmos diversas histórias sobre o confronto e seus protagonistas. Hoje, recordaremos dos outros momentos em que Kansas City Chiefs e Tampa Bay Buccaneers, os participantes do Super Bowl LV, estiveram em outras decisões.

Nas 54 edições anteriores do Super Bowl, o Chiefs foi a apenas três delas, e o Buccaneers apenas em uma. Mas por se tratar deste mega espetáculo, é sempre bom recordar pelo fato de ser o auge na história de qualquer franquia. Nos próximos parágrafos, você vai ver como foi cada confronto decisivo por estes dois times.

Os Super Bowls do Kansas City Chiefs

Resumidamente, a criação do Kansas City Chiefs foi um dos motivos para que, anualmente, tenhamos o privilégio de acompanhar um super jogo decisivo pela NFL. O fundador da franquia, Lamar Hunt, queria entrar na NFL com um novo time profissional. Depois da liga negar o seu pedido, ele juntou outros empresários, que formaram outras equipes e assim surgiu a American Football League, a AFL, em 1960. Nesta década, NFL e AFL rivalizaram por direitos de transmissão e até mesmo por jogadores, até a definição de uma trégua, em que os campeões da temporada de 1966 fizessem um jogo para provar quem era o verdadeiro campeão nacional de futebol americano. Assim, em janeiro de 1967, foi realizado o primeiro Super Bowl – embora ainda realizado sob o nome "The AFL-NFL World Championship".

Após perder o Super Bowl I, o Chiefs conquistou seu primeiro título no Super Bowl IV, em 1970


E foi justamente o Chiefs um dos primeiros times a estar na decisão, contra o Green Bay Packers. Mas o Packers acabou vencendo por 35 a 10. O Super Bowl como conhecemos ganhou este nome graças a Lamar Hunt, que, ao ver a filha brincar com um brinquedo chamado "Super Ball", gostou da nomenclatura e informalmente nomeou a decisão como Super Bowl. Aos poucos, o nome foi ganhando popularidade. Em 1970, no Super Bowl IV, o Chiefs participou novamente do confronto decisivo, e desta vez conquistou o tão sonhado título, vencendo o Minnesota Vikings por 23 a 7, em que o quarterback Len Dawson foi o MVP. Depois deste jogo, a NFL e a AFL se uniram em uma única NFL.

Cinquenta anos depois, o Chiefs finalmente voltou a um Super Bowl. E no ano passado, o time conquistou o seu segundo título, de virada sobre o San Francisco 49ers, por 31 a 20. Aquela vitória pode ter marcado o início de uma grande geração, com nomes como o quarterback Patrick Mahomes, o tight end Travis Kelce, o técnico Andy Reid, entre outros. Até porque, novamente o time está em um Super Bowl, apenas um ano depois.

A ida ao Super Bowl pelo Tampa Bay Buccaneers

Em 2003, o Buccaneers venceu o Super Bowl XXXVII, o único disputado pela franquia até agora


O Buccaneers tem uma vida em Super Bowls bem mais modesta que o Chiefs. Na verdade, em 2021 é apenas a segunda vez que o time chega à decisão da NFL. A equipe de Tampa fez sua primeira temporada na NFL em 1976, e por apenas um ano, foi um time da AFC, até mudar de conferência em 1977. Os torcedores da franquia precisaram esperar por 27 jogos para finalmente terem uma vitória para comemorar. Após passar em branco durante toda a temporada de 1976 (campanha de 0-14, pois eram 14 jogos por temporada regular na época), o Buccaneers começou o ano de 1977 com 0-12, até finalmente vencer um jogo, sobre o Atlanta Falcons, por 17 a 3. Naquela época, inclusive, o time jogava de laranja, e não de vermelho e prata.

Mesmo com os primeiros anos bem difíceis, foi ainda na década de 1970 a primeira aparição nos Playoffs, em 1979. Mas o Bucs não conseguia ir muito além disso, e sequer conseguia fazer uma sequência longa de idas à pós-temporada. Até chegarmos ao período entre 1999 e 2002/03, quando Tampa foi quatro vezes consecutivas aos Playoffs. O melhor ano foi justamente o último. O time tinha como destaque o setor defensivo, e o técnico era Jon Gruden, hoje treinador do Las Vegas Raiders. A equipe venceu a NFC Sul, se destacou nos Playoffs e chegou ao Super Bowl XXXVII. Na decisão, justamente contra o Raiders, que na época jogava em Oakland, o Buccaneers dominou, e venceu por 48 a 21. O safety Dexter Jackson foi o MVP da decisão, e pelo seu desempenho na temporada, o linebacker Derrick Brooks foi eleito o Jogador Defensivo do Ano.

Depois do ápice, vieram os anos mais difíceis. Após o título, o Buccaneers foi aos Playoffs mais duas vezes, mas saiu de ambas as pós-temporadas sem sequer uma vitória. De 2007 para cá, o time se viu mais entre as últimas posições gerais da NFL do que perto da briga pela pós-temporada. Em 2019, chegou o técnico Bruce Arians, mas a guinada da franquia até este Super Bowl se deu a partir de 2020, com a chegada de Tom Brady, Rob Gronkowski, Leonard Fournette e muitos outros atletas de grande nível. Por muito tempo, se questionou se esse time teria condições de chegar longe, até por ter diversas estrelas. Agora, resta saber qual será o desfecho desta saga.

Super Bowl LV

O grande duelo que decide o título da temporada 2020/21 será no dia 7 de fevereiro, no Raymond James Stadium, em Tampa, às 20h30. A ESPN fará a transmissão do jogo para o Brasil. E no Left Tackle Brasil, você confere a cobertura completa do confronto, através de textos e conteúdos nas nossas redes sociais. 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Deshaun Watson pede para ser trocado do Houston Texans

Atleta está na NFL desde 2017 (foto: Carmen Mandato/Getty Images)


Em um tempo em que os reality shows são um assunto do momento – fora o Super Bowl LV, claro – o que acontece no Houston Texans, se fosse documentado em vídeo em tempo real, seria digno de uma atração dessas campeãs de audiência. A notícia desta quinta-feira, 28 de janeiro, vem como uma bomba atômica para abalar as estruturas do Texans e, principalmente, dos demais times da NFL que estão desesperados à procura por um grande quarterback. Deshaun Watson, atleta com brilhante futuro pela frente, se cansou das constantes decisões sem sentido de Houston, e anunciou que quer deixar a franquia, solicitando que seja trocado.

A informação foi noticiada nesta manhã por Ian Rapoport, repórter do NFL Network. Segundo ele, Watson já havia solicitado informalmente o interesse de sair do Texans há algumas semanas, embora a direção do time ainda estivesse o tentando convencer a ficar. Mas a gota d'água para encerrar a relação do jogador com a franquia foi a contratação do novo treinador, David Culley, ex-técnico de wide receivers do Baltimore Ravens, time que foi o pior em jardas de recepção na temporada regular de 2020, com apenas 2.919 jardas.

A relação de Deshaun Watson com o Houston Texans começou a azedar há alguns dias, quando a franquia anunciou Nick Caserio como seu novo general manager. Caserio era o diretor pessoal de jogadores do New England Patriots. Ao saber da contratação, Watson se mostrou extremamente infeliz com a decisão, até pelo fato de que o dono do Texans, Cal McNair, prometeu ao quarterback que ele ajudaria na escolha do novo general manager, o que não aconteceu.

Deshaun Watson tem 25 anos, e é um dos melhores quarterbacks da NFL na atualidade. Chegou na NFL em 2017, quando foi selecionado no Draft pelo Houston Texans. Em sua carreira profissional, tem 14.539 jardas lançadas, 104 touchdowns e 36 interceptações. Em 2020, Waston foi o líder em jardas lançadas na temporada regular, com 4.823 no total, além de 33 touchdowns e 7 interceptações. Porém, a situação do Texans no ano foi terrível, e o time terminou o ano com a terceira pior campanha geral da liga, com quatro vitórias e 12 derrotas. Em setembro do ano passado, o camisa 4 renovou o seu contrato com Houston, por quatro anos e o salário total de US$ 156 milhões. Em caso de troca, o time que adquirir o quarterback herdará o contrato do jogador.

O Texans chegou neste buraco todo após anos de frustrações com o antigo treinador, Bill O'Brien, que comandou a equipe por sete anos. Foi O'Brien o responsável por aquisições um tanto estranhas, como a contratação do quarterback Brock Osweiller para a temporada de 2016 por US$ 72 milhões, apenas porque ele teve um desempenho não muito comprometedor como titular do Denver Broncos no ano anterior, e que só foi titular porque substituiu Peyton Manning, que estava machucado. Osweiller foi trocado no ano seguinte para o Cleveland Browns, que recebeu uma escolha de segunda rodada no Draft.

Ainda sobre O'Brien, em 2019/20, o Texans chegou aos Playoffs com muita moral, após ter vencido a AFC Sul e ainda ter vencido no Wildcard (a primeira vitória de Deshaun Watson em Playoffs). A decepção veio no Divisional Round, quando o time batia o Kansas City Chiefs fora de casa por 24 a 0, e inacreditavelmente sofreram a virada ainda antes do intervalo, e foram eliminados. Mesmo assim, O'Brien seguiu tendo o respaldo dos McNair para seguir mandando em Houston, e ainda foi promovido a general manager, fazendo trocas ainda mais estranhas, como enviar o principal wide receiver do time, DeAndre Hopkins, ao Arizona Cardinals. Por conta desta e de mais trocas sem nenhum sentido na última Offseason, Houston está sem suas escolhas de primeira e segunda rodada no Draft de 2021. Ainda no ano passado, depois de quatro jogos seguidos com derrota, o Texans finalmente demitiu Bill O'Brien.

Para o futuro, Deshaun Watson poderá ir para uma equipe bem estruturada e que está a um quarterback de brigar por um título de Super Bowl, ou então ir para um time em reconstrução à longo prazo. O Houston Texans perderá um franchise QB, e terá de passar por uma nova mudança em seu elenco. E como não terá escolhas nas duas primeiras rodadas do Draft, talvez a saída de Watson renda à franquia a chance de voltar a aparecer bem mais cedo no recrutamento de calouros da liga. As aventuras deste reality show continuam. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Buccaneers e Chiefs serão os protagonistas do Super Bowl LV

Brady e Mahomes, que já se enfrentaram na atual temporada, serão os quarterbacks protagonistas da decisão (foto: Kim Klement)

De setembro até esta madrugada, foi uma longa temporada da NFL, bastante desafiadora por causa da pandemia da Covid-19, e que driblou todas as possibilidades de cancelamento de jogos. Tivemos inúmeras grandes histórias para contar. E neste domingo, 24 de janeiro, chegamos ao capítulo que antecede o seu final, o das decisões das respectivas conferências, e que definem os dois times classificados ao Super Bowl LV. E na grande partida de daqui a duas semanas, veremos novamente o atual campeão, buscando o bicampeonato, contra um adversário ausente há algum tempo, mas que tem um quarterback de larga experiência conquistando títulos. 

No dia 7 de fevereiro, teremos Tampa Bay Buccaneers e Kansas City Chiefs no Super Bowl LV. A decisão, que será no Raymond James Stadium, em Tampa, na Florida, já é histórica antes mesmo de começar. De um lado, o Chiefs, time que venceu o Super Bowl no ano passado, e que tenta o tricampeonato ao longo de sua história, e também busca o segundo título seguido, o que não acontece em Super Bowls desde os títulos do New England Patriots, em 2004 e 2005. Do outro, o Buccaneers, que vai apenas para a sua segunda decisão em sua história, e que tentará o bicampeonato após 18 anos. A equipe ainda terá o trunfo de ser a primeira na história a jogar o Super Bowl em casa, e contará com Tom Brady, quarterback com seis títulos de Super Bowl e que, se vencer, terá mais títulos que qualquer equipe da liga.

Será a quinta vez em que os quarterbacks titulares irão se enfrentar. Tom Brady e Patrick Mahomes têm duas vitórias cada, sendo que Mahomes venceu os dois últimos jogos contra Brady. O último deles já na temporada de 2020.

Antes de criarmos todas as expectativas para este épico duelo, é importante que você, caro leitor, veja como foi a classificação de ambas as equipes, caso ainda não tenha. Tanto o Buccaneers quanto o Chiefs tiveram um relativo sufoco em algum momento de seus respectivos jogos, mas que conseguiram vencer, e agora, só pensam no Super Bowl.

Buccaneers domina Packers no gelado Lambeau Field, e conquista o título da NFC

Será o 10º Super Bowl na carreira de Tom Brady (foto: Getty Images)


Nos últimos anos, nos acostumamos a ver o Tampa Bay Buccaneers como um time de menor expressão na NFL. Afinal de contas, estamos falando da franquia que, até agora havia ido a apenas um Super Bowl, em 2003, e que desde 2007 sequer frequentava a pós-temporada. De um ano para cá, a equipe passou por uma imensa revolução. Trouxe Tom Brady, que ganhou tudo no New England Patriots e depois de 20 anos resolveu respirar por novos ares. Chegou também diversos outros nomes veteranos e, sob a batuta do técnico Bruce Arians, formou-se uma equipe renovada, e cheia de vontade de vencer. O caminho foi duro, com derrotas que causaram o questionamento da verdadeira força do elenco. E nos mata-matas, mesmo jogando três partidas fora de casa, foram eliminando adversários até terem o direito de serem os primeiros a jogar o Super Bowl em sua casa.

Neste domingo, o Buccaneers venceu o Green Bay Packers por 31 a 26, em pleno Lambeau Field, com uma atuação dominante, principalmente na primeira metade da partida. A vitória veio com sofrimento, já que Tom Brady lançou três interceptações, sendo duas no último quarto, em um momento em que Green Bay diminuía a desvantagem perigosamente. 

Brady passou para 280 jardas e três touchdowns na partida, além das já citadas três interceptações. Ele irá para o décimo Super Bowl de sua carreira e já foi seis vezes campeão. Se vencer, será o segundo na história da NFL a vencer como quarterback titular por dois times diferentes, e ampliará seu recorde individual de títulos para sete – nenhum time da NFL venceu o Super Bowl mais que seis vezes. Do outro lado do campo, o quarterback Aaron Rodgers passou para 346 jardas, três touchdowns e uma interceptação que ajudou a desmontar o Packers na partida. 

O duelo começou com a equipe de Tampa Bay abrindo o placar com um touchdown, em passe de Brady para Mike Evans. Mas cabe ressaltar que nos primeiros minutos as duas defesas faziam um bom jogo. O empate do Packers só veio no segundo quarto, com um grande passe de Aaron Rodgers, daqueles que ele se tornou especialista em fazer. Foi um lançamento de 50 jardas para Marquez Valdes-Scantling. O Buccaneers tratou de voltar à liderança rapidamente, através do TD terrestre de Leonard Fournette. No mesmo período, Green Bay voltou a reagir, mas desta vez com um field goal.

Na medida em que se aproximava do final do segundo quarto, mais uma vez, o Packers tinha a posse de bola. Tudo parecia favorável ao time até Rodgers ser interceptado por Sean Murphy-Bunting. Faltava pouco tempo para o intervalo, mas como o Buccaneers estava no meio-campo, havia tempo o suficiente para, em tese, posicionar o time para um field goal. Depois de converter uma quarta descida, a oito segundos do intervalo, porém em uma difícil parte do campo para um chute, Tampa resolveu ousar. Tom Brady não fez o referido passe curto mencionado acima, mas sim lançou uma bomba para Scott Miller receber o passe para touchdown, de 39 jardas. E com esta jogada de impacto que terminou o primeiro tempo, com o Buccaneers vencendo por 21 a 10.

A volta dos vestiários foi um verdadeiro pavor ao Packers. Logo no começo, Aaron Jones sofreu fumble, que quase foi retornado para touchdown. Mas o TD veio logo no lance seguinte, com Brady passando para o tight end Cameron Brate. Com 18 pontos atrás para recuperar, Green Bay começou a tentar a reação, com calma, até chegar na endzone, com o touchdown de Robert Tonyan, em passe de Rodgers. 

Foi nesse momento em que tudo parecia dar errado ao Buccaneers. Tom Brady acabou interceptado quando tentou passar para Mike Evans. Na sequência, Green Bay conseguiu mais um touchdown, agora em passe curto de Rodgers para Davante Adams. Mesmo com a conversão de dois pontos não dando certo, aquela hora era animadora, pois o jogo estava em uma posse de bola. 

E já no último quarto, o drama de Tampa Bay aumentava, pois Brady foi interceptado de novo. Por sorte, a defesa do Buccaneers impediu o Packers de avançar, forçando sacks em Aaron Rodgers. Na posse de bola seguinte, mais uma vez, Brady lançou a bola nas mãos de um defensor. De novo, o ataque de Green Bay não conseguiu fazer nada e chutou o punt. Na recuperação de posse, desta vez, o Bucs não cedeu nenhum turnover. Tom Brady desistiu de tentar passes longos, e a maior jogada da campanha foi um passe curto para Rob Gronkowski, que avançou 29 jardas. A posse de bola terminou com um crucial field goal.

Atrás no placar por oito pontos, o Packers finalmente acordou com seu ataque para tentar o empate. Em pouco mais de dois minutos e meio, o time ficou até a linha de oito jardas para anotar o touchdown. Estranhamente, na terceira descida, Aaron Rodgers estava com caminho aberto para correr para o TD e assim botar fogo no jogo, mas não correu. Assim, o técnico Matt LaFleur chamou o kicker Mason Crosby para tentar um field goal, e assim tentar a virada na posse de bola seguinte. Crosby acertou o chute, mas o Packers nunca mais teve a posse de bola. Coube a Tom Brady e companhia apenas gastar o relógio até zerar, com o placar de 31 a 26, para comemorar a volta do Buccaneers ao Super Bowl após 18 anos.

Chiefs vence de virada, conquista a AFC, e chega ao Super Bowl pelo segundo ano seguido

Será o segundo Super Bowl da carreira de Patrick Mahomes, que tenta o bicampeonato (foto: Jill Toyoshiba)

Quando Patrick Mahomes se tornou o titular do Kansas City Chiefs, em 2018, apenas um ano depois de ele ter sido escolhido no Draft, se percebeu que, a cada jogo, estávamos diante de uma pessoa diferente, de grande nível. Não a toa, foi o MVP da NFL naquela temporada. Na temporada passada, atingiu o ápice, sendo o campeão do Super Bowl. E agora, terá a oportunidade de conseguir o seu segundo título, e que seria o terceiro da história da franquia, pois o Chiefs venceu o Buffalo Bills por 38 a 24, e estará no Super Bowl LV após grande atuação do camisa 15.

Mahomes lançou, ao todo, para 325 jardas e três touchdowns. Praticamente não teve dificuldades na partida, tirando o único sack sofrido para o Bills. E assim, se tornou o principal nome do jogo. Os principais alvos do QB foram o tight end Travis Kelce, com 118 jardas e dois touchdowns, e Tyrek Hill, que recebeu para 172 jardas. Pelo lado do Bills, Josh Allen passou para 287 jardas, dois TDs e uma interceptação, mas sofreu diversas vezes com a pressão do Chiefs.

O jogo começou com o único momento que realmente foi ruim para o Kansas City Chiefs. A primeira campanha de Buffalo terminou com os primeiros pontos convertidos, apesar de ser apenas um field goal do kicker Tyler Bass. Na posse seguinte do Bills, teoricamente nada aconteceria e o punt foi chutado, mas o wide receiver Mecole Hardman sofreu fumble no lance, e a bola foi recuperada pelo time adversário. No lance seguinte, veio o primeiro touchdown, com passe de Allen para Dawson Knox. 

Por conta do extra point perdido, o Bills vencia por 9 a 0. Assim, Kansas City começou a sua recuperação, ainda de forma lenta. A primeira posse de bola do time que deu certo durou quase sete minutos, e terminou com o TD lançado por Mahomes para Mecole Hardman, aquele que havia errado no lance anterior. Rapidamente veio a virada, através do touchdown de Darrel Williams, e, na sequência, veio o terceiro TD, em corrida de Clyde Edwards-Helaire, já recuperado da lesão que o afastou do jogo contra o Cleveland Browns.

Perto do intervalo, e atrás no placar por 12 pontos, o Bills tratou de reagir. Josh Allen fez bons passes e deixou o Bills perto da endzone, na linha de duas jardas. Mas o técnico Sean McDermott resolveu ir para o field goal na quarta descida. Assim, o jogo foi para o intervalo com a vantagem do Chiefs em 21 a 12.

Ainda eram duas posses de bola para uma possível reação de Buffalo, mesmo com Kansas City anotando um field goal no início do terceiro período. Na sequência, novamente o Bills conseguiu uma campanha promissora, avançando até a linha de oito jardas do Chiefs. Porém, pela segunda vez, o time ficou perto do touchdown, mas anotou um field goal.

Em uma final de conferência fora de casa, chutar field goals contra um ataque tão forte, sem nem tentar arriscar um touchdown, é um risco enorme. E o ataque do Chiefs não teve piedade ante as falhas ofensivas do Bills. Com apenas quatro jogadas, Mahomes e companhia chegaram à endzone mais uma vez, em um passe ousado para Travis Kelce anotar o TD. De novo o time de Buffalo avançou pelo campo entre o final do terceiro período e o início do último quarto, mas desta vez a campanha terminou de um jeito ainda pior, com Josh Allen sendo interceptado. 

O golpe ainda veio na sequência, com o Chiefs cravando mais um touchdown, em passe de Mahomes para Kelce. O Bills ainda esboçou uma reação, pois anotou um TD, em passe de Allen para Isaiah McKenzie e, depois de recuperar um onside kick, conseguiu mais um field goal, Mas logo depois, Kansas City administrou o relógio para a vitória por 38 a 24.

Super Bowl LV será no dia 7 de fevereiro

Em duas semanas, teremos a grande decisão da NFL. O Super Bowl LV começa às 20h30 no horário de Brasília, e terá a transmissão ao vivo pela ESPN na TV brasileira. O Left Tackle Brasil também estará com sua cobertura em tempo real na noite do confronto. Não perca! 

sábado, 23 de janeiro de 2021

A um passo do paraíso: finais de conferência agitam a NFL neste domingo

Brady, Rodgers, Allen e Mahomes, os quatro quarterbacks que continuam na disputa pelo Super Bowl LV

Quatro times, dois jogos, e duas vagas para o Super Bowl LV. As finais de conferência da NFL serão neste domingo, 24 de janeiro, e conheceremos os campeões das conferências Nacional (NFC) e Americana (AFC), e serão estes vencedores que terão o direito de chegar na tão sonhada decisão da NFL, marcada para o dia 7 de fevereiro, em Tampa, na Flórida. E você confere as prévias de cada partida nos parágrafos seguintes.

Rodgers x Brady – lendários QB's se enfrentam em Playoffs pela primeira vez

Tem tudo para ser um grande jogo o duelo entre Green Bay Packers e Tampa Bay Buccaneers, no gelado Lambeau Field, valendo o título da NFC. As expectativas se cercam nos veteranos quarterbacks Aaron Rodgers, pelo Packers, e Tom Brady, do Buccaneers. E mesmo com Rodgers tendo 37 anos, e Brady com 43, este será apenas o quarto confronto entre os dois, e o primeiro em Playoffs, pelo fato de, até 2019, ambos atuarem por conferências distintas. No histórico, Brady tem duas vitórias, em 2018 e 2020, enquanto Rodgers venceu em 2014.

Mas o duelo não vai ser só entre os dois QBs. Praticamente os elencos principais de ambos os times estão confirmados. A ausência confirmada pelo Packers será a do atleta de linha defensiva Kingsley Keke, que se recupera de uma concussão. Já o Buccaneers terá um desfalque no ataque, daquele atleta que não deveria estar na NFL por enfrentar acusações de estupro. Quem for o campeão da NFC, irá interromper uma longa sequência sem estar em um Super Bowl. Apesar de ser um dos times mais tradicionais da história da NFL, o Green Bay Packers não chega a decisão desde 2011, enquanto o Buccaneers, que só tem uma aparição em Super Bowls, tenta ir para o grande jogo pela segunda vez em sua história, o que aconteceu anteriormente em 2003.

Sequência mantida ou novidade na decisão da AFC

Depois dos 50 anos de ausência de um Super Bowl, que não só foram interrompidos em 2020 como também veio o título, agora o Kansas City Chiefs tenta ir além nesta temporada. A franquia deseja ir à decisão da NFL pelo segundo ano consecutivo, e buscará quebrar o tabu do bicampeonato. Desde 2005 que o atual campeão não vence novamente. Por outro lado, o Buffalo Bills é o único dos finalistas de conferência sem um título de Super Bowl. A equipe até foi quatro vezes à decisão, entre 1991 e 1994, mas em todas elas acabou derrotada.

Será o Chiefs o time mandante da partida, por ter tido a melhor campanha da AFC. A expectativa está em torno da saúde do quarterback Patrick Mahomes, que foi liberado do protocolo de concussão e jogará, mas o atleta está com uma lesão no pé, e no confronto com o Cleveland Browns, na semana passada, teve bastante dificuldade para se movimentar em campo até o momento em que deixou a partida. No caso do Bills, todos os principais jogadores estão em condições de atuar, incluindo o quarterback Josh Allen e o wide receiver Stefon Diggs. 

Fique ligado

Às 17h05, pelo horário de Brasília, teremos o primeiro destes dois importantes duelos, entre Green Bay Packers e Tampa Bay Buccaneers. Na sequência, Kansas City Chiefs e Buffalo Bills se enfrentam, a partir das 20h40. Ambos os jogos terão a transmissão da ESPN. E no Twitter, estaremos com nossa cobertura especial das partidas em tempo real.


Matthew Stafford pede para ser trocado do Detroit Lions

Atleta deixa a equipe após 12 temporadas (foto: Kirthmon Dozier/Detroit Free Press)



A Offseason da NFL mal começou para a maioria dos times, e uma despedida agita fortemente o mercado da liga. O quarterback Matthew Stafford, que desde 2009 defende o Detroit Lions, pediu para ser trocado da franquia, e buscará por um novo emprego neste ano. A informação foi confirmada na noite deste sábado, 23 de janeiro, véspera das finais de conferência da atual temporada. 

De acordo com o site da NFL, assim que terminou a temporada regular de 2020, na qual o Lions foi eliminado, Stafford teve conversas com a franquia para definir o seu futuro. O time de Detroit demitiu no ano passado o seu treinador, Matt Patricia, e o general manager, Bob Quinn, demitidos antes mesmo do final da primeira fase da liga. Com a contratação de Dan Campbell como o novo treinador, e de Brad Holmes para o cargo de general manager, o quarterback declarou aos seus colegas que, com estas mudanças, esta era a hora certa de mudar de time.

Stafford ainda tem contrato com o Lions, por mais duas temporadas. Em caso de troca, o time para o qual o jogador defenderia para este ano teria de pagar os US$ 43 milhões restantes de seu atual vínculo. Com a saída do camisa 9, Detroit pode usar a sua escolha de primeira rodada no Draft, a sétima geral em 2021, para ir atrás de um novo QB. 

Com 32 anos, Matthew Stafford viveu toda sua vida na NFL em Detroit. O atleta foi a primeira escolha geral no Draft de 2009, um ano depois do Lions ter sido o primeiro time da história a ter uma temporada com zero vitórias e 16 derrotas. Nestas 12 temporadas, só deixou a titularidade eventualmente quando esteve lesionado, em 27 partidas ao todo. Stafford deixa a franquia com os recordes em jardas lançadas (45.109) e em passes para touchdown (282),  e atuou com três técnicos diferentes, além de um treinador interino. Além disso, o jogador levou seu time aos Playoffs em três oportunidades, em 2011, 2014 e 2016, porém, sem conseguir vencer uma partida de pós-temporada. 

Esta mudança no Lions deixa mais acirrada a disputa por quarterbacks, tanto entre os times que usarão o próximo Draft para ir atrás de um novo jogador, casos de Jacksonville Jaguars, New York Jets e, agora, o próprio time de Detroit, quanto para as franquias que devem usar a Offseason para tentar alguém com mais rodagem via troca, situação de times como New England Patriots, Chicago Bears, Denver Broncos, entre outros. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

NFL doa ingressos do Super Bowl LV a profissionais da saúde

Medida é um reconhecimento da liga para todos os que estão lutando no combate à pandemia (foto: Ron Chenoy)

A NFL confirmou nesta sexta-feira, 22 de janeiro, que doará ingressos ao Super Bowl LV para profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate à Covid-19, e que já foram vacinados contra a doença. Ao todo, 7,5 mil médicos, enfermeiros e demais pessoas que estão lutando diariamente para salvar vidas na pandemia, terão a oportunidade de ver a decisão da liga, marcada para o dia 7 de fevereiro, como forma de homenagem a todo o brilhante trabalho feito nesta dura batalha contra o novo coronavírus.

O anúncio foi feito durante uma live entre o comissário da NFL, Roger Goodell, com diversos médicos e enfermeiros, na qual se tem o registro da doação de ingressos ao Super Bowl.

Segundo informações da NFL, a maioria dos profissionais de saúde que ganharam ingressos são da cidade de Tampa, a sede do Super Bowl, e também da região central do estado da Flórida. Além disso, os 32 times da liga também selecionarão médicos e enfermeiros das suas comunidades locais. Todos os convidados são pessoas que já receberam as duas doses da vacina para a Covid-19.

Durante o jogo, a NFL também fará diversas homenagens para todos na linha de frente no combate à Covid-19 que não estarão presentes no Raymond James Stadium, palco do Super Bowl LV.

Comemorando a decisão, o comissário da National Football League, Roger Goodell, disse que todos devem ter gratidão aos profissionais da saúde por conta de eles colocarem suas vidas em risco diariamente nesta longa batalha contra a Covid-19. "Esperamos, de uma forma pequena, que esta iniciativa inspire nosso país e reconheça esses verdadeiros heróis americanos. Esta também é uma oportunidade para promover a importância da vacinação e das práticas de saúde adequadas, incluindo o uso de máscaras em ambientes públicos", completa.

Além dos 7,5 mil profissionais de saúde, a liga confirmou que outros 14,5 mil torcedores estarão no estádio acompanhando a partida, totalizando 22 mil pessoas, o que dá cerca de um terço da ocupação total do Raymond James Stadium. Para os demais que estarão in loco para acompanhar o Super Bowl, haverá também a obrigatoriedade do uso de máscaras e do distanciamento social.

Covid-19

Mesmo com a vacinação já iniciada em dezenas de países, ainda há muita luta contra a Covid-19 em todo o mundo. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, 97,6 milhões de pessoas em todo o mundo já contraíram a doença, com a triste marca de 2.094.191 mortes.

Os Estados Unidos continuam com alta taxa de novos casos e mortes, e lideram em ambas as estatísticas por país. Também segundo a Johns Hopkins, são 24,6 milhões de norte-americanos que tem ou já tiveram o novo coronavírus, com 410.383 óbitos. Atualmente o Brasil é o terceiro em número de casos no mundo, e o segundo com mais mortes. As informações do consórcio de veículos de imprensa desta quinta-feira, 21, indicam que são 214.228 vidas perdidas e 8.699.814 casos confirmados de Covid em solo brasileiro.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Maratona NFL – Temporada 3, episódio 24 – Expectativas para as finais de conferência e análise dos novos técnicos na NFL



O Maratona NFL desta semana fala, principalmente, das finais de conferência da NFL, que serão no próximo domingo, 24 de janeiro. Mia Mastrocolo, Carlos Oliveira e Ruan Nascimento debateram sobre quais serão os pontos de importância nos duelos entre Green Bay Packers e Tampa Bay Buccaneers, e entre Kansas City Chiefs e Buffalo Bills.

Além disso, o programa também comenta outros assuntos, como: a aposentadoria de Philip Rivers; as contratações dos novos técnicos do New York Jets, Los Angeles Chargers e Detroit Lions; a nomeação da árbitra Sarah Thomas para atuar no Super Bowl LV – a primeira mulher a atuar na arbitragem em uma decisão da NFL; entre outros assuntos.

Ouça conosco no Spotify, no Apple Podcasts ou em demais plataformas, pelo Anchor.

Ou, se preferir, ouça abaixo. 

TBT do LT #3 – A última vez em que os sobreviventes de 2020/21 chegaram a uma final de conferência

Títulos da AFC e da NFC serão decididos neste domingo, 24 de janeiro

Após uma longa pausa, voltamos com o nosso quadro "TBT do LT", que busca trazer fatos do passado da NFL, sempre tentando, de alguma forma, contextualizá-los com o presente da liga. E nesta quinta-feira, 21 de janeiro, lembramos que falta muito pouco para as finais de conferência. Domingo, 24 de janeiro, conheceremos os dois times que chegarão ao Super Bowl LV, que será em 7 de fevereiro.

Mas antes de falarmos em Super Bowl, é necessário vencer as finais da NFC e AFC. Os quatro sobreviventes da temporada 2020/21 já chegaram à decisão da NFL. Porém, só o Buffalo Bills ainda não está no clube dos campeões. O Tampa Bay Buccaneers tem um título, o Kansas City Chiefs é bicampeão e o Green Bay Packers tem quatro Troféus Vince Lombardi (e se contarmos a era pré-Super Bowl, é o Packers o maior campeão, com 13 títulos).

Neste TBT do LT, você vai ver como foi a última vez em que estes quatro times chegaram a uma decisão de conferência. Curiosamente, três destes quatro, na ocasião passada, chegaram ao Super Bowl. 

Kansas City Chiefs, 2020



Para o Kansas City Chiefs, o TBT do LT nem é tão antigo assim, pois, é sempre bom recordar, estamos falando do atual campeão do Super Bowl. É a terceira final de conferência consecutiva para a franquia do técnico Andy Reid. 

No ano passado, o Chiefs também jogou em casa a decisão da Conferência Americana. A vitória que levou a franquia ao Super Bowl pela primeira vez em 50 anos foi sobre o Tennessee Titans, por 35 a 24, em um grande confronto. O quarterback Patrick Mahomes foi o destaque da partida, passando para 294 jardas e três touchdowns, e conseguiu uma grande corrida para TD. Aqui no Left Tackle Brasil, cobrimos como foi este confronto, assim como a final da NFC, na qual teve a participação do Green Bay Packers. 

 Green Bay Packers, 2020



Também foi no ano passado a última participação do Green Bay Packers em uma final de conferência. Pela NFC, o time chegou até aquela decisão com a segunda melhor campanha na temporada regular. Portanto, viajou para enfrentar o San Francisco 49ers. Na ocasião, o time do quarterback Aaron Rodgers foi completamente anulado pela defesa adversária, principalmente no primeiro tempo, em que sequer pontuaram. O setor defensivo, por sua vez, sucumbiu ao jogo terrestre do running back Raheem Mostert, que correu naquele dia para quatro touchdowns. Assim, o Packers perdeu o jogo por 37 a 20. 

Neste ano, a vida do Packers na final da NFC será um pouco diferente. O time decidirá o título da conferência em casa pela primeira vez desde 2008. Além disso, a franquia tentará voltar a um Super Bowl pela primeira vez em dez anos. E enfrentará um Tampa Bay Buccaneers bastante motivado.

Tampa Bay Buccaneers, 2003



Dezoito anos depois, o Tampa Bay Buccaneers volta a uma final de conferência. Se hoje o time tem um dos melhores quarterbacks da história, Tom Brady, para retomar ao caminho de vitórias depois de muito tempo, lá em 2002/03, a situação era um pouco diferente. Naquela época, o time era treinado pelo técnico Jon Gruden, hoje comandante do Las Vegas Raiders, e era uma equipe muito forte em seu setor defensivo. 

A decisão da NFC em 2003 foi fora de casa para o Buccaneers, contra o Philadelphia Eagles. Sendo um time de uma cidade com clima mais ameno, a franquia sofreu sob um clima congelante de zero grau. Mas em campo, o jogo foi bem tranquilo. A equipe venceu por 27 a 10, e se classificou para o primeiro e único Super Bowl de sua história até aqui. O quarterback da época, Brad Johnson, passou para 259 jardas e um touchdown, sendo o principal nome ofensivo do time. Uma semana depois, o Buccaneers conquistaria seu primeiro título de Super Bowl, em vitória sobre o Oakland Raiders.

Buffalo Bills, 1994



Curiosamente, a última vez em que o Buffalo Bills foi a uma final de conferência teve justamente o Kansas City Chiefs como adversário. A franquia vivia a melhor era de sua história, sob o comando do quarterback Jim Kelly e do técnico Marv Levy. Só havia um problema. A equipe tinha chegado aos três Super Bowls anteriores e perdido todos eles.

Na temporada de 1993, novamente o Bills era o time a ser batido dentro da AFC. Se classificou como o melhor da Conferência Americana. Na decisão, um Chiefs que estava com um dos maiores quarterbacks da história da NFL: Joe Montana, já em seus últimos anos de carreira. No confronto, uma vitória tranquila de Buffalo, por 30 a 13, com o destaque negativo para a ausência de Montana pela maior parte do jogo, por ter tido uma concussão. O título da Conferência Americana foi para Buffalo pelo quarto ano seguido, mas na sequência, veio também a quarta derrota consecutiva em um Super Bowl, para o Dallas Cowboys.

Finais de conferência serão neste domingo

O dia 24 de janeiro marca mais um capítulo nesta fase final da temporada de 2020/21, com as finais de conferência. Às 17h05, abrem os trabalhos nos jogos decisivos o confronto entre Green Bay Packers e Tampa Bay Buccaneers, valendo o título da NFC. Depois deste jogo, às 20h40, haverá a final da AFC, entre Kansas City Chiefs e Buffalo Bills. Os dois duelos terão a transmissão da ESPN para o Brasil.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Philip Rivers anuncia a sua aposentadoria da NFL após 17 temporadas

Rivers deixa a carreira profissional como o quinto com mais passes para TD e mais jardas lançadas (foto: Troy Taormina/USA Today Sports)


Um dos principais quarterbacks da NFL nos últimos 17 anos anunciou que pendurará as chuteiras a partir de agora. Philip Rivers, de 39 anos de idade, deixará os gramados. O agora ex-quarterback do Los Angeles Chargers e do Indianapolis Colts confirmou a informação nesta quarta-feira, 20 de janeiro, em entrevista para o repórter Kevin Acee, do jornal The San Diego Union-Tribune's. 

Rivers deixa o futebol americano com algumas marcas notáveis. Foi oito vezes selecionado para o Pro Bowl, Comeback Player of the Year da NFL em 2013, líder em jardas lançadas na temporada de 2010, líder em passes para touchdown na temporada de 2008, entre outras marcas. Além disso, o quarterback encerra a sua carreira como o quinto com mais jardas lançadas, 63.440, o quinto em passes para TD na história da NFL, com 421, atrás apenas de Tom Brady, Drew Brees, Peyton Manning e Brett Favre. 

Sua carreira iniciou pela universidade de North Carolina State, no futebol americano universitário. Seu desempenho por lá, entre 2000 e 2003, o credenciou para ser um dos principais prospectos de quarterbacks para o Draft da NFL de 2004. Apesar de ter se consolidado como um jogador do San Diego/Los Angeles Chargers, a ida para a equipe residida na California só se deu por conta de uma atípica situação. Originalmente draftado pelo New York Giants, Rivers foi trocado para o Chargers, pois o também quarterback Eli Manning foi selecionado pela franquia de San Diego (na época), e deixou bem claro que não queria jogar lá.

Até 2019, Rivers foi o quarterback do Chargers (foto: David Eulitte/Getty Images)


Apesar da chegada na NFL em 2004, só virou titular a partir de 2006, após a saída de Drew Brees para o New Orleans Saints. Rivers nunca perdeu um jogo como titular no Chargers. O melhor ano do time com o seu comando na posição foi na temporada de 2007, quando o time foi até a final da AFC, ficando pelo caminho a um jogo de ir para o Super Bowl. Ao longo deste caminho, faltou o título de Super Bowl, e faltou até mesmo ter um elenco melhor para atuar junto, assim como também deu o azar de não ter um treinador melhor.

Rivers consolidou sua vida em San Diego. Morava na cidade com sua esposa e seus nove filhos mesmo depois da temporada de 2016, quando o Chargers se mudou para Los Angeles – a cerca de 300 km de San Diego. Porém, o desempenho da franquia, e dele, individualmente, já não era dos melhores. E na última offseason, em 2020, ficou claro que a relação entre Rivers e o Chargers chegaria ao final. Inicialmente se acreditava que a aposentadoria viria no ano passado, mas o Indianapolis Colts deu uma última chance ao jogador, e o contratou.

Em sua última temporada como profissional, passou para 4.169 jardas, 24 touchdowns e 11 interceptações, sendo um dos principais nomes do Colts, que se classificou aos Playoffs. Seu último jogo foi no Wildcard, contra o Buffalo Bills, em que passou para 309 jardas e dois touchdowns, na derrota da equipe de Indianapolis por 27 a 24. 

Ainda não se sabe qual será a vida de Rivers após a aposentadoria, se irá ocupar algum outro cargo ou se apenas ficará com sua grande família. Mas a saída do camisa 17 da NFL representa que estamos cada vez mais próximos da saída de todos os principais QBs que brilharam nos anos 2000. Já foi assim com Peyton Manning, Tony Romo, Brett Favre e será assim com outros que ainda jogam, como Drew Brees e Tom Brady. Mas faz parte do ciclo de qualquer esporte, as partidas de ídolos do passado, e a chegada de futuros grandes jogadores.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

No dia da vacina, Chiefs e Buccaneers avançam para as finais de conferência

Buccaneers de Tom Brady volta a uma final de conferência após 18 anos (foto: Brett Duke/AP)

É difícil falar deste domingo, 17 de janeiro, sem mencionar o fato de que a vacinação contra a Covid-19 começou no Brasil, dada a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial das vacinas Coronavac e de Oxford, que estão sendo produzidas em nosso país. Mas além desta notícia maravilhosa, e que nos enche de esperanças, este dia foi também de termos a oportunidade de ver mais dois jogos do Divisional Round, a segunda fase dos Playoffs da NFL.

E os dois duelos foram bem marcantes. No primeiro deles, o Kansas City Chiefs venceu o Cleveland Browns, em partida em que os atuais campeões viveram uma dramática situação, sem o quarterback Patrick Mahomes na metade final da partida, dada uma concussão sofrida. E o segundo confronto, o último desta fase, o Tampa Bay Buccaneers bateu o New Orleans Saints fora de casa, em um jogo que pode ter significado o fim da carreira do lendário quarterback Drew Brees, e que permite a Tom Brady a chance de disputar mais uma final de conferência. 

Agora, o Chiefs vai receber o Buffalo Bills em sua casa no próximo domingo, 24 de janeiro, na decisão da AFC. E na final da NFC, o Green Bay Packers, que venceu no sábado, 16, jogará contra o Buccaneers. Os vencedores destes confrontos irão ao Super Bowl LV, agendado para o dia 7 de fevereiro, no Raymond James Stadium, em Tampa, na Florida. Veja abaixo como foram estes dois duelos. 

Leia também: Packers e Bills abrem o Divisional Round com vitória 

Mahomes sofre concussão e, no drama, Chiefs elimina Browns

Reserva do Chiefs, Chad Henne vira herói improvável (foto: Charlie Riedel/AP)


Quem viu o primeiro tempo do jogo entre Kansas City Chiefs e Cleveland Browns, imaginou que o time atual campeão do Super Bowl avançaria para a final de conferência com tranquilidade. Afinal de contas, o placar estava em 19 a 3. Mas no futebol americano, assim como na vida, em um lance, tudo pode mudar. No terceiro quarto, o Chiefs conviveu com o drama de ficar sem o quarterback Patrick Mahomes, diagnosticado com uma concussão. Soma-se isso ao fato de o Browns encostar no placar perigosamente até os minutos finais. Mas ao final de tudo, veio o alívio. Cleveland não conseguiu virar, e Kansas City venceu o jogo por 22 a 17.

Antes da lesão, Mahomes havia passado para 255 jardas e um touchdown, além de ter tido um TD terrestre. A equipe também estava sem o seu principal running back, Clyde Edwards-Helaire, lesionado, e quem mais apareceu correndo com a bola foi Darrel Williams, com 78 jardas. Pelo lado do Browns, Baker Mayfield foi peça importante para comandar a quase recuperação, passando para 204 jardas, um touchdown e uma interceptação.

Logo no começo da partida, o Chiefs teve a primeira campanha ofensiva já mostrando para o que veio. Ora os passes de Mahomes funcionavam, ora as corridas. Na linha de uma jarda, coube ao camisa 15 correr pelo lado direito da linha ofensiva para anotar o primeiro touchdown do jogo – o extra point foi perdido. Logo na sequência, o Browns diminuiu no placar com um field goal do kicker Cody Parkey. 

Em sua segunda posse de bola, entre o primeiro e segundo quarto, o Chiefs ampliou sua vantagem. A jogada foi mais um touchdown, em passe de Mahomes para Travis Kelce. Enquanto isso, o Browns ofensivamente não conseguia avançar muito pelo campo. Aproveitando-se disso, Kansas City voltou a pontuar, agora com um field goal de Harrison Buttker. Nos instantes que antecederam o intervalo, finalmente Cleveland conseguia fazer uma boa campanha. Baker Mayfield começou a conectar grandes passes, até que Rashard Higgins sofreu um inglório fumble na linha de uma jarda. A bola não foi recuperada por ninguém e só saiu de campo depois de entrar na endzone. Pela regra, quando isso acontece, é turnover consumado e o time de defesa começa atacando da linha de 20 jardas em seu próprio campo. E com um erro tão duro, o Chiefs logo aproveitou para anotar mais três pontos, em mais um field goal.

A vantagem de Kansas City era de 19 a 3 no intervalo, e tudo ainda parecia conspirar para a vitória, pois logo no início do terceiro quarto, Mayfield foi interceptado em seu campo de defesa, mas o Chiefs não aproveitou o turnover e Buttker errou sua tentativa de field goal. Na sequência, o Browns se recuperou até que finalmente veio o primeiro touchdown, com Mayfield lançando a bola para Jarvis Landry.

Depois disso, veio o drama para o Chiefs. Em uma terceira descida curta, Mahomes foi correr com a bola para garantir o first down. No tackle sofrido, bateu a cabeça e claramente não parecia estar saudável. Imediatamente foi retirado de campo para o protocolo de concussão. Assim, entrou em campo Chad Henne, o reserva, até o restante da partida. Nesta posse de bola, a equipe pontuou com mais um field goal, pois o jogo terrestre fluiu. 

No último período, o Browns protagonizou uma longa campanha, alternando entre passes e corridas, até o touchdown terrestre. O jogo ficava em uma posse de bola. Parecia que o momento todo seria de Cleveland, pois na posse de bola seguinte, Chad Henne, tentando se consagrar com um touchdown com o Chiefs em área de field goal, lançou um passe imenso para ser interceptado. Porém, a defesa de Kansas City funcionou, e impediu que o Browns capitalizasse o turnover com pontos. Quando os atuais campeões do Super Bowl recuperaram a posse, nunca mais a perderam, mas não sem antes ter mais drama. Na jogada seguinte ao Two Minute Warning, quando o relógio para faltando dois minutos para o fim, o Chiefs tinha uma terceira descida para 14 jardas, e Henne quase a converteu. O lance seguinte, uma quarta descida em seu campo de defesa, foi a jogada derradeira, com o quarterback reserva lançando um passe curto para Tyrek Hill, curto, mas suficiente para a jogada da vitória por 22 a 17.


Será a terceira final de conferência consecutiva do Kansas City Chiefs, que tenta em 2021 o seu terceiro título de Super Bowl, o segundo de forma consecutiva. A preocupação agora é com a situação de Mahomes. Por estar com concussão, um médico independente avaliará o atleta diariamente. É incerto dizer neste momento se o camisa 15 jogará a próxima partida.

Brady comanda virada do Buccaneers, e vai para a sua 14ª final de conferência

Brady passou para dois touchdowns e também correu para um TD

Tom Brady tem 43 anos de idade. Por mais consagrada que já seja sua carreira, chega a um nível insano o fato de ele seguir como um dos melhores quarterbacks da NFL na atualidade com mais de 20 anos de carreira profissional. E neste domingo, liderando o Tampa Bay Buccaneers, foi o principal destaque na vitória por 30 a 20 sobre o New Orleans Saints. Brady passou para 199 jardas e dois touchdowns, e também correu para um TD. Com a vitória, o jogador irá para a sua 14ª final de conferência na carreira. Se o camisa 12 fosse uma franquia da NFL, ele seria o quarto com mais presença no jogo que antecede o Super Bowl, atrás de Pittsburgh Steelers (16), San Francisco 49ers (16) e New England Patriots (15).

Além da classificação do time de Tampa, o jogo pode ter marcado o fim de uma era na National Football League. Ainda não está confirmado, mas provavelmente foi o último jogo da carreira de Drew Brees, o quarterback do New Orleans Saints. Segundo Adam Schefter, da ESPN dos Estados Unidos, o atleta penduraria as chuteiras após o final da temporada de 2020/21. Com 41 anos, Brees teve uma atuação difícil, passando para 134 jardas, um touchdown e três interceptações.

Desde o início, o jogo se mostrou bastante equilibrado. Quem abriu o placar foi o Saints, com um field goal de Will Lutz, pouco depois de um grande retorno de punt de Deonte Harris. Na posse de bola seguinte, New Orleans ampliou, novamente com um field goal. Já no início do segundo quarto, o Buccaneers teve seus primeiros pontos garantidos, também através de um chute, por Ryan Succop. A equipe de Tampa virou o jogo depois da primeira interceptação lançada por Drew Brees, que quase virou pick six. Na jogada seguinte, veio o primeiro touchdown, em passe curto de Tom Brady para Mike Evans. 

Logo depois, o Saints virou o jogo. Sem Taysom Hill, o famoso quarterback reserva versátil, que é um verdadeiro faz tudo em New Orleans, o time fez das suas graçolas com outro QB. Jameis Winston entrou em campo em uma jogada para lançar um passe de 56 jardas ao wide receiver Tre'Quan Smith, e assim virar no placar. Antes do intervalo, houve tempo ainda para o Buccaneers empatar, novamente através de um field goal.

Já no terceiro quarto, o Saints voltou à liderança no placar com um touchdown, agora com Drew Brees fazendo o passe para Tre'Quan Smith. Na posse de bola seguinte, mesmo quando o Saints ainda vencia, a equipe passou a conviver com os turnovers. Brees fez o passe para Jared Cook, que sofreu fumble. Pouco depois do turnover, o Buccaneers empatou o jogo, com passe curto de Tom Brady para o running back Leonard Fournette.

Nos 15 minutos finais, veio a virada da equipe de Tampa, com mais um field goal. Ainda teria muito tempo de jogo pela frente, mas o equilíbrio que se viu durante todo o confronto não foi visto no quarto período. Drew Brees lançou sua segunda interceptação, o que deixou o Buccaneers na linha de 20 jardas. Pouco depois, o time visitante ampliou sua vantagem, com Brady fazendo a famosa "QB sneak", quando o próprio quarterback dá a cara à tapa e avança sobre a linha ofensiva para tentar ganhar poucas jardas.

Ainda houve uma última posse de bola para o Saints, que também terminou com interceptação de Drew Brees, que ficou visivelmente abatido, já que poderia ser seu último jogo como profissional. Com o turnover, o Buccaneers foi ganhando jardas o suficiente até deixar o relógio zerar. 

Com a vitória, o Tampa Bay Buccaneers volta a uma final da NFC após 18 anos. Na última vez em que disputaram a decisão da Conferência Nacional, chegaram ao Super Bowl XXXVII, em 2003. Além disso, a equipe de Tampa tentará ser a primeira na história a jogar o Super Bowl em sua casa.

Finais de conferência serão no dia 24

Agora restam apenas mais quatro equipes na disputa pelo Super Bowl LV. No próximo domingo, 24 de janeiro, ocorrerão as decisões das duas conferências. Na NFC, Green Bay Packers e Tampa Bay Buccaneers abrem os trabalhos, e entram em campo às 17h05 (horário de Brasília). A decisão da AFC será na sequência, às 20h40, entre Kansas City Chiefs e Buffalo Bills.

domingo, 17 de janeiro de 2021

Packers e Bills abrem o Divisional Round com vitória

Time de Green Bay volta a decidir o título da NFC em casa após 13 anos

Já sabemos quem são os dois primeiros times classificados para as finais de conferência da NFL, no último passo para definir as equipes classificadas ao Super Bowl LV. Neste sábado, 16 de janeiro, Green Bay Packers e Buffalo Bills venceram os seus confrontos do Divisional Round, e agora ficam a um passo de chegar à grande decisão da National Football League, agendada para o dia 7 de fevereiro, em Tampa, na Florida.

Se Packers e Bills avançaram, ficaram pelo caminho Los Angeles Rams e Baltimore Ravens. E neste domingo, será a vez de conhecer os outros finalistas de conferência. Às 17h05 (de Brasília), o Kansas City Chiefs recebe o Cleveland Browns. E na sequência, às 20h40, é a vez do jogo entre New Orleans Saints e Tampa Bay Buccaneers.

Abaixo, veja como foi cada um dos dois primeiros duelos do Divisional Round. 

Leia também: No dia da vacina, Chiefs e Buccaneers avançam para as finais de conferência

Aaron Rodgers brilha novamente, e Packers vence Rams com tranquilidade

Rodgers decidirá o título da NFC em casa pela primeira vez na carreira (foto: Getty Images)

Após a merecida folga do Wildcard por ter tido a melhor campanha geral da NFC, o Green Bay Packers voltou à campo neste sábado com uma grande atuação, e venceu o Buffalo Bills por 32 a 18 em pleno Lambeau Field, e vai para a final da Conferência Nacional. Com a vitória, Green Bay jogará pelo segundo ano seguido o jogo que definirá o representante da NFC no próximo Super Bowl. 

E o resultado é representativo, pois será a primeira vez, desde 2008, que o Green Bay Packers decidirá o título da NFC jogando em casa. Além disso, o quarterback Aaron Rodgers terá o privilégio de ser o titular nesta situação pela primeira vez na carreira. Por falar no camisa 12 do Packers, ele teve mais uma grande atuação em campo, passando para 296 jardas e dois touchdowns, além de um TD terrestre. Por outro lado, no Rams, o destaque foi para a ausência do wide receiver Cooper Kupp e a má atuação do defensive end Aaron Donald, que claramente não jogou com 100% de condições, pois havia se machucado na semana passada.

O começo da partida foi bastante travado, com as defesas funcionando com maior eficácia. Talvez também se explica pelo frio que fazia em Green Bay, em que a temperatura ficou próxima de zero grau na maior parte do confronto, com direito a alguns flocos de neve em determinado momento. Quem abriu o placar foi o Packers, ainda em sua primeira posse de bola, com um field goal do kicker Mason Crosby. Na sequência, o Rams empatou o jogo, através do chute de Matt Gay. 

Já no início do segundo período, o Packers garantiu o primeiro touchdown da partida. Depois de uma longa campanha, de mais de sete minutos, Aaron Rodgers improvisou um passe para Davante Adams na linha de uma jarda. Não demorou muito e Green Bay voltou a ampliar no marcador, agora com uma corrida do próprio Rodgers. Como o extra point foi perdido desta vez, a partida estava em nove pontos de vantagem para o Packers. Pouco antes do intervalo, finalmente o Rams teve um bom momento ofensivo, com o seu primeiro TD, em passe de Jared Goff para Van Jefferson, pouco antes do intervalo, mas com tempo suficiente para que Aaron Rodgers lançasse dois grandes passes para Robert Tonyan e Davante Adams, permitindo que Crosby fizesse mais um field goal. O jogo foi para o intervalo com vantagem de 19 a 10 para o time da casa.

Quando começou o terceiro quarto, o Packers seguiu dominante, e pontuando. O running back Aaron Jones ampliou a vantagem com mais um TD, deixando o jogo em 15 pontos de vantagem, já que a tentativa de conversão de dois pontos não deu certo. Na sequência, finalmente o Rams teve um bom momento defensivo, impedindo pela primeira vez que Green Bay pontuasse em uma posse de bola. Na sequência, Los Angeles deixou o jogo em uma posse de bola, com o touchdown terrestre de Cam Akers, que também garantiu a conversão de dois pontos. Porém, no último quarto, Aaron Rodgers mostrou por que merece encerrar a temporada de 2020/21 como o MVP. Ele lançou um passe gigantesco para Allen Lazard anotar o TD de 58 jardas. Nos minutos finais, o ataque do Rams não conseguiu fazer mais nada, e ao Packers, coube apenas as famosas ajoelhadas em campo para garantir a vitória por 32 a 18.

Em dois anos com o técnico Matt LaFleur, o Green Bay Packers chega à final da NFC pelo segundo ano consecutivo. A equipe tenta voltar a um Super Bowl pela primeira vez desde 2011. Naquela ocasião, o time foi o campeão.

Bills mata o jogo no terceiro quarto, elimina Ravens, e volta a uma final de conferência após 27 anos

Bills continua na luta por seu primeiro título de Super Bowl (foto: Rich Barnes)

Em um duelo mais travado que o esperado, o Buffalo Bills venceu o Baltimore Ravens por 17 a 3, no segundo jogo do Divisional Round. A vitória leva a equipe para a final da AFC, o que não acontecia desde 1994. 

O duelo, realizado no Bills Stadium, nos arredores de Buffalo, foi marcado pelo constante vento, o que atrapalhou demais os kickers dos dois times. Porém, uma sequência de lances do terceiro período foi favorável ao Bills, que confirmou o resultado positivo. Josh Allen, o QB de Buffalo, passou para 206 jardas e um touchdown. Já Lamar Jackson, o quarterback do Ravens, acertou 14 passes, para 162 jardas e uma interceptação que acabou retornada para touchdown. Jackson não jogou no último quarto, pois entrou no protocolo de concussão após bater a cabeça no campo. 

O primeiro quarto já começou atípico logo de cara. O Baltimore Ravens, que teve a primeira posse de bola, ficou em área de field goal, e o kicker Justin Tucker – um dos melhores da NFL na atualidade, é bom frisar isso sempre – errou o chute de 41 jardas. Devido ao mau tempo, foi difícil para ambos os times a conquista de muitas jardas em campo. Apesar disso, o Bills conseguiu abrir o placar, com um field goal de Tyler Bass, vindo como consequência de um punt muito mal executado por Baltimore. Mas no segundo quarto, o kicker de Buffalo também teve um erro para chamar de seu. 

Na sequência, o Ravens teve outro momento bom para tentar pontuar, mas novamente Justin Tucker errou. O segundo período se resumiu a posses de bola que não resultaram em nenhum grande lance, e apenas perto do intervalo que Baltimore empatou o jogo, com Tucker se redimindo dos erros anteriores. 

A volta do intervalo mobilizou os ataques para que conseguissem uma atuação melhor. E pelo menos o Buffalo Bills conseguiu isso. Josh Allen realizou passes importantes, e na linha de três jardas, fez o passe para touchdown para o seu principal alvo ao longo desta temporada: Stefon Diggs. Após isso, o Ravens teve a posse de bola e finalmente tinha uma boa campanha ofensiva. Lamar Jackson estava resolvendo bem, com corridas e passes importantes. Baltimore chegou na redzone, e por muito pouco não conseguiu o touchdown. Porém, na terceira descida, veio o lance que mudou de vez o confronto. Jackson tentou lançar para Mark Andrews, mas foi interceptado por Taron Johnson, que retornou mais de 100 jardas para anotar o TD.

Quando se ocorre um touchdown vindo de pick six, o ataque que sofreu o turnover imediatamente volta à campo. Lamar Jackson levou azar em um snap muito mal feito, quase levou o safety e jogou a bola fora na iminência de ser sacado. O lance gerou uma falta e, para piorar, Jackson caiu sozinho no lance e bateu a cabeça. Ele sofreu uma concussão e não voltou mais para o jogo.

No último quarto, o Ravens até tentou a reação com o quarterback Tyler Huntley, mas não foi possível. Nem mesmo um field goal perdido por Buffalo evitou a reação de Baltimore, sem o seu QB titular. Ao final da partida, o Bills venceu por 17 a 3.

Mais dois jogos fecham o Divisional Round

Às 17h05, terá a partida entre Kansas City Chiefs e Cleveland Browns. Quem vencer, enfrenta o Buffalo Bills na final da AFC. Se o Chiefs vencer, a decisão da conferência será no Arrowhead Stadium. Porém, se o Browns levar a melhor, a partida seguinte contra o Buffalo Bills será na casa da franquia de Buffalo.

O último jogo será às 20h40, entre New Orleans Saints e Tampa Bay Buccaneers. Quem vencer, jogará fora de casa contra o Green Bay Packers, já garantido com o mando de campo por ter tido a melhor campanha da Conferência Nacional. 

sábado, 16 de janeiro de 2021

Juventude x Experiência: o que divide os quarterbacks titulares destes Playoffs

Drew Brees e Tom Brady farão o duelo entre os quarterbacks mais velhos da história da NFL (foto:Butch Dill/AP) 

Passado o Wildcard, chega a hora de apreciarmos o Divisional Round, as semifinais das conferências da NFL, na segunda fase dos Playoffs da temporada de 2020/21. Agora, apenas oito dos 32 times da liga ainda estão vivos nos Playoffs, na luta para saber quem ganhará o Super Bowl LV, em 7 de fevereiro. 

E antes dos confrontos destes dias 16 e 17 de janeiro, algo chama a atenção se olharmos pela ótica dos quarterbacks titulares, destacando principalmente pela idade dos jogadores da principal função de ataque. Os QBs que jogam pelos times da AFC têm média de idade de 24,5 anos, enquanto os titulares da NFC têm a média de idade em 36,75 anos. Ou seja, é possível que o próximo Super Bowl seja um duelo entre juventude versus experiência nesta posição.

Mas claro, pode haver uma exceção. A média de idade da NFC é alta, mas Jared Goff, o jogador do Los Angeles Rams, tem 26 anos. Ele faz esta média cair, na comparação com Aaron Rodgers (37), do Green Bay Packers; Drew Brees (41), do New Orleans Saints; e Tom Brady (43), pelo Tampa Bay Buccaneers. Já na AFC, a situação é completamente oposta. O quarterback mais velho é Baker Mayfield, do Cleveland Browns. Ele tem 25 anos, assim como Patrick Mahomes, do Kansas City Chiefs, e Josh Allen, do Buffalo Bills. O mais novo é Lamar Jackson, que tem 24 anos.

Por isso, vamos conhecer um pouco sobre cada um destes QBs. De um lado, todos jovens, com três ou quatro temporadas como profissionais. Do outro, três experientes nomes graúdos, já consagrados em suas carreiras e que certamente irão ao Hall da Fama após suas aposentadorias, e Jared Goff – Goff é um ano mais velho que Mayfield, mas como está do lado dos experientes, falaremos dele sob o olhar que pode destronar os mais velhos nesta pós-temporada.

Os jovens da AFC

Enquanto Mahomes já tem um Super Bowl, Mayfield está em seu primeiro ano nos Playoffs (foto: Ken Blaze/USA Today Sports)

Começamos por Patrick Mahomes. Foi ele o cara responsável pelo título do Kansas City Chiefs no ano passado, 50 anos depois da conquista anterior, lá em 1970. Mahomes também é o QB mais experiente entre os remanescentes da AFC, pois chegou à NFL em 2017 – apesar de só ter virado titular em definitivo em 2018. O jogador já foi o MVP da NFL, e nas duas últimas temporadas, em ambas foi até a final da conferência, sendo, claro, o desempenho em 2019/20 tido como o melhor, na qual a franquia de Kansas City levou o tão sonhado Troféu Vince Lombardi.

Entre os demais semifinalistas da Conferência Americana, temos um estreante em Playoffs: Baker Mayfield. O jogador do Cleveland Browns foi o primeiro a ser escolhido no Draft em 2018, aquele em que cinco QBs foram selecionados na primeira rodada – sendo três deles semifinalistas da AFC. Mayfield liderou o Browns para uma histórica recuperação. A franquia, que por anos ficava entre as piores de toda a NFL, foi evoluindo aos poucos, até chegar ao grande desempenho nesta temporada de 2020/21. Mayfield atingiu o maior rating da carreira, passando para 26 touchdowns e oito interceptações. O avanço de Cleveland até este Divisional, com direito à épica vitória sobre o Pittsburgh Steelers, também tem o mérito do setor defensivo, um dos mais consistentes da liga na atualidade.

Selecionados em 2018 no Draft, Lamar Jackson e Josh Allen vivem bom momento na carreira (foto: John Munson/AP)

Lamar Jackson, do Baltimore Ravens, chega ao Divisional Round após ter quebrado um importante tabu, o da primeira vitória na pós-temporada. O camisa 8 de Baltimore também chegou na NFL em 2018, e foi à pós-temporada em todos os seus três anos como profissional. Mesmo sendo o MVP de 2019, Jackson convivia com a situação de não ter vencido ainda um jogo de Playoff. Isso acabou após a grande atuação contra o Tennessee Titans, na vitória por 20 a 13. E agora, ele e sua equipe tentarão ir ainda mais além neste final de temporada.

Finalizando na era dos jovens QBs da AFC, falamos de Josh Allen, do Buffalo Bills. Ele vive a melhor fase de sua carreira até agora. Na temporada regular, Allen passou para 4544 jardas, 37 touchdowns e dez interceptações. O jogador do Bills é um dos candidatos a ser o MVP da temporada de 2020 (o anúncio só será divulgado na véspera do Super Bowl, e a votação não avalia o desempenho nos Playoffs). A equipe de Buffalo tem no jogador a esperança de voltar a ir a um Super Bowl depois de 27 anos.

Os veteranos da NFC

Jared Goff é o único jovem entre os QB's remanescentes da NFC, e é 11 anos mais novo que Aaron Rodgers (foto: Jamie Han/Los Angeles Rams)

Do lado da Conferência Nacional, três dos quarterbacks já ganharam um Super Bowl, e o quarto deste grupo já esteve em uma decisão. Começamos aqui pelo atleta com mais títulos na história: Tom Brady. Depois de seus seis títulos no New England Patriots, Brady pegou as malas e desembarcou no Tampa Bay Buccaneers fazendo mais uma excelente temporada. Foram 4633 jardas lançadas, 40 touchdowns e 12 interceptações, liderando o Buccaneers para retornar à pós-temporada após 13 anos. Aos 43, Brady superou Drew Brees como o recordista em passes para TD na história da NFL, com 581. Até o final desta temporada, o jogador luta para ampliar o seu recorde em títulos de Super Bowl, o que o colocaria como o segundo QB na história a vencer o Super Bowl por dois times diferentes.

O segundo mais velho entre os quarterbacks da NFC é Drew Brees, do New Orleans Saints. Assim como Tom Brady, Brees irá para o Hall da Fama quando se aposentar. Neste ano, o camisa 9 de New Orleans precisou se ausentar por alguns jogos devido à múltiplas fraturas na costela. Mas Brees voltou, e com ótima atuação no Wildcard, contra o Chicago Bears. Ainda é incerto saber se contra o Tampa Bay Buccaneers, Brees terá uma atuação tão boa quanto no jogo anterior. Agora, vale a pena acompanhar cada jogo do Saints nestes Playoffs, pois há a possibilidade de que ele se aposente ao final da temporada.

Agora falamos de Aaron Rodgers, favorito ao prêmio de MVP da temporada, por ser o principal nome do melhor time da NFC na temporada regular. Rodgers passou para 48 touchdowns e apenas cinco interceptações, sendo o principal nome das 13 vitórias e três derrotas do Green Bay Packers na temporada regular. O camisa 12 já foi duas vezes o melhor jogador da NFL, e tem um título de Super Bowl. Rodgers continua jogando o fino da bola, e está em condições de protagonizar excelentes partidas por mais algum tempo. 

O último deste grupo é Jared Goff. O jogador tem 26 anos, e está apenas em sua quinta temporada como profissional. Pode ser considerado o "peixe fora d'água" no grupo dos veteranos, é verdade. Mas por estar na NFC, ele entra junto aqui. Goff chegou na NFL em 2016, e já tem uma ida ao Super Bowl, em 2019, apesar de, naquela ocasião, ter perdido o jogo e sem uma boa atuação. O jogador é o único dos quarterbacks da NFC que pode destronar os atletas mais experientes na disputa pela conferência.

Duelos do Divisional Round prometem

Neste sábado e domingo, dias 16 e 17 de janeiro, teremos os quatro jogos do Divisional Round, as semifinais das conferências da NFL. No sábado, às 18h35, tem Green Bay Packers e Los Angeles Rams, e às 22h15, é a vez de Buffalo Bills e Baltimore Ravens. A rodada dupla de domingo começa com Kansas City Chiefs e Cleveland Browns, às 17h05. E depois, às 20h40, é a vez de New Orleans Saints e Tampa Bay Buccaneers.

Para esta semana, a boa notícia é que zero casos positivos de Covid-19 foram detectados nos atletas da NFL. Isso significa que, fora as lesões, nenhum dos oito times sobreviventes na atual temporada jogará desfalcado por causa da pandemia.