quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Philip Rivers anuncia a sua aposentadoria da NFL após 17 temporadas

Rivers deixa a carreira profissional como o quinto com mais passes para TD e mais jardas lançadas (foto: Troy Taormina/USA Today Sports)


Um dos principais quarterbacks da NFL nos últimos 17 anos anunciou que pendurará as chuteiras a partir de agora. Philip Rivers, de 39 anos de idade, deixará os gramados. O agora ex-quarterback do Los Angeles Chargers e do Indianapolis Colts confirmou a informação nesta quarta-feira, 20 de janeiro, em entrevista para o repórter Kevin Acee, do jornal The San Diego Union-Tribune's. 

Rivers deixa o futebol americano com algumas marcas notáveis. Foi oito vezes selecionado para o Pro Bowl, Comeback Player of the Year da NFL em 2013, líder em jardas lançadas na temporada de 2010, líder em passes para touchdown na temporada de 2008, entre outras marcas. Além disso, o quarterback encerra a sua carreira como o quinto com mais jardas lançadas, 63.440, o quinto em passes para TD na história da NFL, com 421, atrás apenas de Tom Brady, Drew Brees, Peyton Manning e Brett Favre. 

Sua carreira iniciou pela universidade de North Carolina State, no futebol americano universitário. Seu desempenho por lá, entre 2000 e 2003, o credenciou para ser um dos principais prospectos de quarterbacks para o Draft da NFL de 2004. Apesar de ter se consolidado como um jogador do San Diego/Los Angeles Chargers, a ida para a equipe residida na California só se deu por conta de uma atípica situação. Originalmente draftado pelo New York Giants, Rivers foi trocado para o Chargers, pois o também quarterback Eli Manning foi selecionado pela franquia de San Diego (na época), e deixou bem claro que não queria jogar lá.

Até 2019, Rivers foi o quarterback do Chargers (foto: David Eulitte/Getty Images)


Apesar da chegada na NFL em 2004, só virou titular a partir de 2006, após a saída de Drew Brees para o New Orleans Saints. Rivers nunca perdeu um jogo como titular no Chargers. O melhor ano do time com o seu comando na posição foi na temporada de 2007, quando o time foi até a final da AFC, ficando pelo caminho a um jogo de ir para o Super Bowl. Ao longo deste caminho, faltou o título de Super Bowl, e faltou até mesmo ter um elenco melhor para atuar junto, assim como também deu o azar de não ter um treinador melhor.

Rivers consolidou sua vida em San Diego. Morava na cidade com sua esposa e seus nove filhos mesmo depois da temporada de 2016, quando o Chargers se mudou para Los Angeles – a cerca de 300 km de San Diego. Porém, o desempenho da franquia, e dele, individualmente, já não era dos melhores. E na última offseason, em 2020, ficou claro que a relação entre Rivers e o Chargers chegaria ao final. Inicialmente se acreditava que a aposentadoria viria no ano passado, mas o Indianapolis Colts deu uma última chance ao jogador, e o contratou.

Em sua última temporada como profissional, passou para 4.169 jardas, 24 touchdowns e 11 interceptações, sendo um dos principais nomes do Colts, que se classificou aos Playoffs. Seu último jogo foi no Wildcard, contra o Buffalo Bills, em que passou para 309 jardas e dois touchdowns, na derrota da equipe de Indianapolis por 27 a 24. 

Ainda não se sabe qual será a vida de Rivers após a aposentadoria, se irá ocupar algum outro cargo ou se apenas ficará com sua grande família. Mas a saída do camisa 17 da NFL representa que estamos cada vez mais próximos da saída de todos os principais QBs que brilharam nos anos 2000. Já foi assim com Peyton Manning, Tony Romo, Brett Favre e será assim com outros que ainda jogam, como Drew Brees e Tom Brady. Mas faz parte do ciclo de qualquer esporte, as partidas de ídolos do passado, e a chegada de futuros grandes jogadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário