sexta-feira, 31 de julho de 2020

Maratona NFL Especial - Episódio 19 - o que a NFL pode aprender com outras ligas durante a pandemia



O Maratona NFL desta semana discute sobre os principais assuntos ligados à NFL nos últimos dias. Entre eles, Ruan Nascimento, Carlos Oliveira e Mia Mastrocolo debatem sobre o que a liga de futebol americano pode aprender com outras competições que retornaram durante à pandemia da Covid-19, citando exemplos positivos, como os da NBA, Campeonato Alemão e Fórmula 1; e negativos, caso dos Campeonatos Estaduais no Brasil, que voltaram totalmente bagunçados e sem protocolos sanitários claros de prevenção ao coronavírus.


Você pode ouvir o podcast pelo Spotify, pelo Soundcloud, ou também pelo Anchor, onde também será possível acompanhar os programas mais antigos que fizemos. 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Destaque no Super Bowl LIV, Damien Williams opta por não jogar neste ano

Williams anotou o touchdown que deu o título do Chiefs

O running back Damien Williams, herói do título do Super Bowl LIV, pelo Kansas City Chiefs, é mais um nome a  confirmar que não jogará na NFL em 2020, devido ao novo coronavírus. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 29 de julho, através do general manager do Chiefs, Brett Veach, e traz um sinal de alerta para a temporada deste ano, pois trata-se de um dos principais atletas do atual campeão da liga.

A opção de um atleta por não jogar em 2020 foi um termo acordado entre a NFL com a NFLPA, que defende os jogadores, para este ano atípico por causa da pandemia da Covid-19. A medida desobriga um jogador defender o seu time por uma temporada. Quem decidir não entrar em campo, tem o seu contrato suspenso por um ano. Os atletas têm até o dia 3 de agosto para anunciar se jogam ou não.

No comunicado lido por Veach, o Kansas City Chiefs compreende a decisão de Damien Williams. "Ele significa muito para o nosso time como jogador e como pessoa, e vamos sentir sua falta nesta temporada", disse.

Atleta da NFL desde 2014, Williams está na franquia de Kansas City desde 2018, após ter passado pelo Miami Dolphins. No ano passado, teve o melhor desempenho da carreira, correndo 111 vezes para 498 jardas e cinco touchdowns, em 11 das 16 partidas. Nos Playoffs, teve grande impacto, com destaque para sua atuação no Super Bowl LIV. Contra o San Francisco 49ers, na decisão, o camisa 26 correu para 104 jardas, recebeu passes para 29 jardas, e anotou dois touchdowns, incluindo o TD derradeiro para o Chiefs conquistar um título após 50 anos.

Titular da linha ofensiva do Giants também decide não jogar

Nate Solder destacou seu problema familiar e pessoal em sua decisão

O left tackle do New York Giants, Nate Solder, é outro grande nome da NFL a confirmar sua desistência para jogar em 2020. Ao anunciar, o jogador da linha ofensiva citou a luta contra o câncer que seu filho recém nascido tem vivido, além do câncer que o próprio Solder teve em 2015, no testículo.

Solder está na NFL desde 2011. Após conquistar dois títulos de Super Bowl pelo New England Patriots, em 2018, ele foi para o Giants, onde defende atualmente.

Mais desistências

Além de Williams e Solder, incluindo os citados anteriormente no Left Tackle Brasil, outros sete atletas anunciaram nas últimas horas que não jogarão em 2020. São eles: o offensive line Leo Koloamatangi, do New York Jets; o linebacker Jordan Mack, do Carolina Panthers; o wide receiver Devin Funchess, do Green Bay Packers; o tight end Jason Vander Laan, do New Orleans Saints; o offensive tackle Drake Dorbeck e o offensive guard Drew Forbes, ambos do Cleveland Browns; e o defensive tackle John Atkins, do Detroit Lions. Já são 30 jogadores que desistiram de defender suas equipes neste ano.

Covid-19

O novo coronavírus já atingiu 16.849.365 pessoas no mundo inteiro, com 662.577 mortes, com os Estados Unidos liderando no total de infectados e vítimas fatais. Em terras norte-americanas, foram 4.401.599 casos confirmados e 150.090 mortes. Estes dados foram retirados da Universidade Johns Hopkins nesta quarta-feira, 29.

No Brasil, a Covid-19 atingiu nesta quarta-feira a triste marca de 90 mil vidas perdidas. Foram 90.188 pessoas que morreram da doença, e 2.555.518 infectados. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, que faz a apuração dos dados com as secretarias estaduais da Saúde.

Chargers renova o contrato do DE Joey Bosa por cinco anos

Bosa terá o maior salário anual entre um defensor da NFL

Estrela na defesa do Los Angeles Chargers, o defensive end Joey Bosa assinou nesta terça-feira, 28 de julho, a sua renovação de contrato com a franquia. O novo vínculo, válido por cinco anos, renderá ao atleta US$ 135 milhões em salários, sendo US$ 72 milhões garantidos na assinatura.

Bosa, que ainda está em seu contrato de calouro (que termina em 2020), terá, no ano que vem, o maior salário anual já pago a um atleta de defesa da NFL. A média salarial dele será de US$ 27 milhões por temporada, superando os US$ 25 milhões que serão pagos pelo Cleveland Browns ao também defensive end Myles Garrett. Em valores totais, ainda considerando os defensores, o salário de Bosa só não supera os US$ 141 milhões pagos pelo Chicago Bears ao linebacker Khalil Mack.

Com 25 anos, Bosa é um dos principais nomes da defesa do Los Angeles Chargers. Ele foi selecionado na primeira rodada do Draft de 2016, e tem excelentes números na franquia. Ao todo, o defensive end tem 201 tackles, 40 sacks e 6 fumbles forçados.


terça-feira, 28 de julho de 2020

Atletas da NFL abrem mão de jogar a temporada 2020 devido à pandemia

Importante nome da defesa do New England Patriots, Dont'a Hightower não atuará neste ano
Vários jogadores da NFL anunciaram nos últimos dias que não irão defender suas respectivas equipes na temporada de 2020, em função da pandemia da Covid-19.  Esta possibilidade foi uma das aprovações estabelecidas no acordo entre a National Football League com a NFLPA, a Associação de Jogadores da NFL, celebrado na sexta-feira, 24 de julho.

Com a definição dos termos, o atleta pode optar por não defender seu time ao qual está contratado. Neste caso, o vínculo do jogador fica suspenso por um ano, e seu salário não será pago, abrindo espaço no teto salarial da franquia. Porém, o atleta ganha uma compensação financeira de US$ 150 mil, se decidir não jogar em 2020 de forma voluntária, ou de US$ 350 mil, se este for do grupo de risco – ou seja, que teria complicações maiores caso contraísse a Covid-19.

Ainda na sexta-feira, 24, houve primeiro anúncio de saída voluntária, vindo do right guard do Kansas City Chiefs, Laurent Duvernay-Tardif. Ele, que tem doutorado em medicina, está atuando no combate ao novo coronavírus em Montreal, no Canadá, e continuará exercendo seu trabalho como médico.

Outras desistências

Mais jogadores decidiram, desde segunda-feira, 28, que não jogariam na NFL este ano, pelos mais diversos motivos. Dos 21 que já confirmaram até o fechamento deste texto, seis são do New England Patriots, até o momento o time com mais renúncias para 2020, incluindo atletas do elenco titular da franquia. São eles: o safety Patrick Chung; o linebacker Dont'a Hightower; o running back Brandon Bolden; o offensive tackle Marcus Cannon; o full back Danny Vitale; e o center/guard Najee Toran.

O Baltimore Ravens e o Dallas Cowboys são outros times com mais de uma baixa voluntária até o momento. Por Baltimore, o wide receiver De'Anthony Thomas e o offensive tackle Andre Smith não irão jogar neste ano. Pelo Cowboys, as saídas são do cornerback Maurice Canady e do wide receiver Stephen Guidry.

Os outros que já confirmaram, até este momento, são: o guard Chance Warmack, do Seattle Seahawks; ; o defensive line do Washington Football Team, Caleb Brantley;  o defensive tacke Kyle Peko, do Denver Broncos; o defensive tackle do Houston Texans, Eddie Vanderdoes; o tight end Cole Wick, do New Orleans Saints; o offensive tackle Anthony McKinney, do Tennessee Titans; o defensive tackle Eddie Goldman, do Chicago Bears; o defensive tackle Star Lotulelei, do Buffalo Bills; o defensive tackle do Minnesota Vikings, Michael Pierce; e o wide receiver Marquise Goodwin, do Philadelphia Eagles.

Como a decisão por não jogar a temporada de 2020 ainda está sendo editada pela NFL em seu regulamento, é possível que mais atletas tomem a mesma decisão dos citados acima. A opção por não atuar neste ano pode ser decidida em até sete dias após a divulgação oficial deste termo pela liga. A data máxima de desistências, segundo o repórter Tom Pelissero, da NFL Network, é até 4 de agosto.

Despedida

Aproveito neste texto a lamentar por uma triste partida nesta terça-feira, 28. O jornalista Rodrigo Rodrigues, de 45 anos, morreu hoje, vítima da Covid-19. Ele foi diagnosticado com a doença ainda em março, e cumpria isolamento social no Rio de Janeiro. No sábado, 25, seu quadro clínico se agravou e ele precisou ser internado, não resistindo após também ter sofrido uma trombose venosa cerebral.

Rodrigo Rodrigues passou por diversas emissoras, como TV Cultura, TV Gazeta, SBT, ESPN, Esporte Interativo, SporTV e Globo. Atualmente era o apresentador do programa Troca de Passes, no SporTV.

Seu carisma era notório. Apresentava seus programas de debate com leveza e descontração, com um incrível talento nato. Infelizmente, a pandemia foi implacável também com ele, um cara sensacional. E fica aqui os nossos sentimentos aos amigos e familiares por sua perda.

sábado, 25 de julho de 2020

Jets troca Jamal Adams para o Seattle Seahawks



O New York Jets trocou um de seus melhores jogadores neste sábado, 25 de julho. O safety Jamal Adams, escolhido para o All-Pro Team em 2019 - a seleção dos melhores da temporada - irá para o Seattle Seahawks.

Por se tratar de uma troca, o Jets enviou o atleta e uma escolha de quarta rodada do Draft de 2022 para Seattle. E assim, recebe do Seahawks escolhas de primeira e terceira rodada do Draft de 2021, e de primeira rofada do Draft de 2022, além do safety Bradley McDougald.

A negociação de Adams já era esperada, pois o jogador havia pedido para ser trocado em junho. Por seu grande potencial, o Seahawks garante um importante reforço, para buscar uma temporada ainda melhor que a de 2019/20, quando Seattle foi eliminado no Divisional Round.

Enquanto isso, o Jets liberando o jogador tem condições de se reforçar a longo prazo. A franquia terá agora duas escolhas a mais de primeira rodada no Draft nos próximos dois anos. Dos times da NFL, a franquia de Nova York é uma das mais ausentes dos Playoffs. A última ida do Jets à pós-temporada foi em 2010/11.

Jamal Adams foi selecionado na sexta rodada do Draft de 2017. Porém, nos dois últimos anos o desempenho dele foi evoluindo, até ser eleito para o All-Pro Team em 2019. No ano passado, o safety teve 75 tackles, oito desvios de passe, uma interceptação de 61 jardas retornada para touchdown e 6,5 sacks, o maior número para um defensive back em 2019.


NFL e NFLPA entram em acordo coletivo para a volta aos treinos durante a pandemia

Training camps devem começar nos próximos dias

A NFL e a NFLPA (Associação de Jogadores da NFL) entraram em acordo nesta sexta-feira, 24 de julho, para garantir a realização dos jogos para a temporada de 2020, que será atípica devido à pandemia da Covid-19. O acordo coletivo de trabalho foi aprovado pelos representantes de 29 das 32 franquias, garantindo a volta dos training camps nos próximos dias.

Os jogadores veteranos da liga deverão voltar aos centros de treinamento de seus respectivos times a partir da próxima terça-feira, 28 de julho. E na negociação firmada entre a NFL e os atletas, está a garantia da realização de protocolos que garantem o menor risco de contágio pelo novo coronavírus aos envolvidos nos treinamentos, entre jogadores e treinadores, declarou o comissário Roger Goodell em comunicado. "Nós trabalhamos coletivamente para desenvolver um conjunto abrangente de protocolos projetados para minimizar o risco de torcedores, jogadores e funcionários de clubes e da liga. Esses planos foram orientados pelos diretores médicos da NFL e da NFLPA e foram revisados e endossados por especialistas independentes. incluindo o CDC (Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos), e muitos funcionários estaduais e locais de saúde pública", completa o dirigente.

Quanto à presença de público nos estádios, a NFL já havia dito que esta decisão ficaria a cargo das equipes ou de determinação dos governos dos estados. Por exemplo, o Jacksonville Jaguars pretende liberar torcedores, desde que não seja mais de 25% da capacidade total de sua casa, o TIAA Bank Field. Já as franquias New York Giants e New York Jets não terão torcida no Metlife Stadium, por decisão do governo do estado de Nova Jersey de não liberar jogos com visitantes neste momento.

Saída voluntária

Único atleta da NFL com doutorado em medicina, Laurent Duvernay-Tardif abre mão de jogar em 2020 para combater a Covid-19
No novo acordo, as equipes podem ter até 16 atletas na lista do Pratice Squad, em que o jogador mantém um vínculo com a franquia, mas fica fora do elenco ativo, que dá condições de jogo. Se os jogadores não se sentirem seguros, eles podem ter a opção de abrir mão da temporada, e não defender a sua equipe.

O primeiro a se manifestar de que não jogará neste ano é o right guard Laurent Duvernay-Tardif, do Kansas City Chiefs. Ele é o único jogador com doutorado em medicina na NFL, e em seu Twitter, nesta sexta-feira, anunciou que durante a offseason, atuou no combate à Covid-19 em Montreal, no Canadá, onde mora. Duvernay-Tardif disse que esta foi uma das decisões mais difíceis que tomou em sua vida. "Estar na linha de frente durante esta offseason me deu uma perspectiva diferente durante essa pandemia e o estresse que ela exerce sobre os indivíduos e nosso sistema de saúde. Não posso me permitir transmitir potencialmente o vírus em nossas comunidades simplesmente para praticar o esporte que eu amo. Se eu devo correr riscos, farei isso cuidando dos pacientes", declarou. Por conta de sua decisão, o jogador de linha ofensiva receberá US$ 150 mil, e não mais os US$ 2,7 milhões previstos em seu contrato.

Também foi definido o ciclo de treinamentos até a volta da temporada regular. De acordo com o repórter da NFL Network Ian Rapoport, o período de training camps deve ser de 20 dias de treinos de aquecimento para a temporada, com o máximo de 14 treinos com todos os equipamentos e contatos físicos dos jogadores.

Redução do teto salarial

Um ponto que gerou divergências nas negociações foi sobre a redução do teto salarial para cada equipe. Ficou definido que por um período de quatro anos, a partir de 2021, nenhuma franquia poderá gastar mais de US$ 175 milhões em salários de todo o elenco, enquanto, para este ano, o valor de US$ 198,2 milhões fica mantido.

Já os elencos para este ano, no período de training camps, não poderão ter mais de 80 jogadores, para depois haver o corte final para 53 atletas para a temporada 2020.


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Maratona NFL - Episódio 18 - Sem pré-temporada, como será a NFL em 2020


Diante do cancelamento da pré-temporada da NFL, o Maratona NFL desta semana discute como será o início da temporada regular sem a possibilidade de as equipes testarem seus novos jogadores em campo. Os jogos de agosto foram cancelados devido à pandemia do coronavírus, e estes jogos necessitam de uma logística maior para levar os atletas, que costumam ter 90 jogadores neste período.

Ruan Nascimento, Carlos Oliveira e Mia Mastrocolo, agora titular do Maratona NFL, debateram este e outros assuntos. Entre os quais, a nova nomenclatura da franquia de Washington, que em 2020 se chamará Washington Football Team.

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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Em meio à pandemia, NFL cancela a pré-temporada 2020



Depois de semanas de incertezas sobre a possibilidade de ter jogos ou não na pré-temporada da NFL, a liga confirmou nesta terça-feira, 21 de julho, que não haverá nenhuma partida amistosa preparatória para a temporada de 2020. A decisão encerra a batalha entre a liga e a NFLPA, a associação de jogadores da competição, que já pedia o cancelamento da pré-temporada, marcada para o mês de agosto, devido à pandemia da Covid-19.

Assim, o próximo jogo de futebol americano que veremos é o Kickoff da temporada regular, marcado para o dia 10 de setembro, entre o atual campeão, Kansas City Chiefs, e Houston Texans. Anteriormente, a NFL já havia confirmado o cancelamento do Hall of Fame Game, que abriria a pré-temporada, e também reduzindo o período de amistosos para apenas duas semanas, e não quatro, como era anteriormente.

Na sexta-feira, 17, o diretor-executivo da NFLPA, DeMaurice Smith, declarou que não valeria a pena para os atletas arriscarem a sua saúde e segurança por conta de dois amistosos. "Participar de dois jogos em que os atletas voariam por todo o país, entrariam em campo, e tudo isso antes da temporada, não aumenta a probabilidade de começar e terminar a competição na hora certa", comentou o dirigente.

Por conta de os times estarem com os elencos maiores, antes dos cortes para a temporada regular, seria arriscado o envio de tantos atletas e comissão técnica para os jogos amistosos, que servem para analisar o desempenho individual dos calouros e recém contratados. Atualmente, os elencos envolvem 80 jogadores por franquia, e não 90, como era até o ano passado. O plantel menor já faz parte do plano de contingência para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

Nesta semana, os 32 times da NFL voltam a se reunir para os training camps, período de treinamentos mais intensificados em preparação para a temporada regular. Será o primeiro movimento efetivo com os elencos completos neste período atípico que vivemos.

Covid-19

Os Estados Unidos continuam com o maior número de casos e mortes por coronavírus. Segundo a Universidade Johns Hopkins, com 4.034.057 casos, e 144.223 mortes, até esta quinta-feira, 23. No mundo inteiro, são 15.437.206 infectados e 631.874 vítimas fatais.

Enquanto isso, o Brasil é o segundo país mais afetado pela pandemia. A Covid-19 já atingiu 2.289.951 brasileiros, com 84.207 vítimas fatais, de acordo com o balanço divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, também na quinta-feira.

Sob guerras, greves e furacões: as mudanças drásticas na NFL em sua história



A National Football League é uma liga centenária. Sua fundação, em 1920, foi apenas dois anos depois do fim da Primeira Guerra Mundial, e no ano em que acabou a pandemia da Gripe Espanhola. Esta senhora de 100 anos presenciou diversos acontecimentos históricos. Vivenciou guerras, desastres naturais, e outros eventos que marcaram a sua trajetória.

Indo para a estrutura da organização da NFL, ao longo deste século, as temporadas passaram por alterações. A começar ainda na década de 1930, quando finalmente decidiram criar uma final da liga, passando pela permissão da entrada de novas equipes entre os anos 1950 e 1960. E sem contar com a mudança mais importante, na fusão com a American Football League para a criação do Super Bowl, a partir de 1967, iniciando a era mais gloriosa da competição.

No entanto, nem tudo foi perfeito na história da NFL. Houve momentos em que a organização, e até mesmo algumas franquias da liga, precisaram se superar para manter a sua existência em momentos de crise. E este ano de 2020, tão atípico devido à pandemia do novo coronavírus, nos leva a crer que a temporada programada para começar em menos de dois meses, pode ser bem diferente das outras.

Por enquanto, a liga confirma o jogo de Kickoff para 10 de setembro, entre Kansas City Chiefs e Houston Texans, com a temporada regular prevista para 17 semanas e o Super Bowl LV marcado para o dia 7 de fevereiro de 2021. Porém, o país continua tendo uma média alta de novos casos e de mortes por Covid-19. Na quarta-feira, 22 de julho, mais de mil mortes voltaram a ser registradas em um único dia depois de mais de um mês de números mais baixos. Ou seja, a pandemia está longe de estar controlada em terras norte-americanas.

Já que a temporada da NFL poderá ser diferente, trazemos aqui no Left Tackle Brasil uma lista de eventos atípicos que já rondaram a história da liga, alterando seu calendário ou seu regulamento. Confira abaixo!

1932: sob a lona e sobre o estrume, um jogo valendo o título

Uma arena de hóquei no gelo sediou o jogo que definiu o campeão da NFL em 1932
Quem vê hoje a NFL como um exemplo de organização, pode não saber que a liga passou por alguns maus bocados em seus primeiros anos. Até 1932, sequer havia uma final. O campeonato de futebol americano era uma longa temporada regular desproporcional. Na temporada de 88 anos atrás, enquanto equipes como o Green Bay Packers fizeram 14 jogos, franquias como o New York Giants e Chicago Cardinals (hoje Arizona Cardinals) terminaram aquele ano com 12 e 10 partidas, respectivamente.

Sem uma pontuação específica, o campeão era definido por quem tinha a melhor porcentagem de aproveitamento de vitórias, derrotas e empates (naquela época também não havia prorrogação, então era comum um jogo terminar empatado). E nesta porcentagem, Chicago Bears e Portsmouth Spartans (hoje Detroit Lions) acabaram a temporada empatados. Então, houve a necessidade de um jogo de desempate para definir o campeão. Seria a primeira final da NFL, mesmo antes de se existir uma final da liga.

Em 18 de dezembro, diante de um dia extremamente frio, a NFL decidiu colocar o jogo em uma arena de hóquei, que dias antes havia recebido um circo. Os jogadores tiveram que jogar em um campo improvisado de 60 jardas, e com o mau cheiro de esterco dos elefantes que pisaram ali anteriormente. Neste jogo tão atípico, o Bears venceu por 9 a 0, e no ano seguinte, a liga adotou o duelo em  mata-mata para definir o campeão.

1933-1944: a guerra que uniu franquias

Hoje separados, Steelers e Eagles precisaram jogar juntos durante a Segunda Guerra Mundial

Os Estados Unidos foram parte importante na luta dos Aliados contra as Potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Como o País foi pouco afetado por combates em solo (a exceção da invasão à Pearl Harbor, no Havaí, em 1941), a NFL seguiu normalmente durante os conflitos. Mas na medida em que os atletas passaram a ser convocados para lutar na guerra, desfalcando as franquias, o Pittsburgh Steelers e o Philadelphia Eagles, ambos rivais no estado da Pennsylvania, uniram forças e, em 1943, viraram os Steagles, para garantir que sobrevivessem à guerra.

Após a campanha ter sido 5-4-1, Steelers e Eagles se separaram novamente, cabendo a Pittsburgh procurar outra parceria para sobreviver durante aquele período. Em 1944, unindo-se ao Chicago Cardinals, os dois times viraram o Card-Pitt, mas a campanha não foi bem sucedida, de dez derrotas e nenhuma vitória. Mas hoje, Steelers, Eagles e Cardinals podem contar esta história, e ainda vivos na NFL.

1982 e 1987: greves que diminuíram a temporada

A greve de 1982 permitiu a um kicker ser o MVP da temporada

Nos 100 anos de NFL, oficialmente, a liga enfrentou greves em oito oportunidades, seja por pressão dos donos das franquias, dos jogadores ou até mesmo dos árbitros, como aquela de 2012 que resultou na Fail Mary. Mas aqui serão lembradas duas paralisações que afetaram até mesmo na diminuição da temporada.

A greve de 1982 foi a maior delas. Naquele tempo, a Free Agency, a janela de transferências, não era tão badalada como hoje, e os jogadores não tinham planos de assistência médica ou aposentadoria. A NFL estava mais rica do que nunca até então, mas os lucros ficavam apenas aos proprietários das franquias, e muito pouco aos atletas. A NFLPA, o sindicato de atletas da liga, propôs a divisão de 55% dos lucros totais da NFL aos jogadores, divididos entre salários e benefícios. Como a NFL não os ouviu, coube aos atletas declarar greve. A paralisação durou oito semanas, e foi durante o que seria a temporada regular.

A liga bem que tentou negociar, mas a NFLPA não cedeu ao seu pedido. Vendo que a temporada estava ameaçada, não restou opções à NFL se não atender a reivindicação dos atletas. A greve acabou depois de 57 dias, forçando um encurtamento da temporada regular. Foram apenas nove jogos realizados por franquia, e não 16, com a fase de Playoffs reunindo 16 franquias. O ano de 1982 foi tão fora da curva que um kicker foi eleito o MVP, o atleta Mark Moseley (foto acima), do antigo Washington Redskins – agora Washington Football Team –, que seria o campeão da temporada.

Já a greve de 1987 foi menor. Foi apenas um jogo a menos naquele ano por franquia, e não alterou as estruturas da temporada. A paralisação também foi por maiores valores a serem pagos pelas franquias aos atletas, e por uma Free Agency mais bem regularizada. Por conta do movimento, duas semanas foram retiradas do calendário da NFL. E diferente de 1982, esta greve não teve a adesão total dos atletas, e quem aderiu, foi substituído por jogadores de outras ligas profissionais, como a Canadian Football League (CFL). Durando apenas 24 dias, a greve de 1987 só resultou em efeitos aos atletas no ano seguinte.

2001: o atentado que mudou a liga

Os ataques de 11 de setembro renderam homenagens ao longo da temporada de 2001, incluindo no show da banda U2, no Super Bowl XXXVI
Em 11 de setembro de 2001, o mundo entrou em choque quando ocorreu os ataques terroristas nos Estados Unidos. Dois aviões atingiram as torres do World Trade Center, em Nova York, enquanto outro avião atingiu o prédio do Pentágono, em Washington, e uma quarta aeronave caiu na Pennsylvania. Cerca de 3 mil pessoas morreram.

Por ser setembro, a NFL foi duramente afetada pelos ataques. Na véspera dos atentados, havia ocorrido o Monday Night Football da semana 1. Diante de tudo o que aconteceu, a rodada da semana 2 foi transferida para os dias 6 e 7 de janeiro. E pela primeira vez na história, o Super Bowl foi adiado para fevereiro.

Os ataques geraram uma intensa comoção em todo o país. Quando a liga voltou, não faltaram homenagens durante os jogos, principalmente no hino dos Estados Unidos. E no Super Bowl XXXVI, a banda irlandesa U2 fez o Halftime Show, exibindo em um telão os nomes de todas as vítimas enquanto se apresentavam.

2005: Saints deixa sua casa para ser a casa de milhares

O Lousiana Superdome (hoje Mercedes-Benz Superdome) recebeu milhares de desabrigados do furacão Katrina
Em agosto de 2005, o Furacão Katrina devastou o Sul dos Estados Unidos. E o local mais afetado foi Nova Orleans, quando as barragens que protegiam a cidade da invasão da água do Lago Pontchartrain se romperam, deixando 80% da cidade de baixo d'água. Mais de 1 milhão de pessoas no Estado da Louisiana foram evacuadas.

Mesmo assim, o furacão foi devastador. Somente no estado, 1577 pessoas morreram, e milhares, que não conseguiram deixar a cidade, ficaram desabrigados. Muitos destes desabrigados precisaram se alojar no estádio do New Orleans Saints, então chamado Lousiana Superdome (hoje, Mercedes-Benz Superdome).

Por ter ocorrido a um mês da temporada regular, somado à demora para remover toda a água que invadiu Nova Orleans, o Saints teve de jogar fora de casa naquele ano. Seu primeiro jogo como mandante foi no antigo Giants Stadium, a casa do New York Giants e New York Jets. O segundo, o terceiro e o último duelo "em casa" foi no Alamodome, em San Antonio (Texas). Os demais quatro jogos de mandante foram no Tiger Stadium, estes já mais próximos de Nova Orleans, na cidade de Baton Rouge (Lousiana).

O outro lado dessa história é que Nova Orleans, e o Saints, se superaram após o 2005 difícil. A cidade se reconstruiu, e a franquia também. Sean Payton, o atual técnico, chegou na equipe em 2006, assim como o quarterback Drew Brees, mudando a história da equipe.

2020: o que será a temporada da pandemia?

O novo normal da NFL vem aí
Diferente das demais grandes competições esportivas adiadas ou canceladas entre março e abril, a NFL, por estar na offseason, teve tempo para se organizar para a temporada atípica que se aproxima. Porém, a preocupação é que o número de novos casos e mortes por Covid-19 não está diminuindo nos Estados Unidos, que já estiveram no epicentro da pandemia.

Neste ano, o Draft já foi realizado de forma totalmente virtual, com os dirigentes definindo as suas escolhas direto de suas casas. A NFL continua apostando que poderá realizar os jogos com testes periódicos em jogadores, técnicos e dirigentes, assim como permitiu aos times a escolha de ter torcida em suas partidas ou não. O que já é certo é que não teremos o Hall of Fame Game, que abriria a pré-temporada, assim como serão apenas dois amistosos em agosto por equipe, e não quatro, como era anteriormente. Há a possibilidade da pré-temporada inteira não ter jogos também.

Mais importante que o futebol americano voltar, é que, se for possível dele voltar, que retorne com todas as condições sanitárias adequadas, garantindo a segurança de todos os envolvidos nos jogos, e garantindo que ninguém se infecte da Covid-19. Teremos um 2020 diferente na National Football League, e diante de todas as situações às quais a liga sobreviveu, este é só um desafio a mais para a liga continuar pelos próximos 100 anos.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Maratona NFL Especial - Episódio 17 - análises sobre o escândalo de Washington



Este é o 17º Maratona NFL da nossa offseason. E o programa desta semana, gravado na quinta-feira, 16 de julho, trouxe como tema principal o escândalo de Washington, no qual 15 ex-funcionárias da franquia da NFL acusam dirigentes próximos ao dono do time, Dan Snyder, de assédio sexual. A denúncia foi publicada pelo jornal norte-americano "The Washington Post", poucas horas antes do início da gravação do podcast.

A edição do Maratona NFL foi gravada por Ruan Nascimento e Carlos Oliveira, com a participação especial de Mia Mastrocolo. Entre os outros assuntos do programa, estão os 72 jogadores testados positivos para a Covid-19; a renovação de contrato do running back Derrick Henry, do Tennessee Titans; a também renovação de contrato do defensor Chris Jones, do Kansas City Chiefs; e a falha de gestão que impediu o Dallas Cowboys de renovar o contrato com o quarterback Dak Prescott.

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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Ex-funcionárias da franquia de Washington alegam que foram vítimas de assédio sexual



O jornal "The Washington Post" revelou em uma reportagem divulgada nesta quinta-feira, 16 de julho, que 15 ex-funcionárias da franquia da NFL residida em Washington alegam terem sido vítimas de assédio sexual e abuso verbal durante o seu período trabalhado no time, em denúncias de casos ocorridos entre 2014 e 2019. E os abusadores, segundo elas, seriam membros da alta diretoria da equipe de futebol americano, em um escândalo que já tem grandes proporções, mesmo fazendo poucas horas da publicação da reportagem original.

Apenas uma das ex-funcionárias aceitou ter o seu nome revelado: Emily Applegate. As demais 14 preferiram ficar sob anonimato por medo de represálias. Elas acusam executivos próximos ao proprietário da franquia, Dan Snyder, de comportamento inadequado. Entre os principais nomes, estão os de Larry Michael, narrador dos jogos da equipe no estádio, e o de Alex Santos, então diretor de pessoal.

Entre as acusações, sete ex-funcionárias disseram ao "The Post" que Michael discutia com outros funcionários sobre a "aparência física das colegas mulheres", com falas depreciativas de cunho sexual – inclusive, registradas em áudio. Larry Michael não quis comentar o caso ao jornal norte-americano, e deixou a franquia há poucos dias. Já Santos tem como acusações de seis ex-funcionárias, e de duas repórteres setoristas de Washington, de fazer comentários inadequados de seus corpos, e de questionar se estas mulheres tinham interesse nele. A repórter do "The Ringer", Norah Princiotti, disse em entrevista ter sido assediada pelo dirigente. Alex Santos se recusou a responder às perguntas do jornal que trouxe a denúncia, e foi demitido também recentemente.

Também surge nas denúncias o nome do diretor-assistente de profissionais, Richard Mann II. O "The Post" identificou uma mensagem do dirigente relatando a uma ex-funcionária sobre os seus seios. E em outra mensagem, Mann II falou que esta deveria receber um "abraço inapropriado". Assim como os demais nomes citados até aqui, ele não quis falar com o jornal, e também foi demitido.

Dennis Greene, ex-presidente de operações de negócios, é outro envolvido no escândalo. Segundo cinco ex-funcionárias incluindo Emily Applegate, Greene ordenava que o time de vendas feminino de Washington usasse blusas decotadas, saias curtas e flertasse com os clientes. Ele deixou a franquia em 2017, após as cheerleaders da equipe terem sido forçadas a posar com os seios à mostra durante a sessão de fotos para o calendário anual de 2013. Este caso ocorreu na Costa Rica. Greene não quis comentar as acusações.

Outro citado foi o ex-chefe do escritório de operações, Mitch Gershmann, que Applegate relatou que ele comumente se aproveitava para elogiar seu corpo enquanto ela tentava resolver problemas como uma impressora com defeito. Ele deixou Washington em 2015, e foi o único dos acusados que aceitou falar com o "The Washington Post", e negou as acusações.

Applegate declarou ao jornal que trabalhar na franquia de Washington foi a experiência mais miserável de sua vida. Ela deixou a equipe em 2015, após ter sido a coordenadora de marketing da equipe. "Nós todas toleramos isso, porque sabíamos que, se reclamássemos, eles nos lembravam que 'havia 1000 pessoas lá fora que topariam nossos trabalhos rapidamente'", lamenta.

Nenhuma das mulheres denunciantes acusou o dono da franquia de Washington, Dan Snyder, ou o ex-presidente, Bruce Allen, de comportamento inadequado. Porém, todas elas lembraram do ceticismo de ambos pelo fato de não saberem de nada da situação, pelo fato de que os envolvidos eram "membros do seu círculo. "Eu assumiria que Bruce (Allen), porque ele sentava perto de mim, e me via chorando frequentemente na minha mesa", conta Applegate.

O que diz Washington

Procurado pela reportagem, Snyder declinou a todos os pedidos de entrevista ao "The Washington Post". Apenas o time da NFL se manifestou sob o ocorrido, e apenas por nota enviada ao jornal. "A equipe do Washington Redskins leva a sério as questões de conduta dos funcionários. Embora não falemos publicamente sobre situações específicas de funcionários, quando são apresentadas novas alegações de conduta contrárias a essas políticas, as abordamos prontamente", disse a franquia.

Crise de imagem

Este fato é mais um agravante na crise de imagem que envolve o nome da equipe nos últimos dias. Recentemente, empresas anunciantes do time exigiram que Washington retirasse o seu apelido, Redskins, pois a palavra (peles vermelhas, em inglês) é pejorativa contra os indígenas norte-americanos. Na segunda-feira, 13, a equipe confirmou oficialmente a sua retirada.

NFLPA diz que 72 jogadores testaram positivo para a Covid-19

Número de infectados em nova bateria de testes representa 2,5% do total de atletas da NFL (Foto: AP)

A NFL Players Association (Associação de Jogadores da NFL) anunciou nesta quinta-feira, 16 de julho, que 72 jogadores entre seus associados testaram positivo para o novo coronavírus. Os nomes dos atletas, e as equipes aos quais defendem, não foram informados no material divulgado, que busca oferecer atualizações sobre a Covid-19 no ambiente da National Football League.

As atualizações são do último teste coletivo feito pela NFLPA, em 10 de julho. Porém, não foram informados o número total de testes realizados nos atletas. A entidade afirma que o número de infectados representa um total de 2,5% de jogadores. Estima-se que existam mais de 2800 atletas associados à NFLPA.

Estudo foi elaborado pela NFLPA nas cidades onde há franquias da NFL

No estudo da entidade, foi feito um mapeamento da média diária de 14 dias por novos casos por 100 mil habitantes em cada região metropolitana das franquias da NFL. As regiões de Miami, Phoenix, Jacksonville, Tampa e Nashville – onde residem, respectivamente: Miami Dolphins, Arizona Cardinals, Jacksonville Jaguars, Tampa Bay Buccaneers e Tennessee Titans – são onde tem o maior contágio pelo coronavírus no momento.

Por outro lado, as regiões de menor incidência por Covid-19, entre as áreas com franquias da NFL, são: Foxboro, Nova York, Buffalo, Detroit e Philadelphia, onde jogam New England Patriots, New York Giants, New York Jets, Buffalo Bills, Detroit Lions e Philadelphia Eagles.

Em função da pandemia, a NFL e a NFLPA estão trabalhando juntas para garantir o retorno dos jogadores às instalações técnicas das equipes com segurança. Na sexta-feira, 17, haverá uma teleconferência entre os donos das equipes, com os termos da contraproposta enviada pela NFL à NFLPA sobre a retomada dos trabalhos.

Neste final de semana, jogadores calouros de Kansas City Chiefs e Houston Texans, equipes que farão o jogo de abertura, programado para 10 de setembro, se apresentam para o início das atividades físicas. Os veteranos destes e demais times deverão se apresentar em 28 de julho.

Atualizações gerais do coronavírus

De acordo com os dados globais da universidade norte-americana Johns Hopkins, a Covid-19 já atingiu, no mundo inteiro, 13.666.118 pessoas, com 586.369 mortes. Também segundo a instituição, os Estados Unidos são o país com o maior número de infectados e mortos pelo coronavírus. São 3.546.871 norte-americanos infectados e 138.040 vítimas fatais da doença, de acordo com a apuração das 17h desta quinta-feira, 16 de junho.

O Brasil é o segundo país mais afetado pela pandemia. O balanço das 20h deste dia 16, feito pelo consórcio de veículos de imprensa, revela que são 2.014.738 brasileiros infectados pela Covid-19, e 76.822 mortes.

Tennessee Titans renova com o running back Derrick Henry

Atleta é um dos principais destaques dos atuais vice-campeões da AFC


O Tennessee Titans renovou o contrato do running back Derrick Henry nesta quarta-feira, 15 de julho. Segundo o repórter Adam Schefter, da ESPN norte-ameriana, o novo vínculo do atleta com a franquia será de quatro anos, e US$ 50 milhões de dólares em salários. Henry, de 26 anos, tem a garantia de receber US$ 25,5 milhões com a sua renovação.

O acerto veio nas últimas horas para as equipes definirem a franchise tag não-exclusiva, que dá um ano a mais de contrato para um jogador que não tenha acertado a sua renovação de contrato, mas que o permitia negociar com outras equipes da NFL. No entanto, o acordo garante que o  running back permaneça no Tennessee como um dos maiores destaques da equipe.

Derrick Henry chegou ao Tennesssee Titans em 2016, após ser escolhido na primeira rodada do Draft daquele ano. Hoje é um dos principais jogadores do time treinado por Mike Vrabel, e em 2019, teve a melhor temporada da carreira, com 1540 jardas terrestres e 16 touchdowns, além de outras duas recepções para TD. A campanha histórica levou a franquia à final da Conferência Americana, a AFC, quando foram derrotados na ocasião para o Kansas City Chiefs.


segunda-feira, 13 de julho de 2020

Washington Redskins confirma a retirada de seu nome e logo



O nome da franquia Washington Redskins está oficialmente retirado. Na manhã desta segunda-feira, 13 de julho, o time enviou um comunicado através de suas redes sociais confirmando a retirada de seu nome e do logo, um índio nas cores borgonha, dourada e branca. A equipe não definiu um prazo de quando terá a nova nomenclatura.

A confirmação da exclusão de seu nome e logo veio após manifestações de multinacionais que patrocinam a franquia, e a própria liga, pedindo que Washington retirasse a palavra "Redskins" de seu nome. Redskins, traduzindo para o português, é "peles vermelhas", em uma referência pejorativa aos indígenas norte-americanos. Portanto, é um termo considerado racista.

Uma das empresas a fazer pressão foi a companhia de logística FedEx, que ameaçou romper com o contrato de direitos de nome do estádio de Washington, o FedEx Field caso o time não revesse sua nomenclatura. Como resposta, há dez dias, o proprietário do time da NFL, Dan Snyder, enviou comunicado anunciando que o time iria rever seu nome. E nesta segunda-feira, a decisão foi ratificada.

A franquia é uma das mais tradicionais da NFL, com dois títulos da era antiga, e mais três títulos de Super Bowl. Surgiu em 1932 com o nome Boston Braves, e em 1933, adotou a alcunha Redskins, seguindo em Boston até 1936, quando, a partir de 1937, passou a jogar na área próxima à Washington D.C., capital dos Estados Unidos.

Em sua história, o fundador do time, George Preston Marshall, sempre deixou claro que o uso do nome "Redskins" nunca foi para homenagear os indígenas norte-americanos. O passado também lembra que a franquia foi a última equipe da liga a aceitar negros em seu elenco, apenas em 1962, e após pressão do governo norte-americano.

Nas últimas décadas, a retirada do nome "Redskins" por Washington sempre foi debatida. Em alguns momentos, houve também pressões da sociedade para a mudança em sua nomenclatura, sempre ignoradas pela franquia. Isso mudou recentemente, após a morte de George Floyd, ex-segurança negro morto asfixiado por um policial branco durante uma abordagem. Com o episódio, protestos antirracistas cresceram nos Estados Unidos e em diversos países do mundo, inclusive no Brasil.

Com esse movimento, a pressão para Washington mudar o nome cresceu a ponto de chegar nas empresas que financiam o time. Sob a ameaça de perderem contratos multimilionários, a franquia recuou e a palavra racista será retirada. É um importante passo na luta contra o racismo.


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Maratona NFL Especial - Episódio 16 - Análises de super contrato de Patrick Mahomes



O Maratona NFL desta semana repercute, principalmente, o novo contrato do quarterback Patrick Mahomes, que renovou com o Kansas City Chiefs e receberá cerca de US$ 500 milhões em um vínculo de dez anos. Ruan Nascimento e Carlos Oliveira analisam os detalhes deste grande acordo. 

Entre outros assuntos, o podcast volta a falar da mudança de nome do Washington Redskins; e do pedido do running back Raheem Mostert para ser trocado pelo San Francisco 49ers.

Ouça o programa conosco, pelo Spotify e pelo Soundcloud, ou baixe pelo Google Drive.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Patrick Mahomes renova com Chiefs em acordo histórico e multimilionário

Mahomes será o jogador mais bem pago da história da NFL

O quarterback Patrick Mahomes, do Kansas City Chiefs, fez história nesta segunda-feira, 6 de julho. Mesmo restando dois anos para encerrar seu contrato de calouro (válido para as temporadas de 2020 e 2021), o jogador de 24 anos renovou o vínculo com a franquia da NFL, em um acordo multimilionário. Segundo a ESPN norte-americana, quem trouxe a informação em primeira mão, novo contrato será por dez anos, e US$ 450 milhões, o maior acordo individual com um atleta na história da liga – e talvez dos esportes como um todo. Considerando a cotação do dólar no Brasil (fechada hoje em R$ 5,36), Mahomes receberá até 2031 mais de R$ 2,4 bilhões. 

Anualmente, o salário do QB será em torno de US$ 45 milhões, que também é um valor inédito pago a um atleta da liga. O acerto também já é reflexo do novo teto salarial da NFL, aprovado neste ano pela associação de jogadores da competição, a NFLPA.

O valor do acordo é uma clara aposta do Kansas City Chiefs em manter Mahomes no elenco, e até mesmo em formar uma grande história junto ao camisa 15, com mais títulos conquistados no futuro. Vale lembrar que em duas temporadas de Mahomes como titular, a franquia de Kansas City chegou a uma final de conferência, e a um título de Super Bowl. 

Mahomes foi selecionado no Draft de 2017 pelo Kansas City Chiefs, e passou aquela temporada na reserva de Alex Smith, jogando apenas na semana 17 daquele ano, com o time já classificado aos Playoffs. No ano seguinte, Mahomes se tornou titular, e assombrou o mundo da NFL ao fazer 50 passes para touchdown (alcançando uma marca que apenas Peyton Manning e Tom Brady haviam conseguido anteriormente), se tornando o MVP da temporada. O ápice veio no ano passado. Após se recuperar de uma lesão no meio da temporada, levou o Chiefs ao Super Bowl, se tornando decisivo para o segundo título da história da franquia após 50 anos de espera.

Em suas estatísticas, Mahomes tem 724 passes completos, para 9.412 jardas, 76 touchdowns e 18 interceptações. Quem poderá parar o quarterback agora, ainda mais com este contratão?

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Washington Redskins anuncia que mudará de nome



Após ser pressionada pelos seus patrocinadores a mudar de nome, a franquia Washington Redskins anunciou, nesta sexta-feira, 3 de julho, que abrirá um processo para modificar a sua nomenclatura. A iniciativa é mais um movimento contra o racismo visto no universo da NFL desde a morte de George Floyd, em maio.

O comunicado veio um dia após a FedEx, empresa de logística dos Estados Unidos, e que dá nome ao estádio de Washington – o FedEx Field – pressionou o time a mudar o seu nome, sob o risco de a empresa romper seu contrato com a franquia da NFL. Até 2025, a FedEx possui o "naming rights" do estádio, em uma parceria que custou US$ 205 milhões. Na semana passada, acionistas minoritários de empresas que anunciam no Redskins também passaram a pressionar estas organizações quanto ao nome da equipe de futebol americano.

O Washington Redskins tem esse nome desde 1933. Redskins, em português, é "peles vermelhas", e nos Estados Unidos, esta expressão é pejorativa contra os indígenas norte-americanos. Nos últimos anos, a discussão acerca da retirada deste nome ficou mais intensificada, porém, com a franquia de Washington sempre ignorando o assunto. Porém, com o aumento do apelo devido aos protestos contra a desigualdade racial, somada à pressão de anunciantes – e a uma consequente perda de receita – a organização mudou sua postura.

No anúncio, o atual dono da equipe de Washington, Daniel Snyder, deixou claro que a mudança é pensada principalmente no apelo dos torcedores, patrocinadores e da NFL. "Esse processo permite que o time leve em conta não somente o orgulho da tradição e história da franquia, mas também incluiu o que nossos seguidores, patrocinadores, a NFL e a comunidade tem orgulho de representar dentro e fora de campo", declarou.

Na edição desta semana do Maratona NFL, Ruan Nascimento e Carlos Oliveira discutiram acerca da possibilidade de mudança do nome da franquia da capital norte-americana. Ouça o podcast aqui.

Maratona NFL Especial - Episódio 15 - Cam Newton no Patriots, pré-temporada menor e mudança de nome




Está no ar o Maratona NFL, episódio 15 desta offseason. Na edição desta semana, Carlos Oliveira e Ruan Nascimento debatem os principais assuntos da semana no futebol americano.

Entre os destaques, a ida de Cam Newton ao New England Patriots; a pré-temporada mais curta em 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus; e a futura mudança no nome do Washington Redskins, confirmada pela franquia após pressões de patrocinadores. Sobre esta situação, saiba mais neste link.

Ouça o podcast conosco pelo Spotify e pelo Soundcloud, ou baixe pelo Google Drive.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Pré-temporada de 2020 da NFL terá apenas duas rodadas, diz site

Pandemia da Covid-19 causa mudanças no calendário da liga

Depois de meses de especulações, a NFL começa a alterar o seu calendário de 2020 devido à pandemia do novo coronavírus. A liga anunciará nas próximas horas, ou até esta quinta-feira, 2 de julho, que a pré-temporada deste ano será menor, com apenas duas rodadas, e não quatro, como tradicionalmente acontece. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 1º de julho, pelo site ProFootball Talk.

É a segunda vez em que há alterações na programação da liga neste ano. No dia 25 de junho, a NFL já havia confirmado que o Hall of Fame Game, jogo que abriria a pré-temporada deste ano, foi cancelado. Quanto a pré-temporada, serão cancelados os jogos das semanas 1 e 4. A semana 1 estava prevista para ocorrer de 13 a 16 de agosto, e todos os jogos da semana 4 ocorreriam no dia 3 de setembro.

Por enquanto, a NFL mantém o número de jogos, datas e horários para as partidas da temporada regular, prevista para começar em 10 de setembro. Segundo o protocolo adotado pela liga na prevenção à Covid-19, algumas destas partidas podem ter a presença de público, desde que autorizadas pelas autoridades locais de cada cidade e estado sede dos jogos.

A situação da Covid-19 nos Estados Unidos continua preocupante. O País, que já esteve no epicentro da pandemia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), teve na terça-feira, 30 de junho, mais de 43 mil novos casos da doença. De acordo com a universidade Johns Hopkins, são 2.720.667 infectados, e 129.799 mortes, conforme atualização das 19h desta quarta-feira, 1º.

Também na quarta-feira, o Brasil passou da marca de 60 mil mortes por Covid-19. Precisamente, 60.194 pessoas perderam a vida, com um total de 1.426.913 infectados, de acordo com o consórcio de veículos, na apuração das 13h do dia 1º.