terça-feira, 23 de agosto de 2016

Desafio de vídeo: tudo pelo jogo correto

Já fazem alguns anos que a NFL usa o replay para jogadas que podem ser duvidosas

No último domingo (21) os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro se encerraram. E um dos pontos que mais chamaram a atenção de muitos torcedores que acompanharam o evento, era o das constantes análises das jogadas através do replay da transmissão de TV (modalidades como vôlei, vôlei de praia, tênis, badminton e hóquei sobre grama foram algumas que tinham este recurso nos Jogos). Para muitos era uma novidade, ainda mais para quem costumava assistir somente ao futebol, mas para quem é fã da NFL já é algo comum ver uma jogada ser analisada pelo replay sempre que for necessário.

Já fazem algumas décadas que as partidas da liga ficaram ainda mais fantásticas de se assistir graças a televisão. São mais de 20 câmeras por partida, independente de ser um duelo entre duas equipes sem chance de classificação aos playoffs ou numa partida decisiva em um Sunday Night Football. Sempre que é possível, árbitros e técnicos podem solicitar a revisão das imagens, para garantir que o jogo correto seja sempre prioridade.

As revisões pelas imagens da TV sempre são feitas pelos árbitros quando ocorre alguma pontuação, ou então quando tem algum turnover na partida (como uma interceptação ou um fumble). Ou então podem ser solicitadas pelos treinadores, caso os árbitros apontem alguma situação de jogo que o técnico não concordar, na chamada "Video Challenge", ou "desafio de vídeo", em português. Para o caso dos treinadores, o desafio é para confirmar ou não a recepção de passes ou de turnovers. Cada treinador pode solicitar a análise dos replays por duas vezes durante cada tempo (ou três, se o técnico tiver razão nos dois desafios), antes do Two Minute Warning (os últimos dois minutos do primeiro e do segundo tempos).

Sempre que o uso do replay é solicitado, a análise é feita por uma central que fica em Nova York, e tem acesso a todas as câmeras da transmissão oficial da partida. Pode levar alguns minutos até que o veredicto seja decidido. E essa análise pode mudar o cenário de um jogo. Se as imagens mostrarem com clareza a solicitação dos árbitros ou dos técnicos, valerá o resultado visto nos replays. Mas se nem os replays são claros para mostrar alguma situação de jogo, aí permanece a decisão dos árbitros para determinada jogada.

Em 2012, uma má revisão no replay deu a vitória ao Seattle Seahawks

É claro que há exceções e já aconteceram erros grotescos mesmo com o replay de auxílio, como na chamada "Fail Mary", em 2012, em que a arbitragem deu um touchdown para o Seattle Seahawks com o relógio zerado, quando os replays claramente mostraram que houve uma interceptação do Green Bay Packers. Mas nesse caso é importante ressaltar que foi o auge da greve dos árbitros que aconteceu naquele ano, quando a NFL se viu obrigada a contratar de emergência árbitros de divisões menores da NCAA para que a temporada não atrasasse. A jogada mal assinalada deu a vitória ao Seahawks, e forçou a liga a ceder as reivindicações dos juízes profissionais.

A análise das jogadas por replay é uma medida muito boa, pois auxilia e muito para que o jogo correto seja aplicado. É uma medida para que ocorra o menor número possível de erros em uma partida. É claro que o jogo perfeito jamais vai existir, mas o futebol americano também é apaixonante pelo fato de ser um esporte que busca trazer o certo cada vez mais.

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