domingo, 31 de maio de 2020

Colin Kaepernick cria fundo de apoio a manifestantes presos nos EUA

Ex-jogador se tornou ativista na luta pela igualdade racial (foto: Getty Images)

O ex-quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, anunciou nesta sexta-feira, 29 de maio, que criará um fundo para contratar advogados de defesa para os manifestantes presos nos protestos ocorridos em Minneapolis (Minnesota, EUA). As manifestações são contra a violência policial contra negros, e se iniciaram no dia 25 de maio, após um agente asfixiar até a morte o segurança George Floyd em uma abordagem policial.

Segundo o "The Wall Street Journal", a iniciativa pagará a assistência jurídica aos manifestantes presos em Minneapolis e região metropolitana. O fundo também terá o apoio do instituto "Know Your Rights Camp", criado por Kaepernick após ele deixar a NFL. "Na luta pela liberação, sempre há retaliação. Nós devemos proteger nossos combatentes da liberdade. Iniciamos uma iniciativa de defesa legal aos lutadores da liberdade de Minneapolis, paga pelo Know Your Rights Camp", disse o ex-jogador em seu perfil do Twitter.

Colin Kaepernick se tornou um líder na luta por igualdade racial nos Estados Unidos desde 2016, na época em que ele ainda estava na NFL. Na ocasião, ele ajoelhou durante o hino norte-americano antes de uma partida da pré-temporada em protesto contra a repressão policial contra negros. "Não vou me levantar e mostrar orgulho pela bandeira de um país que oprime o povo negro e as pessoas de cor", disse naquela oportunidade.

Ao fim daquela temporada, ele foi dispensado do 49ers e nunca mais foi contratado por nenhuma outra equipe, encerrando sua carreira profissional iniciada em 2011. Porém, seus protestos se estenderam na NFL em 2017, e foram impulsionados após uma declaração do presidente Donald Trump alegando que a NFL deveria banir quem ajoelhasse durante o hino.

Manifestações nos EUA crescem em larga escala


Milhares de norte-americanos protestam desde a morte de George Floyd (foto: AP)


Já são seis dias de protestos por causa da morte de George Floyd. As manifestações iniciadas em Minneapolis tomaram proporções nacionais desde sexta-feira, 29. Em Atlanta, a sede da rede de TV americana CNN foi alvo de ataques. Em Washington, também houve atos em frente à Casa Branca. E neste sábado, 30, dezenas de cidades dos Estados Unidos tiveram atos - e em muitos deles, com violência policial e repressão. Até a madrugada deste domingo, 31, três mortes já foram registradas nos protestos.

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