segunda-feira, 26 de agosto de 2019

O que Andrew Luck deixa para a NFL

Quarterback anunciou sua despedida precoce da NFL neste sábado (24)
Eram pouco mais de 22 horas do sábado (24). A temporada do College Football tinha recém começado e poucas pessoas estavam de olho no que acontecia na NFL, em fase de pré-temporada, quando veio uma notícia preocupante e triste. Andrew Luck, o quarterback do Indianapolis Colts, estava anunciando sua aposentadoria precoce. Sem aviso prévio. Sem uma despedida. Ele apenas, parou.

Parou porque as dores estavam insuportáveis. E não só as dores físicas, mas também as psicológicas. E quando tudo dói, as coisas ficam extremamente complicadas. É triste pensar na despedida de Andrew Luck, por conta de tantas coisas ruins que aconteceram com o jogador. Sempre falamos de "prospectos" antes do Draft, o recrutamento de atletas universitários para a NFL. E lá em 2012, nenhum prospecto superava Andrew Luck. Todos os jovens que estavam para entrar na liga pareciam num nível abaixo deste quarterback. Exatamente por isso que ele foi a primeira escolha geral, pelo Indianapolis Colts, sucedendo Peyton Manning, que foi lendário nesta franquia.

Nos primeiros anos, tudo parecia ir bem. Era uma questão de tempo para que Luck se tornasse um QB vencedor. Mas quis o destino que isso não fosse possível. A gestão do Colts errou em não valorizar seu principal jogador. E não falo em finanças, porque a franquia o pagou bem, mas sim em reforçar a linha ofensiva, que foi terrível nos últimos anos – salvo em 2018.

Custou caro. Logo após ter sido o líder em passes para TD em 2014, a partir de 2015 que as dores começaram a virar rotina. Naquela temporada, ficou mais da metade dos jogos de fora. Em 2017 não jogou nenhuma partida. E mesmo voltando bem em 2018, levando o Colts aos Playoffs, as lesões seguiram atormentando a sua vida.

É compreensível a decisão de Andrew Luck, e ele tem todo o direito de parar a tempo de que sua carreira pudesse ser questionada por não render mais. Mas ele deixa um legado na liga. Passou para 23.671 jardas e 171 touchdowns. Estará com seu nome para sempre lembrado na história do Indianapolis Colts, e será lembrado como um dos grandes QB's que a NFL teve nesta década, mesmo com uma carreira curta.

Que o agora ex-quarterback possa ter mais felicidade em sua vida fora da NFL. E que ele consiga se tratar de suas dores. É complicado ter sua vida frustrada por altas expectativas que lhe rondam, e nem sempre as  coisas que queremos dão certo, mas temos de seguir em frente, e viver da melhor maneira possível. Que a sorte não esteja apenas em seu sobrenome daqui para frente, Andrew Luck.

E para celebrar sua despedida, neste link, um vídeo de uma das suas melhores atuações, de quando ele liderou a segunda maior virada da história dos Playoffs da NFL, quando o Colts derrotou o Kansas City Chiefs por 45 a 44, depois de estar perdendo por 28 pontos, em 2014.

Ouça o Maratona NFL dedicado a este tema neste link.

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