terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

OPINIÃO: O que esperar do futuro de Eagles e Patriots após o Super Bowl LII?

Foto: Philadelphiaeagles.com

Passada a empolgação do Super Bowl, agora é hora de olhar para 2018. A decisão da NFL, para um vencedor ou derrotado, pode significar o fim de um ciclo de uma geração talentosa. Ou pode ser o início de uma nova era consagrada e gloriosa.

Philadelphia Eagles e New England Patriots protagonizaram um jogo épico neste Super Bowl LII, no domingo (4), vencido pelo Eagles por 41 a 33. Ainda falta muito tempo para a temporada 2018 começar, mas mudanças significativas já acontecem ou devem acontecer com os atuais campeões e vice-campeões.

Neste texto, falaremos sobre o futuro dos dois times. Se o título do Eagles é o começo de uma nova era, ou se a derrota do Patriots pode ser o início de um período sombrio. Não dá para prever quanto a títulos porque a NFL é uma competição equilibrada, e muitas mudanças também vão acontecer com os demais times. Separamos cinco parágrafos para falar das perspectivas destes dois times para 2018.

Philadelphia Eagles: uma geração promissora que pode vencer mais


Foto: Philadelphiaeagles.com

O campeão Philadelphia Eagles montou ao longo dos últimos anos um bom elenco. Isso quer dizer que o time tem condições de ter outras temporadas tão boas quanto a de 2017-18. Utilizou escolhas do Draft em atletas bastante confiáveis, e fez contratações de qualidade na Free Agency. Nomes como os defensores Derek Barnett e Brandon Graham (que forçou o fumble em Tom Brady no Super Bowl) são atletas jovens, e que tem muito pela frente, assim como o quarterback Carson Wentz.

Isso sem contar também com a aquisição de peças importantes ao longo da temporada. Como o running back Jay Ajayi, que chegou via troca com o Miami Dolphins, e se mostrou cada vez mais talentoso. Além de LeGarrette Blount, Alshon Jeffery e Torrey Smith, jogadores que se juntaram via Free Agency.

Algumas saídas devem acontecer, e isso é perfeitamente normal. Os atletas acabam mais valorizados por estar em um Super Bowl, e principalmente, se vencer a decisão. Agora é difícil prever quem sairá. Em março, quando abrir a Free Agency, já podemos ter uma noção das mudanças que devem ocorrer.

Quanto a posição de quarterback, não há dúvidas. Carson Wentz é o titular. Nem mesmo o fato de que Nick Foles tenha tido uma atuação épica na decisão, em que foi coroado o MVP, irá mudar a titularidade na principal função de ataque. Wentz saudável é mais talentoso que Foles, além de ser mais jovem, e também foi uma escolha valiosa no Draft de 2016 - o Eagles subiu no ranking via troca para escolher o jogador na segunda posição geral.

Mas isso não quer dizer que Nick Foles não fique na Philadelphia. Carson Wentz rompeu os ligamentos do joelho em dezembro, e por ser uma lesão grave, talvez em agosto ele ainda não esteja plenamente recuperado. Foles tem contrato até 2018 e pode ficar ou até mesmo jogar alguns jogos na próxima temporada, nas primeiras semanas. Porém, o fato do camisa 9 ter sido MVP do Super Bowl pode atrair aos olhos dos demais times da NFL, e irem com tudo para contrata-lo na Free Agency. Arizona Cardinals, New York Jets, Cleveland Browns e Buffalo Bills são alguns dos times que podem ir atrás de Foles no próximo mês.

New England Patriots: time precisará construir seu futuro


Foto: Patriots.com

O New England Patriots precisa se reformular. A derrota neste Super Bowl LII não significa que a era de vitórias se esgotou, mas é necessário que a franquia comece a se planejar para os próximos anos. Ou seja, precisa começar a ser mais ativo no Draft, adquirindo atletas jovens, principalmente em setores que decepcionaram em 2017.

E aqui, damos um destaque para a defesa. O setor começou o ano cedendo muitas jardas. Isso foi melhorando aos poucos depois da semana 5, e em alguns jogos, o time cedeu poucos pontos na temporada regular, e até mesmo nos Playoffs. Porém, a defesa do Patriots ruiu no Super Bowl. Foram apenas duas posses de bola em que o Eagles não conseguiu pontuar, além do time ter cedido avanços em quartas descidas cruciais. Ou seja, o time vai precisar encontrar atletas melhores nestas funções, e dispensar alguns que decepcionaram ao longo do ano.

Talvez seja também o momento para New England pensar em mudar seu kicker. Stephen Gostkowski é apontado como um dos melhores da NFL, mas neste Super Bowl, ele errou um extra point e um field goal curto. Apesar de seu potencial confiável, Gostkowski também perdeu chutes no Super Bowl LI, em 2017, e na final da AFC de 2015-16. O erro na decisão anterior proporcionou uma dificuldade maior para o Patriots reagir, pois teve que ir para dois touchdowns e duas conversões de dois pontos. E na final da AFC de duas temporadas atrás, ele errou um extra point, e New England perdeu aquele jogo em uma conversão de dois pontos mal sucedida - e que não seria necessária se tal chute fosse certeiro.

Há também o problema na comissão técnica. Por mais que Bill Bellichick seja um gênio e o maior de todos os tempos, ele precisa ter ao seu redor bons assistentes. Matt Patricia foi o coordenador defensivo nesta temporada, fez as malas e deixou Foxboro para também virarem head coach. Ele assumirá o comando do Detroit Lions. Seu substituto precisa ser um bom profissional. Já Josh McDaniels, coordenador ofensivo, por muito pouco não saiu também. Ele estava acertado com o Indianapolis Colts, e desistiu de última hora para ficar no cargo.

Por fim, o Patriots precisa pensar no futuro sem Tom Brady. A derrota de domingo não passa pelo quarterback de 40 anos, que lançou para 505 jardas. Com as saídas de Jacoby Brissett e Jimmy Garoppolo durante a temporada, o reserva é Brian Hoyer. E todos sabemos que o sucessor de Brady não será este jogador. Por isso, o ideal é aproveitar a alta escolha de segunda rodada do Draft vinda da troca com o San Francisco 49ers por Garoppolo para selecionar um QB. O atual contrato do camisa 12 vai até 2019, mas o momento de pensar no futuro da franquia sem Brady chegou, e é agora.

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