segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Patriots e Eagles serão os protagonistas do Super Bowl LII

Será a segunda vez que Patriots e Eagles se enfrentam na decisão da NFL


Foram quatro meses intensos de temporada regular, e mais três semanas de jogos imprevisíveis nos Playoffs da NFL, para enfim, neste domingo (21), conhecermos os dois participantes do Super Bowl LII. New England Patriots e Philadelphia Eagles venceram as Finais de Conferência, e por causa disso, têm o direito de disputar a glória máxima do futebol americano.

Na decisão da AFC, o Patriots derrotou o Jacksonville Jaguars de virada, em um confronto histórico e muito emocionante. A era de Tom Brady e Bill Bellichick como quarterback e técnico, respectivamente, leva a franquia da Nova Inglaterra ao Super Bowl pela décima vez em sua história. Enquanto na final da NFC, o Eagles conquistou uma esmagadora vitória sobre o Minnesota Vikings, e tenta encerrar o longo jejum sem títulos da liga – a última vez foi em 1960, antes mesmo do Super Bowl existir.

New England Patriots e Philadelphia Eagles voltam a se encontrar em uma decisão. Na temporada 2004-05, o Patriots levou a melhor, vencendo por 24 a 21, no Super Bowl XXXIX. Já neste Super Bowl LII, a partida será no próximo dia 4 de fevereiro, em Minneapolis, estado de Minnesota, no US Bank Stadium. A bola oval começa a voar às 21h30, horário de Brasília, com transmissão da ESPN para o Brasil.

Patriots vira no último quarto, vence Jaguars, e vai para o décimo Super Bowl de sua história


Maior campeão da era Super Bowl, Bill Bellichick vai atrás do seu sexto título como treinador


Entre todos os 32 times da NFL, talvez o New England Patriots foi o que passou por mais situações adversas nesta temporada 2017-18. Para começar, Tom Brady chegou aos 40 anos. Soma isso a lesões de atletas importantes como Julian Edelman e Dont’a Hightower. Acrescentamos ainda graves problemas defensivos nas primeiras semanas, e a saída de seus dois quarterbacks reservas – e que eram potenciais sucessores de Brady. Até mesmo um texto sobre um racha no elenco circulou recentemente.

Nenhuma, nenhuma destas situações abalou a capacidade desta franquia de chegar longe, ter a melhor campanha da Conferência Americana, e mais uma vez, ir para o Super Bowl. Nem mesmo a "Maldição da capa do Madden" atingiu Tom Brady. Contra o Jacksonville Jaguars, na final da AFC, o Patriots teve uma atuação duríssima em um jogo muito equilibrado, mas no último quarto, o time que estava dez pontos atrás no placar reagiu, e virou nos minutos finais. New England venceu por 24 a 20.

Jogando no Gillette Stadium, em Foxboro, o Patriots logo abriu o placar, mas apenas com um field goal de Stephen Gostkowski porque a defesa do Jaguars começou a aparecer. Logo na sequência, Jacksonville se mostrou que faria frente mesmo sem ser a favorita na decisão. O quarterback Blake Bortles (23 passes completos, 293 jardas e 1 TD) passou para o touchdown do tight end Mercedes Lewis. E logo na sequência, o running back Leonard Fournette invadiu a endzone.

New England só conseguiu melhorar ofensivamente no final do primeiro tempo, com Tom Brady (26 passes completos, 290 jardas e 2 TD’s) completando mais lançamentos. O time também sofreu com a ausência do tight end Rob Gronkowski, que foi para o protocolo de concussão. O primeiro TD veio em corrida de James White, deixando a partida em 14 a 10 para Jacksonville.

A segunda etapa foi também com muitas dificuldades ao Patriots. A defesa conseguiu evitar jogadas explosivas do time adversário, anulando também Leonard Fournette. Porém, o ataque era duramente pressionado por uma das defesas mais fortes da liga nesta temporada. O Jaguars ampliou sua vantagem com dois field goals de Josh Lambo.

Já no último quarto, a reação do Patriots quase foi destruída quando Dion Lewis sofreu fumble, mas a defesa evitou que o turnover resultasse em pontos para o time adversário. Na sequência, Brady liderou o time para uma rápida campanha, lançando passes em profundidade e convertendo este drive em um touchdown para o wide receiver Danny Amendola.

O ataque do Jaguars novamente não conseguiu avançar, permitindo ao Patriots uma oportunidade de pelo menos empatar. Mas New England partiu para a virada, em outro passe de Brady para Amendola, dentro da endzone, garantindo a vantagem a pouco mais de dois minutos para o final. Para Jacksonville, o drama veio, pois a equipe precisava de um touchdown para voltar a ficar na frente. Quando já estavam no campo de ataque, em uma quarta descida longa, o passe em profundidade de Blake Bortles foi desviado heroicamente por Stephon Gilmore.

Como o time visitante ainda tinha três timeouts para pedir, o Patriots precisava de um first down para vencer, e foi com Dion Lewis, em uma corrida pelo lado esquerdo, que a primeira descida foi alcançada, garantindo a franquia mais vencedora deste século mais uma ida ao Super Bowl.

É o décimo Super Bowl que o Patriots vai participar. O recorde de participações, que já era de New England, agora se amplia. Atual campeão, o time tenta o segundo título consecutivo na NFL, algo que não acontece desde as temporadas de 2003 e 2004, quando o próprio Patriots obteve tal façanha. Se vencer no dia 4 de fevereiro, a equipe cinco vezes vencedora iguala o feito do Pittsburgh Steelers, o único a ter seis títulos até o momento.

Eagles domina, atropela Vikings, e mantém vivo o sonho de conquistar o primeiro Super Bowl


Nick Foles tem épica redenção, e disputará o título pela primeira vez


Quem acompanha a NFL sabe que é praticamente impossível que exista o time perfeito. Por mais que uma franquia tenha muitas vitórias, e seja presente nos Playoffs de forma constante, sempre haverá algum setor um tanto mais deficiente que os demais. O Philadelphia Eagles desta temporada 2017-18, na maior parte do tempo, era quem estava mais próximo da perfeição. Com uma defesa de excelente qualidade, jogo terrestre fluente, e corpo de recebedores forte, o time parecia imbatível, principalmente com o quarterback Carson Wentz, mas a lesão do camisa 11 transformou o time de favorito a zebra entre os participantes que chegaram a pós-temporada – mesmo este Eagles avançando com a melhor campanha da NFC.

Jogando em seu estádio, no Lincoln Financial Field, o Philadelphia Eagles ignorou o fato de ser azarão. A equipe dominou o Minnesota Vikings, venceu por arrasadores 38 a 7, e se classifica para o Super Bowl como campeão da Conferência Nacional com todos os seus méritos. E mais, chega a decisão mostrando que um time pode sim ir longe mesmo sem seu quarterback titular.

A história de Nick Foles talvez mereça uma biografia no futuro. Selecionado no Draft em 2012 pelo próprio Eagles, e após ter feito uma temporada impecável em 2013, viu sua carreira desmoronar nos anos seguintes. Trocado para o então St Louis Rams, lançou mais interceptações que touchdowns sem nem jogar 16 partidas. Cortado de lá, cogitou a aposentadoria mesmo sendo um atleta jovem. Amargurou 2016 no banco de reservas do Kansas City Chiefs, e nesta atual temporada, retornou à Philadelphia, mas agora para ser reserva de Wentz, e entrou em campo nas últimas semanas como titular. Nesta final de conferência, Foles teve uma atuação excelente, mostrando que aos 28 anos ainda tem potencial para seguir empregado na NFL. Em um retorno memorável, o quarterback vai jogar o Super Bowl após uma brilhante atuação. Contra o Vikings, Foles completou 26 de 33 passes, para 352 jardas e três touchdowns, sendo sim o principal nome do Eagles nesta volta da franquia à decisão.

O jogo começou com o Minnesota Vikings atacando. E em sua primeira campanha, o time visitante, que tentava ser o primeiro a jogar em casa o Super Bowl, abriu o placar. Case Keenum (28 passes completos, 271 jardas, 1 TD e 2 intercpetações) completou um lançamento longo para Kyle Rudolph, e o tight end anotou o primeiro touchdown do jogo. Mas logo na sequência, ainda no primeiro quarto, o Eagles empatou. Patrick Robinson interceptou Keenum, e retornou 50 jardas até alcançar o touchdown.

No segundo quarto, a partida que até então estava empatada, passou a ser dominada por Philadelphia. O running back LeGarrette Blount quebrou tackles e alcançou a endzone com um TD, virando o placar. O Vikings ainda reagiu naquele momento, e chegava nas jardas finais no campo de ataque, mas o sack sofrido por Case Keenum resultou em um fumble recuperado pelos adversários. O turnover se transformou na sequência em um touchdown longo, feito com um belo passe de Nick Foles para Alshon Jeffery. Ainda no primeiro tempo, o kicker Jake Elliott anotou um field goal. Já estava 24 a 7 no intervalo.

A segunda etapa foi ainda mais dominada pelo Philadelphia Eagles. Com Foles inspirado, o time alcançava o campo de ataque com tranquilidade, da mesma maneira em que a defesa neutralizava todas as ações ofensivas do Vikings. No terceiro período, o quarterback lançou para Torrey Smith anotar o touchdown, em uma jogada conhecida como “flea flicker”.  Minnesota ainda chegou na redzone, mas saiu de campo sem pontuar devido a mais um turnover on downs.

No último quarto, Nick Foles lançou para seu terceiro TD, em outro passe para Alshon Jeffery, sacramentando o placar final em 38 a 7. O restante do jogo foi de “Garbage Time”, com os dois times alternando a posse de bola mas sem maiores destaques. Assim, o Eagles, time do técnico Doug Pederson, venceu a NFC pela terceira vez em sua história, e jogará o seu terceiro Super Bowl.

Além da já citada edição 39, o Eagles também foi ao Super Bowl XV, na temporada de 1980, quando perdeu para o Oakland Raiders. A franquia está atrás de seu primeiro título de Super Bowl. Na era antiga da NFL, Philadelphia foi três vezes campeã, nas temporadas de 1948, 1949 e 1960. O Eagles de 2017-18 decolou, e tentará em duas semanas protagonizar o maior voo de sua história.

Resultados das finais de conferência da NFL: 

New England Patriots 24x20 Jacksonville Jaguars

Philadelphia Eagles 38x7 Minnesota Vikings

Super Bowl LII - Domingo, 4/2, às 21h30 (horário de Brasília)


New England Patriots x Philadelphia Eagles

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